quinta-feira, agosto 31, 2006

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Talvez neste fim de semana venha a empreender nova viagem. Perante a pobreza de imaginação e a preguiça em ler o Heidegger, pode ser a única alternativa que me resta para escrever alguma coisa. E só por esta razão é que penso em sair de casa, e ir passear por aí, conhecer sítios bonitos que não conheço, tirar fotografias, etc., etc., em vez de ficar em casa, sem fazer absolutamente nada. É, a vida é mesmo dura... Que chatice!
Até porque ainda não encontrei as minhas experiências do passado com o óleo e os pastéis, para pranchá-las em blog. Uma sorte para eventuais hipotéticos leitores. Só podemos esperar que continuem perdidas. Relendo o que escrevi penso se fosse possível fritar uns pastéisinhos e oferecê-los do blog, seria muito melhor que exibir experiências em pinturas. Mas, que fazer, para já, não é possível (entretanto a tecnologia irá evoluir para o permitir, mas os pastéis vão desaparecer - momento único de prognose e antes do final do jogo).
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Acho que estou a tornar-me uma comentadora, em vez de uma postadora. Agora ligo computador e ando por aí, a passear pelos blogs que "linkei"e por outros, de vez em quando, apondo algum comentário (claro que assim como para os posts também os meus comentários não são lá propriamente grande coisa - quase que me limito ao muito inspirado "gostei do seu blog" uma tristeza pela falta de imaginação demonstrada ... talvez devesse comentar anonimamente ... :).
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quarta-feira, agosto 30, 2006

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Há uma música dos anos 60 que eu adoro mas não consigo encontrar o vídeo em lado nenhum.
É dos Amen Corner e chama-se If Paradise is half as nice. É uma das minhas músicas preferidas, mas até agora não arranjei maneira de a pranchar em blog.
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Procol Harum - A Whiter Shade Of Pale - 1967

terça-feira, agosto 29, 2006

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Vista da Régua
(barco do lado esquerdo da fotografia
- poderá ser um barco
Rabelo?)
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Nos Jardins do Palácio de Cristal (que fica no Porto),
ao lado de uma esplanada,
laguinho com queda de água,
mini-ponte para mini-ilha
e patos)
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A Rua Escura (a rua no Porto que eu não conhecia e pela qual não me lembro de alguma vez ter andado, vendo-se à direita, à janela, senhora que poderá ser uma avó dona redonda para alguém)






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Fotografias da Ribeira e de mim na Ribeira
(espero que um destes dias dê para experimentar como é andar de moto, mas devagarinho...)
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Hesito entre insistir em falar sobre arte ou pranchar fotografias em blog.
Não voltei a pegar no Heidegger. Aliás pegar no livro até peguei e com a intenção de ler mais qualquer coisa, mas inúmeras solicitações exteriores (como ir assistir a telenovela mexicana, ou a jogo de futebol, sem dúvida igualmente interessantíssimo, ou ir simplesmente ver se alguém viria a passar pela minha rua e constatando que não, ficar então a aguardar que alguém o fizesse...) afastaram-me desse digno e alto propósito.
Por outro lado, ainda não meti as fotografias dentro do computador, tarefa que quando sou eu a executá-la, costuma levar algum tempo (será que é normal que leve tanto tempo? será possível copiar todas as fotografias de uma só vez? - tenho de reflectir profundamente sobre isto ou então encontrar alguém que perceba alguma coisa do assunto).
Acho que vou ficar apenas por experiências ao nível da apresentação do post.
Bem, talvez apenas alguns comentários sobre viagem à Régua (até porque não estou muita inspirada para experiências em blog). Gostei de ter ido lá no meu carrinho, perdendo-me só, já depois de ter chegado à cidade. Na subida no Marão, pisando o acelerador, na 4ª velocidade, só ia a 80 Km. Na descida, porque me dava impressão, mantinha a mesma velocidade, ou reduzia-a ainda mais, para desespero de condutores mais experientes atrás de mim. Já agora, se por acaso algum hipotético eventual leitor também veio a descer o Marão no Domingo por volta das 21.30, peço sinceramente desculpa, mas sou mesmo trenga a conduzir. Isto faz-me lembrar uma história que me contaram sobre um senhor que não percebia porque havia tantas queixas do trânsito, uma vez que ele nunca encontrava carros à sua frente. Mas não os encontrava à sua frente porque seguia tão devagar que os da frente se eclipsavam à sua frente e atrás de si formava-se longa fila de condutores exasperados...
No Marão eu sou do género de me alegrar quando encontro um camião ou outro condutor vagaroso à minha frente (embora mais vagaroso do que eu seja difícil) para fingir depois que só sigo àquela velocidade por o da frente me forçar a tal. Só que não é fácil encontrar outro condutor como eu...
Nada a propósito recordo o ditado "Atrás do Marão, mandam os que lá estão". Parece-me muito inspirador para redacção de conto com personagens fortes a assassinarem-se umas às outras - de onde se deduz que também não teria jeito para escrever conto... .
E a paisagem é muito bonita, com o rio a correr entre os montes. Inspiradora para pintura de quadro... mas felizmente já há algum tempo que me deixei disso. Ocorreu-me agora que com o scanner poderia postar aqui o resultado de antigas experiências minhas em pinturas a pastel e óleo ... ideia muito interessante - imortalizar na net o inimortalizavel, pior ainda que qualquer fotografia! Vou ter de reflectir profundamente sobre isto.

