Uma grande invenção neste mundo são sem dúvida os amigos.
(o que me fez lembrar que nunca percebi muito bem a letra daquela música "Should old acquaintance be forgot...").
"Quem tropeça é sempre alguém que se distrai a olhar para as estrelas" Vladimir Nabokov (nome do blogue veio do livro para crianças de Virgínia de Castro e Almeida)
sexta-feira, novembro 30, 2007
quinta-feira, novembro 29, 2007
Hoje
Hoje tive um dia muito cheio, mas estou contente com o que consegui fazer. E só perdi cerca de hora e meia no regresso a casa, em vez da meia hora, quando tenho sorte, pelo que ainda estou longe do meu recorde de três horas (no dia em que levei três horas a fazer um percurso que deveria levar meia hora, imaginei que poderia ter ido mas é para Lisboa, e se calhar chegava mais cedo).
Ontem li o meu TPC na sessão e o nosso Professor e uma colega disseram que gostaram, o que me deixou feliz :).
Por outro lado, estou já 99% convencida a ir ao jantar, pelo que só falta 1%.
terça-feira, novembro 27, 2007
Jantar dia 14 de Dezembro
A Luísa do pin gente está a organizar um jantar para nos conhecermos. Será em Leça, dia 14 de Dezembro e ficará por dezanove euros (no blog dela está muito gira a apresentação do jantar). Eu ainda não decidi se vou porque (devo revelar algo agora deveras surpreendente para quem não me conheça do mundo real, ou talvez não :)) a verdade é que eu não sou nada extrovertida (posso ter tido fases no passado em que o fui mais ou menos e de vez em quando ainda consigo ser um bocadinho menos calada, mas muito raramente - ao vivo o meu lema será o silêncio é de ouro :) aqui, pelos vistos, não). Por outro lado, sou mui ligeiramente curiosa e até gostava de conhecer alguns dos bloguistas de quem tenho lido textos e com quem tenho trocado comentários.
Quem quiser inscrever-se é só ir ao seu blog (deixei o link em cima) e enviar-lhe depois um mail. Eu vou ver se me apresso a decidir :)
Onde é que está o espírito do Natal - Post em construção, aceitam-se contributos....
Ontem à noite, deu-me de repente para começar a pensar (o que faço de vez em quando) e reflectir sobre esta época que se aproxima.
E já antes, no meio de trânsito tinha chegado à conclusão que por esta altura o movimento vai progressivamente aumentando, como se o número de pessoas e de carros crescesse, para depois desaparecerem misteriosamente na noite de 24 e no dia 25 de Dezembro.
Durante o pára-arranque, com muitas paragens que se prolongavam por intermináveis segundos, ocorreu-me pensar que deveria passar por aquilo com espírito de Natal (pode traduzir-se por exemplo em não insultar quem nos dá o golpe - não que eu o faça como é evidente - mas antes em sorrir-lhe - mesmo que não o veja - e ceder-lhe gentilmente o lugar).
Onde é que estará então o espírito do Natal?
a) Nas prendas ou dádivas (com esta designação parece menos comercial);
b) Nos jantares e encontros com amigos;
c) Nos postais ou e-mails que se enviam com votos felizes;
d) No pensar nos outros;
e) Na boa vontade e espírito de entre-ajuda;
...
domingo, novembro 25, 2007
Tranches de pescada ou de bacalhau
Mais uma receita da melhor chef do mundo: a minha mãe.
Pega-se nas tranches lavadas e arranjadas, sem pele, nem espinhas e metem-se no meio do tabuleiro, a seguir coloca-se metade de um pimento, lavada e partida em lascas.
Prepara-me um molho com vinho branco, alho pisado, polpa de tomate, sal e pimenta que se deita sobre as tranches, assim como azeite virgem extra. No caso da pescada acrescenta-se ainda bocadinhos de margarina vaqueiro.
Coloca-se no forno que estava no máximo.
Descascamos as batatas, partimo-las em quartos, passamo-las por água e colocamo-las a ao lado das tranches. Quando a batata estiver douradinha (cerca de três quartos de hora) estará pronto.
sexta-feira, novembro 23, 2007
Ainda "Os grandes escritores são hipocondríacos."
