- No anúncio parecia um bocadinho grande, mas
antes grande que pequena, certo?
- Ouve bem, é a última vez que tratas do
alojamento!
Em quase todas as viagens de férias havia
discussões. Naquele ano o pai deixou para a mãe arranjar a casa. Disse que não
tinha tempo, mas queria era vingar-se do ano passado. Fora ele a tratar tudo.
Fomos para a casa de uns familiares de um conhecido. Caro e horrível, queixou-a
a mãe o tempo todo. O pior foi que eles, uma família inteira, se mudaram para
uns arrumos atrás. Dali era impossível não ouvirem as reclamações e discussões.
O chuveiro estava furado, a banca entupida. Para cúmulo o meu irmão mais novo
estragou a cortina da entrada. Era uma cortina com contas coloridas e ele
passou o tempo todo a entrar e a sair, empurrando e puxando a cortina até que a
desgraçada não aguentou. Ficou bem cara a brincadeira – palavras da nossa mãe,
que teve de a pagar como se fosse nova.
Naquele ano era pois a mãe que escolhia onde íamos
ficar.
Parecia ter acertado quando chegámos. À nossa
frente uma casa enorme, praticamente um prédio e o rés-do-chão seria todo para
nós. Lá dentro uma sala enorme, com televisão, dois quartos compridos com camas
estreitas, cozinha equipada embora pequena.
Até que nos apercebemos da carrinha vermelha
estacionada à frente.
Por cima de nós ficava o quartel dos
bombeiros!
Foi o melhor verão de sempre. Eu e o meu irmão
acostumámo-nos logo ao troar da campainha que fazia vibrar as paredes. Os
nossos pais, estranhamente, não.
E de noite ainda era mais emocionante.
Uma vez em que iam abastecer, deixaram-nos ir
na carrinha. A nossa mãe levou um grande susto.
Infelizmente, os nossos pais puseram-se depois de acordo em não voltarmos nunca mais…
Umas férias deliciosas para vós gaiatos mas para os pais hummm:))) Os meus pais nunca fizeram férias e apenas e tão só passeios ao domingo para a praia. Pudera amiga éramos cinco com mais dois que foram criados pelos meus pais.
ResponderEliminarAdorei e quando eu for grande quero escrever como tu:)))
Beijocas e um bom dia