sábado, agosto 26, 2006

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Na sequência de decisão anteriormente anunciada estive a passear pelo Porto, munida da minha máquina fotográfica (ainda não tenho as fotografias; espero que amanhã dê para as pôr a revelar) e na companhia de um mouro. E não é que ele conhecia uma rua que eu não conhecia? Isto é muito triste... mesmo na minha própria cidade, pretendendo apenas representar a turista, e não encarnar a personagem real, constato que não apenas não conhecia a Rua Escura, como não sou capaz de responder à maior parte das perguntas que me coloca quanto àquilo que vamos vendo - não sei nada quanto às caves do vinho do Porto e barcos Rebelo, se o edíficio que estamos a ver é um Convento, até onde é que chegaram as águas numa grande cheia que houve, etc., etc. Acho que para próxima viagem pelo Porto, vou precisar da companhia de um portista que conheça a cidade...
Entretanto e, continuando deambulações pelo Norte, amanhã tenciono ir até à Régua.
Posteriormente, existe uma grave probabilidade de vir a pranchar aqui as fotografias que já tirei e as que tenciono tirar amanhã...
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quinta-feira, agosto 24, 2006


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Arte IV - Litografia e Serigrafia
O que são?

Vamos então continuar a falar de arte para quem nada saiba sobre arte.
Muito bem, hipotéticos eventuais leitores se nada sabeis sobre arte, não sabereis também o que é uma litografia e o que é uma serigrafia, nem que se trata de coisas diferentes (espero; porque se já sabeis, aqui estou eu a gastar o meu latim para nada).
Devo reconhecer que eu também não tinha uma ideia precisa até que um dia fui a uma exposição em Matosinhos e helás, num placard lá estava a distinção (aí deu jeito ter comigo um pequeno caderninho e um lápis).

(Esta pintura em cima de Carl Josepp Brodtmann - 1827, é o primeiro exemplo de litografia - )
Pois é, depois de lerdes este post já podereis comentar: "gosto muito desta litografia que a propósito se obtém através de um processo de impressão planográfico directo, baseado na repulsa pela água das tintas gordurosas (parece-me que a água é que deveria sentir repulsa por estas tintas gordurosas).
O desenho é feito numa pedra calcária especial, da Baviera, com material gordo (lápis ou tinta). Depois as partes vazias são ensopadas com água e vão rejeitar a tinta de impressão que é também gordurosa e só adere às partes gordurosas.
A seguir o papel humedecido é colocado sobre a pedra previamente molhada e tintada e a imagem é transferida por pressão por meio de uma prensa.
Já a serigrafia tem por base uma técnica de impressão que consiste na passagem de tinta para o papel através de zonas permeáveis (abertas) de um quadro de rede muito fina. Cada cor exige um quadro e uma impressão. Várias impressões determinarão uma espessura de tinta. Para a passagem de tinta por permeabilidade faz-se pressionar um raquelete (tenho dúvidas sobre esta palavra, tratar-se de um termo específico ou tê-la-ei copiado mal?) quando o quadro está sobre o papel a imprimir.
Lembro-me de ter lido em qualquer lado que artistas japoneses não limitavam o número de serigrafias que assim poderiam ir realizando à medida que os quadros se deterioravam, pelo que as últimas apresentavam depois uma qualidade inferior em relação às primeiras ( e vem-me à ideia a reprodução de uma grande onda, num quadro japonês, de Katsushika Hokusai - está bem, eu reconheço, não sabia o seu nome de cor e fui vê-lo a um livro).
Recapitulando: para as litografias pensemos na pedra da Baviera e na repulsa pela água das tintas gordurosas; para as serigrafias, lembremos o quadro-rede ou vários quadros-rede sucessivamente pressionados sobre o papel.