Fui dar a boa notícia a uma amiga minha que também escreve e que todos achamos que é hipocondríaca. Ela disse que me ajudaria a tornar-me uma :) , mas receio que seja demasiado tarde, devia ter começado anos atrás...
E está bem, como eu não conheço pessoal e proximamente nenhum grande escritor, pelo menos que eu saiba, vou admitir que tanto o podem ser, como não.
quinta-feira, novembro 22, 2007
Ontem e escritores hipocondríacos
Ontem tive um dia muito comprido (e violento, só me deitei perto das duas para acordar às sete, o que para alguém que dormiria perfeitamente 12 horas seguidas por noite, é pouco - e claro que foi praticamente só e apenas para trabalhar, como é óbvio). Deu para ler os vossos comentários, mas só agora pude responder. Muito obrigada pelo incentivo (claro que espero que estejam cientes que poderão estar a criar um monstro - o monstro da escrita - ainda fico convencida que sei escrever, e desato a fazê-lo a torto e a direito, continuando sem atentar às regras gramaticais e à pontuação, o que seria muito triste).
Por outro lado, fiquei a saber na última sessão do atelier de escrita que muito provavelmente nunca virei a ser uma grande escritora. E porquê? Porque pelos vistos ter-se-á descoberto que todos os grandes escritores eram (ou são, no caso de estarem vivos) hipocondríacos. Ora, eu penso que não sou...Por isso ou tento tornar-me uma, ou paciência, vou ter de me conformar. Talvez possa vir a ser, se trabalhar muito, medianazinha (que já será uma promoção em relação ao má de anterior post, efeito dos comentários de incentivo).
Reformulação da 1ª tentiva com o auxílio da Ni
Re-edita-se a 1ª tentativa, tendo-se corrigido o último parágrafo conforme a sugestão da Ni dos blogues MomentUS e E se um Anjo (mais uma vez, muito obrigada, Ni) (e sim eu sei que uma vez já era mau, quanto mais duas, mas tendo isso em conta, escolhi uma letra mais pequenina...)
Ah tanta água. Minha nossa Senhora, pois eu não havia de morrer sem ver o mar.
O orgulho pela neta parecia que lhe rebentava o peito. Sim senhora que rapariga bonita se tornara a sua Ana e doutora. Uma mulher de armas, saíra à mãe, mas essa coitada, não tivera sorte. O seu tempo foi muito duro. De sete filhos, só tinha vingado a Antónia, mãe da Ana. Três morreram-lhe ao nascer, ainda anjinhos. A parteira fizera o que podia, mas ela era muito magra e apertada, depois de tantas horas de dor, quase que se finara também. Parira no Inverno. Não havia telefone na aldeia, nem pensavam em chamar o doutor da cidade. Não havia dinheiro, nem tempo. Os outros três, Pedro, Ana e Madalena tinham morrido com seis meses, 3 e 2 anos, de sarampo e tifo. Não havia vacinas. Ainda lhe dava uma dor de alma sempre que se lembrava. Foi como Deus quis. Eram tempos difíceis. À sua Antónia e aos outros enquanto foram vivos, muitas vezes não tinha que lhes dar de comer. Lá foi criando a filha que lhe ficara como podia. O pai abalara para o estrangeiro, para França. Nos primeiros tempos ainda lhe mandara notícias e 500 mil réis através dum primo, por duas vezes. Depois mais nada, nem dinheiro, nem notícias. Constara muita coisa, desde que tinha morrido a que se tinha junto com outra. A ser assim vivia em pecado. Que Deus lhe perdoasse, que ela já não sentia nada. A Antónia cresceu na aldeia, mas sempre na ideia de abalar também. Queria outra vida. Meteu-se com más companhias. Embarrigou e aí ela percebeu que tinha de deixar a filha ir. Na aldeia com uma filha sem pai, não havia futuro para ela. Deixou a menina com a avó. Disse-lhe que a mandaria vir buscar. Depois foi uma desgraça só. Não tinha estudos, não arranjava trabalho. Adoeceu por lá, sem ninguém que a cuidasse. Quando lhe chegou a notícia, só a neta a agarrou à vida. A sua Ana não tinha mais ninguém. Jurou que nada lhe faltaria e que a sina da neta seria diferente. Matou-se a trabalhar, e pediu também aos vizinhos, aos parentes que lhe sobravam, umas primas afastadas da vila, mas conseguiu que estudasse. A neta ficara a morar em Coimbra, mas vinha visitá-la muitas vezes. Não lhe faltava com nada. E pelo seu aniversário lembrara-se: "Ó vó, não é tarde, nem é cedo, a senhora nunca saiu daqui, hoje vem comigo ver o mar". E ali estavam as duas, descalças com os pés naquela terra clara. O vento frio e fresco lembrava-lhe a montanha, mas o cheiro do ar não tinha igual, cheiro da maresia. Tanta água à sua frente. Até lhe causava medo. A água toda junta era azul com espuma branca nas ondas que se acabavam na areia. Espantou-se como a água se movia depressa à sua frente. Fixou o olhar nuns verdes, umas algas, disse-lhe a neta, e reparou como uma onda as empurrava tão rapidamente. Sentiu-se tonta. Quem diria, depois de velha, a ver o mar.
