Luísa
Barnabé, loura de olhos azuis escuros, terá nascido em 1878, filha de juiz,
ficou à espera de bebé de um professor de francês que ensinava advogados, e não
casou com ela, embora perfilhasse depois a menina.
Passou
a morar sozinha com a filha Manuela, que nasceu em 1899, sustentando as duas
como costureira. A mãe e os irmãos visitavam-na às escondidas do pai.
Um
dia, à filha saiu-lhe enquanto ela conversava com uma cliente, “mãezinha não
foi assim”. Levou logo uma bofetada porque as crianças não corrigiam os pais.
Desde
manhã até ao final do dia usava espartilho e a saia escondida de apoiante à
monarquia
Morreu
do coração quando a filha tinha dezoito anos. Esta fechou-se no quarto a chorar
durante quinze dias, sem comer.
Manuela
de olhos cinzentos e lindíssima, foi modelo e teve três noivos. O primeiro
morreu com pneumonia, e estava a fazer compras para o enxoval do segundo,
quando conheceu o terceiro, com quem casou. Perdeu um filho à nascença e teve
então a Luisinha, também de olhos azuis. Paravam-na na rua para ver a menina
tão linda. Apanhou meningite tuberculose e morreu com um ano.
Nasceu
depois em 1932 Eugenia, de tranças louras que sonhava em alemão que aprendeu no
Colégio onde andou desde a Infantil até à Alemanha ter perdido a guerra.
Aprendeu
a nadar com um primo e ia nadar para o mar alto, sem pé. Através do Colégio
teve aulas de equitação e mesmo quando o professor lhe atribuiu um cavalo mais
selvagem do exército, aguentou-se no galope e não caiu. Lembrava como durante a
Guerra também em Lisboa se pintaram os vidros de negro para prevenir um ataque
e houve racionamento. Manuela tentou
fazer pão no forno, mas saíram uns pãezinhos insonsos.
Eugénia
teve três filhas. A história continua.
Mas que enredo mais complicado!
ResponderEliminarAbraço
Muito complicado, estava a tentar escrever sobre a minha trisavó, a minha avó e a minha mãe
ResponderEliminarum abraço