terça-feira, agosto 22, 2006

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Ao ler e ver último post, pareceu-me, não sei porquê, que está demasiado narcisista.
Posso estar minúscula, mas apareço em duas, aliás em três, das cinco fotografias e para ser o Wally, fazia falta a multidão à frente, além de que devia estar sempre vestida da mesma maneira e com um gorro vermelho.
Por outro lado, estive também a pensar que, constatando que a maior parte dos meus hipotéticos leitores, pelo menos os comentadores, são do sul, devem estar absolutamente fartos de ver as paisagens que aparecem nas últimas fotografias.
Para não falar do choque que tive quando soube que afinal o leão marinho beija qualquer pessoa que apanhe pela frente.
Talvez deva por isso investir mais em viagens pelo Norte, ou em fotografias dos meus locais favoritos no Porto. Ou então arranjar qualquer outro tema mais imaginativo...
Para já vou reflectir profundamente sobre isto, ou seja, sobre o que colocar em futuros posts.
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Diário do de bordo da nova viagem ao Sul.
Desta vez e seguindo sugestão de um comentador fui até à Arrábida.
Dali segui até Setúbal (almocei lá massada de cherne - gostei mais do que da comida japonesa, mas também ainda não experimentei a terceira vez, necessária para que possa apaixonar-me por esta nova comida) e fui ainda ao Castelo de Palmela.
Pretendia regressar no sábado mas não li bem o papel da CP - aos sábados não havia o último comboio (pensei primeiro que o senhor estava a brincar comigo quando lhe pedi um bilhete para o Porto e ele me disse que não o dava... imaginei que fosse quiçá talvez um estranho sentido de humor lisboeta ... mas não era).
Por isso só regressei no Domingo, e ainda sem ter ido ver a exposição de pintura no Museu de Arte Antiga.
Que chatice ... acho que vou ter de voltar de novo ao sul.
Claro que gostei muito do que vi, e de tudo. Da Arrábida, de Setúbal e de Palmela. Achei tudo muito bonito. Por isso, quero reincidir para conhecer outros sítios e ver se consigo de uma vez ir finalmente à exposição de pintura.
Seguem fotografias (não consegui colocá-las pela ordem certa, mas como consegui pelo menos que entrassem no post, vou deixar ficar assim). Quando apareço, estou sem saco da Fnac (desta vez, horror dos horrores, não fui a nenhuma Fnac...) e espero anonimamente minúscula.

(Eu, em Setubal)


(Eu, no Castelo de Palmela)


(Eu, na Arrábida)


(Fotografia tirada em Setubal)


Vista da Arrábida

domingo, agosto 20, 2006

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Já estou de volta e gostei muito desta ida a Sul (apesar de não ter ido a nenhuma Fnac). Agora vou reflectir profundamente sobre se devo ou não "postar" alguma fotografia. Eventualmente irei fazê-lo porque ainda não li mais nenhuma página do livro do Heidegger...
Para já vou só reconhecer que afinal há muita coisa para ver no Sul até porque praticamente eu não conheço nada... e deixo para amanhã eventual descrição do que vi, além das fotografias.