terça-feira, novembro 20, 2007
1ª Tentativa
Ah Tanta água. Minha nossa Senhora, pois eu não havia de morrer sem ver o mar.
O orgulho pela neta parecia que lhe rebentava o peito. Sim senhora que rapariga bonita se tornara a sua Ana e doutora. Uma mulher de armas, saíra à mãe, mas essa coitada, não tivera sorte. O seu tempo foi muito duro. De sete filhos, só tinha vingado a Antónia, mãe da Ana. Três morreram-lhe ao nascer, ainda anjinhos. A parteira fizera o que podia, mas ela era muito magra e apertada, depois de tantas horas de dor, quase que se finara também. Parira no Inverno. Não havia telefone na aldeia, nem pensavam em chamar o doutor da cidade. Não havia dinheiro, nem tempo. Os outros três, Pedro, Ana e Madalena tinham morrido com seis meses, 3 e 2 anos, de sarampo e tifo. Não havia vacinas. Ainda lhe dava uma dor de alma sempre que se lembrava. Foi como Deus quis. Eram tempos difíceis. À sua Antónia e aos outros enquanto foram vivos, muitas vezes não tinha que lhes dar de comer. Lá foi criando a filha que lhe ficara como podia. O pai abalara para o estrangeiro, para França. Nos primeiros tempos ainda lhe mandara notícias e 500 mil réis através dum primo, por duas vezes. Depois mais nada, nem dinheiro, nem notícias. Constara muita coisa, desde que tinha morrido a que se tinha junto com outra. A ser assim vivia em pecado. Que Deus lhe perdoasse, que ela já não sentia nada. A Antónia cresceu na aldeia, mas sempre na ideia de abalar também. Queria outra vida. Meteu-se com más companhias. Embarrigou e aí ela percebeu que tinha de deixar a filha ir. Na aldeia com uma filha sem pai, não havia futuro para ela. Deixou a menina com a avó. Disse-lhe que a mandaria vir buscar. Depois foi uma desgraça só. Não tinha estudos, não arranjava trabalho. Adoeceu por lá, sem ninguém que a cuidasse. Quando lhe chegou a notícia, só a neta a agarrou à vida. A sua Ana não tinha mais ninguém. Jurou que nada lhe faltaria e que a sina da neta seria diferente. Matou-se a trabalhar, e pediu também aos vizinhos, aos parentes que lhe sobravam, umas primas afastadas da vila, mas conseguiu que estudasse. A neta ficara a morar em Coimbra, mas vinha visitá-la muitas vezes. Não lhe faltava com nada. E pelo seu aniversário lembrara-se: "Ó vó, não é tarde, nem é cedo, a senhora nunca saiu daqui, hoje vem comigo ver o mar". E ali estavam as duas, descalças com os pés naquela terra clara. O vento frio e fresco lembrava-lhe a montanha, mas o cheiro do ar não tinha igual, cheiro da maresia. Tanta água à sua frente. Até lhe causava medo. A água toda junta era azul com espuma branca nas ondas que se acabavam na areia. À sua frente espantou-se como a água se movia depressa. Fixou o olhar nuns verdes, umas algas, disse-lhe a neta, e reparou como uma onda as empurrava tão depressa. Sentiu-se tonta. Quem diria, depois de velha, ia ver o mar.