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sexta-feira, agosto 18, 2006

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Arte III
Agora vamos atacar com cultura, mais exactamente pranchando no blog, citação de Heidegger (in "A Origem da Obra de Arte", Edições 70, página 11) "A arte não é mais do que uma palavra a que nada de real já corresponde. Pode valer como uma ideia colectiva na qual reunimos aquelas coisas que da arte somente são reais: as obras e os artistas. Mesmo se a palavra arte designasse mais do que uma ideia colectiva, o que é evocado através desta palavra só poderia ser tendo como base a realidade das obras e dos artistas. Ou não será o contrário? Porventura há obras e artistas apenas na medida em que há arte, e mais precisamente enquanto sua origem?"
Eu sabia que o assunto tinha de ser complicado se até o Heidegger complica tanto assim e logo na primeira página do livro...
Mas não vos preocupais eventuais hipotéticos leitores, porque eu prossegui para a segunda página, onde este autor esclarece que: "O que a arte seja, tem de se apreender a partir da obra. O que seja, a obra só a podemos experienciar a partir da essência da arte." Ciente do círculo em que nos fez cair, esclarece que "para encontrar a essência da arte, que reina realmente na obra, procuramos a obra real e perguntamos à obra o que é e como é."
Pronto, está resolvida a questão. Só temos que perguntar à obra o que é e como é.
(...)
Será que ela nos vai responder? E como?
A forma como o poderá fazer parece-me ligeiramente preocupante...
Acho que vou continuar a ler o resto do livro, as imensas cerca de 60 páginas restantes para ver se descubro como é que a obra de arte nos vai responder. Até lá, e jogando pelo seguro, não vou perguntar a nenhuma obra de arte o que é e como é.
Para já, e recapitulando: leia-se o que está para atrás que desta vez é bem pouco.

quinta-feira, agosto 17, 2006

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Vou reincidir em viagem a Lisboa amanhã.
Estarei a ficar viciada em viagens de combóio?
Não, não me parece, embora possa ser tema de posts (vícios para já será só o chocolate - m & m e talvez blogues).
Estive a reparar que quando vou para Lisboa, eu e as outras pessoas que apanham o mesmo combóio de manhã, iremos mais centrados no que pensamos fazer no resto do dia. Já no regresso, num outro dia, mas sempre ao final da tarde ou mesmo noite, há um outro ambiente, em que sorrisos e conversas parecem ter fácilmente lugar. Se calhar é só o alívio por estarmos a deixar Lisboa (estou a brincar...).
Agora, espero é que as coisas se mantenham assim, porque gosto desse ambiente no regresso. Já conheci um casal brasileiro reformado que estava a conhecer a Europa de combóio. Disseram-me que se quisesse conhecer o Pantanal, seria melhor ir mas é a Bonito, porque o Pantanal está cheio de mosquitos e Bonito como o nome indica é mais bonito. E ofereceram-me um cookie brasileiro. No último regresso foram dois meninos que vieram conversar comigo e um deles ofereceu-me uma bolacha (devo ter um ar esfomeado...). Talvez desta vez, alguém me ofereça chocolate...
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Adoro esta música, mas nunca tinha visto quem a cantava. Aconselho a quem quer que tenha alguma curiosidade sobre a música a ouvir apenas...
Claro que primeiro se deverá ir ao End suspender a que está a tocar, senão será uma grande confusão de músicas.
0221 - 67 - Turtles - Happy Together

terça-feira, agosto 15, 2006

Arte - II

(imagem retirada de http://www.childrensillustrators.com/content.cgi/index)


Não tive tempo para estudar praticamente nada, já é muito tarde e estou com sono. Confiaria por isso hipotético eventual leitor que finalmente nada dissesse, esperando que isso me levaria a ficar calada ou no caso imóvel, "não escrevente" ou "não teclante".
Pois, mas não.
É que na sequência do longo caminho percorrido, desde os inícios do blog até este momento, ter pouco ou nada ter a dizer, não me tem impedido de dizer alguma coisa ou nada, posição que irei manter agora também com este novo tema da arte.
Vamos então começar pelo início, ou seja, por responder a uma questão essencial:

O que é a arte?

Ora, "a arte é tudo aquilo a que os homens chamam arte."
E esta definição não é minha, mas de Dino Formaggio, in "Arte", Colecção Dimensões, página 9.
Prossigamos com mais uma definição "A arte é uma parte essencial do nosso ambiente quotidiano, a todos os níveis: "Obra de arte ou de artesanato, a sua criação implica a intervenção do saber humano sobre os materiais." Esta definição é de Xavier Barral I Altes, in História da Arte, Edições 70, pág. 11. Segundo este autor os limites da obra de arte são tão difíceis de definir quanto o termo é amplo. E refere ainda que para alguns artistas contemporâneos arte é tudo o que nos circunda (gosto desta definição de alguns artistas contemporâneos).
"A humanidade tem feito imagens e marcas desde o início dos tempos. A arte precede a história assim como a noção corrente do que constitui arte" (tradução muito livre de A Brief History of Art, vários autores, Flame Tree Publishing, pág. 11- sim é incrível até consegui fazer uma tradução).
Portanto, e recapitulando à pergunta sobre o que é a arte, podemos responder:
a) é tudo aquilo que os homens chamam arte;
b) é uma parte essencial do nosso ambiente quotidiano e resulta da intervenção humana sobre os materiais;
c) é tudo o que nos circunda;
Ora, apesar de gostar bastante da terceira, nenhuma, para já, me parece suficiente. Talvez também porque a arte precede a história, e nesses termos não é nada fácil de definir.
Assim e para já vou continuar a ler e a reflectir profundamente sobre o assunto.
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Do que é que não estamos livres que nos suceda:

- aparecer na Caras;
(aviso: nada da pânico, isto é só uma conjectura - pode ser só, em parte, num cantinho de uma fotografia, porque calhou irmos simplesmente a passar numa festa de gente famosa ou estarmos simplesmente num cais de onde partia um barco cheio de gente famosa, e pimba, lá estamos nós na fotografia);
- descobrirmos que já falámos com pessoas que aparecem na Caras; (no meu caso, a colega de um curso e uma colega de trabalho, nos dois casos a razão pela qual apareceram na Caras nada tinha a ver com o curso ou com o trabalho; será que estavam simplesmente no local errado na hora errada?);
- sermos surpreendidos quando esperamos mais e quando esperamos menos - aconselha-se a segunda;
- começar a ler blogues e mesmo criar um; (o que está muito facilitado, senão vejamos, até eu consegui criar um ...);

- ser beijada por um leão marinho
(aconteceu-me há anos no jardim zoológico em Lisboa - a quem o queira evitar, é melhor não se sentar nos bancos estranhamente livres, mais próximos da piscina);

segunda-feira, agosto 14, 2006

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Tive uma óptima ideia para não estar sempre a falar tretas e tornar este blog sério e culto: como eu tenho a mania que gosto de ver quadros e muito de vez em quando até vou a umas exposições, vou escrever sobre pintura e arte.
Depois de ter chegado a esta ideia incrível, e ao invés de ficar a descansar um pouco, como plenamente se justificaria, vou meter desde já mãos à obra.
Assim, começo por partilhar a primeira dica importante para todos aqueles hipotéticos eventuais leitores que espero não saibam nada de nada sobre pintura e arte (até porque se já sabem alguma coisa, por mínima que seja, é favor irem a outro blog): comecem a consultar a Caras, ou mais precisamente quando encontrarem alguma (por exemplo, no cabeleireiro ou numa sala de espera de um consultório) tratem de raptar a penúltima ou antepenúltima página desta revista, a única revista semanal portuguesa que eu conheço, com artigos de uma página sobre a vida dos artista e a sua obra, por Júlio Quaresma (já tenho um montão destas páginas que colecciono e claro que de resto nem sequer leio o resto da revista, apesar de já ter encontrado lá, com a maior perplexidade e absolutamente por acaso, como é evidente, fotografias de duas pessoas com quem já falei, do que deduzi que ninguém estará livre de um dia aparecer na Caras - ideia para post: do que é que não estamos livres que um dia nos possa suceder; por outro lado, e na sequência de decisão exteriorizada em outro blog, não vou mais ler revistas deste género).
Para próximo post sobre arte e pintura vou ver se entretanto estudo alguma coisa...
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domingo, agosto 13, 2006


Eu na esplanada da Graça, de onde tirei as anteriores fotografias.
(Estou a tentar meter mais fotografias no blog, mas blog não está receptivo - acho que tentar meter cinco de uma só vez não foi boa ideia e pelo tempo que isto leva vou desistir. Dá menos trabalho escrever qualquer coisa)

sábado, agosto 12, 2006

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Praia escaldante em Oeiras onde eu estive
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sexta-feira, agosto 11, 2006

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Vista de Lisboa do alto da esplanada da Graça (estavam lá tantos estrangeiros que imaginei que podia estar em qualquer cidade do mundo).