TPC
Trabalho para Casa (que terá de estar pronto para as 19.00 horas do dia 21 e que ainda não fiz): Descrever na 1ª pessoa as emoções ou a reacção em termos genéricos de uma pessoa do interior, sem cultura, e com cerca de 70 anos de idade, que vê o mar pela 1ª vez. Podemos fazer um pequeno conto.
Agora são as nuvens...
Entretanto, aproveitei a hora do almoço de ontem para confirmar junto dos colegas o que já suspeitava. Nenhum deles pôs algum CD a tocar, ouviu rádio, cantarolou ou sequer ouviu qualquer coisa. Para piorar o meu caso, hoje, quando saí de local de trabalho, calhou olhar para o céu, e pareceu-me ver as nuvens cinzentas a abraçarem as nuvens avermelhadas, de uma forma muito despudorada. Como ontem quase não comi chocolate nenhum e aparentemente continuo normalzinha, pode ser uma consequência das minhas últimas leituras de poesia. Talvez seja boa ideia fazer uma pequena pausa e regressar à prosa.
segunda-feira, novembro 19, 2007
Vento e chuva
Há pouco pareceu-me que o vento cantava, o som vinha de longe e parecia um coro masculino muito bem entoado.
Poderei ter-me passado de vez, estar com uma ressaca de chocolate do fim-de-semana ou poderá ter mesmo passado por aqui ao longe, um coro masculino, cantando enquanto seguiam pela rua, por entre a chuva (não sei porquê, mas esta possibilidade parece-me a menos verosímil).
domingo, novembro 18, 2007
Pinguim e a exposição de Ana Paula Neves
Ontem à noite estive no Pinguim e vi a exposição de quadros de Ana Paula Neves. Gostei mais de alguns dos quadros que vi no seu site em relação àqueles que estavam expostos e eram mais abstractos (mas por falha minha - ainda não desenvolvi a sensibilidade necessária para apreciar mais a pintura abstracta). Um dos quadros no entanto tinha uma figura e foi por ouvir alguém com quem estava, que na mesma vi um pianista. Gosto de ver arte com outras pessoas porque normalmente quando assim é, vejo mais. Gostei muito de ter ido, por redescobrir o espaço (só lá tinha estado penso que uma vez) e pela companhia.
Bem só consegui hibernar intermitentemente. Por isso, e enquanto não descubro como fazê-lo melhor, eis-me de volta ao blog. Para já, a minha experiência da hibernação confunde-se com o ficar a dormir até tarde de manhã. Claro que existirão diferenças assinaláveis, mesmo que aparentemente imperceptíveis.
Às vezes, quando penso em todos os livros que quero ler e todos os sítios onde quero ir, sinto algo parecido à sensação antiga da alguns Natais quando me rodeava das prendas recebidas. Gostava de trazer comigo os brinquedos ou os livros porque olhar para eles me fazia feliz, mesmo que não chegasse naquela altura a brincar ou a ler uma página que fosse.
Às vezes, quando penso em todos os livros que quero ler e todos os sítios onde quero ir, sinto algo parecido à sensação antiga da alguns Natais quando me rodeava das prendas recebidas. Gostava de trazer comigo os brinquedos ou os livros porque olhar para eles me fazia feliz, mesmo que não chegasse naquela altura a brincar ou a ler uma página que fosse.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Tempo
Hoje seria um bom dia para comprar algum tempo... se não estivesse muito caro.
Tenho de trabalhar, não me posso esquecer de quando sair daqui ir alimentar com alguma gasolina o meu carrinho e ainda não fiz o trabalho de casa para o atelier de escrita logo ao final da tarde: dois versos decassílabos, com acentuação na 4ª, 6ª e 10ª sílabas. Daqui a pouco vou começar a ter pesadelos com isto. A verdade é que eu não sou uma alma sensível e não sei escrever poesia (claro que também não sei escrever prosa, mas isso neste momento é irrelevante).
segunda-feira, novembro 12, 2007
Magusto
. Hoje organizaram um Magusto em local de trabalho, o que acho óptimo. Comi duas castanhas (não por estar a fazer dieta, mas porque ainda me sentia cheia do almoço) e gostei do intervalo.