I'm back.
Como descrever os dias em Lisboa com uma palavra, que aliás também descreve os dias no Porto, agora: que calor!
Pronto, está bem, são duas palavras.
Calor impede-me de pensar e de escrever. Por isso qualquer ideia mais estranha e qualquer erro ortográfico ou gramatical, devem ser única e exclusivamente atribuídos ao calor (e implicitamente não a mim...).
Fui a duas Fnacs, à do Chiado e à do Cascais Shopping, e comprei alguns livros leves e menos caros. Ponderei tirar uma fotografia de mim frente à entrada de Fnacs, mas depois afastei a ideia. Há momentos tão especiais que podemos simplesmente guardá-los na nossa memória...
Fui a uma praia em Oeiras onde nadei mal (sim, é outra coisa que também faço mal, nadar). E foi mesmo difícil chegar à água, com uma areia absolutamente escaldante! Até tive saudades das nossas nortadas, vento forte, praia, areia e água bem frias... (por aqui se vê o estado calamitoso no qual me encontrava com todo aquele calor).
Ainda em Oeiras fui ao Parque dos Poetas. Não sei se andará algum por lá, mas gostei de estar deitada na relva, não a dormir mas a reflectir profundamente sobre a vida...
Estive com uma amiga minha, fui jantar com um amigo a um restaurante japonês, pela primeira vez (gostei da sopa misu, mas já o sushi - não sei se se escreve assim - não gostei lá muito; segundo o meu amigo só à terceira é que nos apaixonamos por esta comida, portanto é só insistir até à terceira; mal posso esperar). Tentei comer com os pausinhos e fui um autêntico desastre, mesmo segurando um pausinho em cada mão, o que me deveria dar alguma vantagem (mas não deu) não conseguia segurar nenhum bocadinho de peixe cru ou fosse o que fosse. Iria ser óptimo para linha. Logo, logo teria perdido o quilo que queria perder para ficar a pesar 49 kilos, o meu peso aos 16 anos.
E encontrei-me com alguém especial sobre quem não vou falar aqui, mas escrevi no diário.
Amanhã verei se ainda há alguma coisa a escrever mais. Agora estou literalmente a adormecer enquanto olho para o écran. Já adormeci mesmo duas vezes mas aposto que ninguém deu por nada. Continuei a escrever da mesma maneira ("ou seja, mal" afirma o Crítico Caústico) e só tive de deletar algumas palavras cujo sentido não atingi (estou menos clarividente ou então não faziam mesmo sentido).
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domingo, agosto 06, 2006

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Pois é, animada pelo espírito de sacríficio pelo blog, fui ontem à Feira Medieval em Santa Maria da Feira. É um trabalho duro mas alguém tem de o fazer...
Espero que tenham reparado como o nome da cidade é adequado à .... ao .... o que é que será isto afinal? um espectáculo? uma comemoração? uma feira? Não sei porquê inclino-me mais para que seja uma feira. Já no papelzinho entregue à entrada chamam-lhe Viagem Medieval.
E fui com uma amiga que poderá ler o que agora vou escrever e é da Feira (cidade), por isso convém não extrapolar muito ou ela ainda me vem comentar...
Muita gente, muito calor, música medieval a tocar, algumas pessoas com roupa da época, construções de madeira e tendas.
Numa destas tendas, odaliscas vestidas em conformidade, disponibilizam-se a ensinar a dança do ventre. Muito medieval... . Poderia ter pensado nisso, mas não. Tinha de prosseguir para arranjar post e só por isso não podia parar para aprender aquela forma de dançar tão medieval e interessante.
Depois animação dispersa - música, dança, personagens medievais, jogos medievais. Estavam anunciados cuspidores de fogo, mas não deparei com nenhum, ou então com o calor que estava, passaram-me despercebidos.
Muitas lojas a venderem coisas medievais como panos, cestas, doces e colares, sem esquecer as pequenas bruxinhas de plástico.
Num sítio estavam a assar porcos. Num outro, e num fogão de lenha, assavam fogaças (que não são animais como os porcos ou javalis e sim um "bolo" característico da região). Como estava com fome agarrei-me a uma fogaça, ainda quente e fui arrancando e comendo parte dela aos pedacinhos (forma de comer muito medieval também).
À noite havia um torneio medieval entre dois cavaleiros. Vi-os a passar no seus cavalos, um de vermelho e outro de roxo (as roupas dos cavaleiros, não os cavalos).