Apesar das óptimas sugestões da APC, da Pin Gente e do Luís Eme continuo apreensiva na busca do meu objecto pessoal. Dos meus livros não abdico para cosê-los à tela, canetas e lápis uso os mais comuns, os lenços são de papel... Eu devo ter objectos pessoais, especiais e potencialmente artísticos, não estou é a conseguir vê-los... (talvez se tenham escondido porque não querem ser cosidos a uma tela).
domingo, novembro 11, 2007
Próximo quadro...
Estou quase a terminar o meu último quadro de abstraccionismo geométrico e para o próximo deverei trazer um objecto pessoal que irei depois coser na tela. Não consigo é encontrar um objecto pessoal que depois possa ser cosido na tela. Só me ocorrem objectos impessoais ou impossíveis de ser cosidos...
sexta-feira, novembro 09, 2007
Está bem, não foi exactamente de seguida...
Mas...tive de instalar o programa, meter o CD no computador, ir seguindo as instruções, etc., etc... Depois de tanto trabalho resolvi "postar" não uma, mas quatro fotografias, todas tiradas no dia 8.11.2007, em Coimbra, com a nova máquina (e penso que com excepção de uma, todas poderiam constituir exemplos de como não se deve fotografar). Se algum hipotético eventual leitor souber por acaso porque é que a rua na penúltima fotografia se chama "Rua do Arco-Traição"gostaria muito se o pudesse vir revelar aqui.
Ontem
Ontem foi um dia especial, mas escrevi sobre ele nos diários chatos (que não é um blog, é o meu diário mesmo). Assim porque este blog é também uma espécie de diário superficial, para assinalar o dia, não vou escrever, mas irei postar de seguida (espero) uma fotografia tirada com nova máquina.
quarta-feira, novembro 07, 2007
Atelier de escrita 2 - 1ª sessão
Hoje começou o 2º atelier de escrita e adorei! Reencontrei talvez doze dos antigos colegas, intitulámo-nos repetentes e já começámos a falar em jantares e a combinar um.
E vou criar um novo blog (mais um a juntar a outros 10 ou 11, sendo que parte deles andam por ai perdidos ) para este atelier 2.
Desta 1ª sessão fixei algo muito importante. O professor fez uma distinção entre aqueles que escrevem por necessidade e os que escrevem como passatempo e afirmou que os primeiros são escritores. Por isso, eu sou uma escritora! Posso ser uma má escritora, mas sou uma escritora :)
terça-feira, novembro 06, 2007
Freud explicaria isto...
Eu costumava achar engraçado nos outros o saudosismo da infância, sobretudo quando com um desses outros tinha partilhado a infância para a crer não tão dourada assim. Agora surpreendo-me a mim própria a achar que até tivemos uma infância cheia de imaginação.
Nada de brincadeiras com bonecas, ou muito raramente. Afinal o que é que se podia fazer com elas? Fingir que eram nossas filhas, vesti-las, dar-lhes comida imaginada em louça de brincar? Uma seca! Não. Nós fomos muito mais longe e inventámos a brincadeira dos bonecos. :) :)
Antes que alguém que leia isto comece a pensar que este texto ainda está mais obtuso do que o habitual (o que não seria fácil - embora por outro lado seja de estranhar alguém que vem fazer comparações, porque significa que leu o que está para trás) é melhor explicar que brincadeira imaginativa era esta.
Primeiro cumpre definir o que eram os bonecos. Muito bem, eram bonecos! :)
Eram bonecos pequenos que tanto podiam ser representações de animais como de pessoas, tinham era de ser de tamanhos aproximados. O especial nesta brincadeira reside no que vou dizer a seguir. Aqueles bonecos podiam ser e eram, tudo! Num dia, inquilinos em diversas fracções dum prédio que iam conhecendo os vizinhos, envolviam-se uns com os outros, etc. etc. No outro dia, tripulantes duma nave espacial, perdidos no universo. Já no dia seguinte, pacatos aldeões confrontados com um psicopata assassino entre eles. Tudo era possível. E talvez por causa dessa brincadeira pensei que uma das carreiras que quereria seguir era a de actriz, pela possibilidade de saber como seriam outras vidas. Agora penso que muito melhor é usar a imaginação e escrever.
segunda-feira, novembro 05, 2007
Tempos estranhos...