(sim, aquela figura em pé, no cima das escadas meio hirta, meio estranhamente inclinada para a esquerda, sei lá porque, e com o vestido mais mediaval que consegui arranjar, sou eu; agora, nem com lupa!!!)

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( fotografia de um pouco mais perto, apenas para mostrar melhor o vestido e demonstrar a quem use lupa de 3 € que não há borbulhas)

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Deu-me a preguicite aguda e ainda não iniciei longa viagem para Lisboa. Talvez amanhã ou na Segunda-feira. Assim e para já permaneço no Porto. No entanto, laboriosamente empreendi hoje viagem a Santa Maria da Feira, evidente e unicamente para arranjar tema para post.
(...)
Se me perguntarem agora se esta vigem teve êxito (o que seria difíci porque não estão aqui, para que pudessem fazer fosse que pergunta fosse) posso responder que sim: arranjei tema para post
Este só não segue de seguida, única e evidentemente por estar a aguardar a revelação das fotografias que o irão ilustrar. E já agora também porque estou com sono e sem imaginação nenhuma. Fica assim pelo menos o aviso: amanhã neste post poderão ser postadas mais fotografias tiradas pela bloguista e da bloguista (tenham medo, muito medo...).
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sexta-feira, agosto 04, 2006

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Para arranjar assunto para novos posts vejo-me forçada a ir passar uns dias a Lisboa.
Sim, porque a vida de bloguista é muito dura, mesmo quando se escrevem tretas ("como sempre" refere crítico cáustico aguado para falar das suas férias).
Vou esforçar-me por passear pela capital e absorver a vida cultural em qualquer praia nas imediações.
Se tiver sorte espero ir também a alguma ou a várias ou porque não a todas as Fnac na área.
Entretanto, e se puder, recorrerei a ciber cafés, confiante que em Portugal os teclados terão os assentos todos e as letras não estarão trocadas...
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Até agora não tenho feito citações de livros (como seria preferível, referiu crítico cáustico regressado por sua vez das suas férias, de que não vamos falar). Mas não resisto a uma pequenina do livro "Da Treta" de Harry G. Frankfurt:
"É por isso que não pode ser vista como mentirosa (uma afirmação anterior), uma vez que não presume conhecer a verdade, não podendo, dessa forma, propagar uma proposição que ela própria presume ser falsa. A sua afirmação não está ancorada nem numa convicção de que é verdadeira, nem - como uma mentira deveria estar - numa convicção de que não o é. É apenas esta falta de ligação a uma preocupação com a verdade - esta indiferença pela forma como as coisas realmente são - que eu vejo como pertencendo à essência da treta." (Reduzi a letra para que ficasse ainda mais pequena).
E agora poderiam perguntar porquê? Porque é que eu resolvi colocar aqui esta citação? Quererei tornar este blog ainda mais aborrecido do que é?
Não! Podeis descansar (ou podes descansar, se apenas um único hipotético leitor passar por aqui...)
Para já não foi esse o meu propósito.
É que quando comecei a ler o livro reconheci em muitos dos meus comentários, tretas. E foi muito bom encontrar esta definição da treta na página 46, muito mais positiva do que anteriores, e ainda mais a defendida pelo autor do livro, sem dúvida, um especialista na treta (aconselhando-se a leitura do livro a quem queira ficar a saber mais sobre o tema).

"A treta é inevitável
sempre que as circunstâncias
permitam que alguém fale
sem saber do que está falar."
Harry Frankfurt (citado na última página deste livro)

Graças a este comentário todos teremos ficado a saber mais sobre a treta (pelo menos eu e eventual corajoso hipotético leitor que tenha lido até ao final).
Mas Que Nada - Sergio Mendes and The Black Eyed Peas

quinta-feira, agosto 03, 2006

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Cannes - La Croisette - Aquarelle de Louis Gavotto
Pronto, este será o último post em que mencionarei Cannes ( a não ser que não encontre mesmo nenhum outro assunto). E só fui por cinco dias. Imagine-se se tivesse ido por 8 ou 15 dias, iria ter assunto para uns 10 ou 20 posts, no mínimo. Só faltaria projectar slides enquanto explicava lentamente que ali à direita é a praia e mais à direita ainda, é o mar. No blog permaneceriam apenas hipotéticos eventuais leitores que tivessem adormecido de tédio...
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Diário da viagem II e último (afinal foram só cinco dias)

Depois e durante o tempo que lá estive, empreendi algumas viagens exploratórias pelas livrarias, Fnac (claro) Privat Sorbonne e English Book Shop, trazendo comigo alguns espécimes aí localizados que preencheram duplo requisito cumulativo (não serem demasiado caros nem demasiado pesados).
Fui até à praia. No mar há uma pequena plataforma para a qual alguns nadam e sobem, como acontecia no livro de Scott Fitzgerald, Terna é a noite. Como nado mal nem pensei ir até lá, fiquei por perto e fotografei a plataforma (de longe...).


(aquela coisa meio ao longe entre as pessoas e os barcos é a tal plataforma)

Li quatro dos cinco livros que tinha levado comigo: Primeiro Amor de Samuel Beckett, Cântico Atlante de Dionísio Vila Maior, La grammaire est une chanson douce de Erik Orsenna e Da Treta de Harry G. Frankfurt (o quinto, Folhas de Viagem de Blaise Cendrars ficou para próxima viagem).
Observei os poucos indígenas e os muitos turistas (franceses, ingleses, italianos, árabes, alemães, espanhóis, nada de portugueses).
Pratiquei um pouco o meu francês. Creio que terei sido em parte percebida, pelo menos ao bon jour e ao bon soir obtive resposta.
Comi saladas francesas e sobremesas francesas - crepe suzete, tarte tartin, fondue de fruits avec chocolat chaud.
Passeámos pela Croisette (passeio largo entre a praia e os grandes hotéis, num dos quais foram filmadas cenas do filme French Kiss com a Meg Ryan) onde à noite vão montes de pessoas passear, algumas super produzidas.
E fomos até ao Suquet (parte mais antiga, ao lado do velho porto) e até à Place du Castre (onde está o Museu do Castre, com instrumentos musicais antigos e alguns quadros)








Fotografia tirada lá de cima, da Place du Castre, da qual pensei que não ia ficar nada - a vista faz valer a pena a subida)

quarta-feira, agosto 02, 2006

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Vistas do quarto de hotel para a cidade (como no livro "Um quarto com vista" de E. M. Forster) Gosto de tirar fotografias pela manhã, da janela do quarto onde passei a noite















Eu, no cimo das escadas por onde sobem ou descem as estrelas de cinema, aliás sobem e descem - terão de subir primeiro para depois descerem... (e estou mesmo lá atrás de todos os desconhecidos que se meteram à frente nesta fotografia).

terça-feira, agosto 01, 2006

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Diário da Viagem I .
27 de Julho de 2006, cerca das 6 horas da manhã.
Viagem começa bem ainda mal começou.
Como estava sem sono e teria de me levantar às 5 da manhã resolvi fazer directa mesmo. De madrugada quando fui arranjar pequeno almoço com a minha irmã reparei que alergia misteriosa (misteriosa porque não consegui atribui-la a nada, e assim fui-a atribuindo sucessivamente a tudo o que me lembrava, até que desapareceu - e só espero que não seja devida aos m&m de chocolate) tinha voltado. Fui mostrá-la à minha mãe que estava na cozinha mas não reparei na porta do armário aberta e bati com a cabeça. Tudo isto provocou-me um ataque de riso que também as levou a rir. Estou mesmo acabada. Primeiro alergia. Depois pancada na cabeça. Mal posso esperar pelo que se segue.
Aeroporto do Porto depois das obras ficou muito bem embora um pouco gelado com ar condicionado.
Avião também gelado com ar condicionado.
Chegámos a Nice e finalmente o calor!
Bem, talvez demasiado calor...
E seguimos para Cannes.

(eu estive nesta praia)