Não apenas oscilam as temperaturas num mesmo dia em muitos graus, como se olharmos à nossa volta vamos descobrir lado a lado, pessoas vestidas à verão e outras vestidas a inverno. Eu optei por vestir-me em camadas: blusa de verão, camisola de algodão e casaco de malha que tiro e enfio conforme sinto calor ou frio. Hoje pensei se não estaria a desperdiçar óptimos dias de praia apenas por não estar receptiva à ideia de ir para lá em Novembro. Quiçá posso ir me habituando à ideia e ainda dê para começar a praia em Dezembro...
domingo, novembro 04, 2007
Júlio Resende
Já tinha pensado em ir por duas vezes, mas hoje e depois do comentário da Pin Gente no post anterior, decidi que não podia deixar passar esta oportunidade. E lá fui até à Alfândega ver a exposição de cerca de 200 quadros de Júlio Resende. Gostei muito de quase todos (até dos iniciais , pintados nos anos 40, com formatos mais pequenos e cores mais sombrias, imagens de Paris e Veneza, mais próximos do neo-realismo). Gostei muito das cores, dos verdes, dos amarelos e dos rosas, dos quadros posteriores de viagens ao Brasil, a África e a Goa. Gostei de um quadro chamado "Manhã azul". Depois andei à procura do quadro de que falara a Pin Gente: "Olhos azuis em menina verde" até que o encontrei. E também gostei. Era mesmo uma exposição a não perder, mas entretanto acabando esta, começa outra também com quadros de Júlio Resende no Clube Literário do Porto, além de os podermos encontrar no Lugar do Desenho.
quinta-feira, novembro 01, 2007
Atelier, Rauschenberg e esplanadas
Já estou inscrita no curso! E fiquei a saber que rapidamente se preencheram as vagas.
Aproveitei depois para ir ver a exposição de Robert Rauschenberg. Como entretanto uma amiga me ligara e ficara de ir ter com ela, vi a exposição muito depressa, tão depressa que talvez seja melhor voltar lá outra vez para ver se consigo apreender mais da arte daquele que é considerado um dos maiores artistas de sempre.
Depois disso estive em duas esplanadas e à segunda gostaria de voltar outro dia, para conseguir ver de lá o pôr-do-sol.
Aproveitei depois para ir ver a exposição de Robert Rauschenberg. Como entretanto uma amiga me ligara e ficara de ir ter com ela, vi a exposição muito depressa, tão depressa que talvez seja melhor voltar lá outra vez para ver se consigo apreender mais da arte daquele que é considerado um dos maiores artistas de sempre.
Depois disso estive em duas esplanadas e à segunda gostaria de voltar outro dia, para conseguir ver de lá o pôr-do-sol.
Amor numa rua escura ou algumas vezes seria bom que os homens falassem mais alto para se perceber o que dizem...
Há pouco passou um casal pela minha rua. Discutiam e paravam de andar no meio da discussão. Ela dizia-lhe "não ouço mais nada" e "fica com ela". Ele falava sempre, mas num tom mais baixo, e seguia-a.
Claro que a culpa pelo que aconteceu, seja o que for que tenha sucedido, só pode ter sido dele... :)
Apesar do que dizia, ela ouvia-o sim, e importava-se com ele, por isso estava tão zangada, e ele ao segui-la e ao falar-lhe naquele tom persuasivo (mas imperceptível para os moradores da rua) importava-se também com ela.
E pronto, isto lembrou-me um conto de um dos meus livros favoritos.
Romã e Halloween
Ontem pela primeira vez provei uma romã. Pelos vistos é uma fruta originária do Próximo Oriente e está ligada à tradição gastronómica da cultura árabe. Também designada por granada é constituída por centenas de pequenos bagos vermelho rubi. Fui buscar a fotografia e a definição ao blog Oficina das Ideias . Quanto ao seu gosto pareceu-me fresco...mas ainda não reconhecível. Também ontem, tive um pequeno acidente de trabalho... cortei-me com uma folha de papel num dedo (sou muito eficaz no que toca a conseguir cortar-me com inocentes folhas de papel) e agora dói-me escrever... mas nem isso me impede de prosseguir...
Hoje, pela primeira vez que eu me lembre, alguém tocou à nossa porta a pedir chocolates. Pareceu-me a voz de uma senhora, mas não deu para ver se era uma senhora que vinha acompanhada de crianças ou os pedia para si...
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