Numa
saída à noite com amigos começaram a discutir sobre crenças e superstições.
Ele
muito céptico só acreditava no que via com os seus olhos e não punha as mãos no
fogo por ninguém.
A
certa altura o Carlos perguntou-lhe se tinha conhecido o Jaime?
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Não, não tinha, sabia apenas que ele se mudara para a capital há alguns anos.
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Pois é, o Jaime era como tu. Não acreditava em nada e nunca jogava. Vinha com
percentagens, como era mais provável apanhar com um raio duas vezes que ganhar
a lotaria.
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E estava certo!
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Estaria? Houve uma noite em que ele teve um sonho em que lhe aparecia uma bela
desconhecida e repetia-lhe seis números: “1/8/11/17/30 e 9” sempre por esta
ordem.
Ele
acordou com os números da cabeça, mas durante o dia esqueceu-se.
Na
noite seguinte voltou a ter um sonho, mas agora era uma tia que lhe aparecia e
gritava-lhe os mesmos números: “1/8/11/17/30/9”. Não era uma tia de que ele
gostasse e acordou em sobressalto. Contou depois à mulher. Mas ainda assim, não
fez nada. Não esqueceu o sonho, nem os números, mas não foi jogar.
Na
noite seguinte, de quinta para sexta, contou-me que até estava com receio de
voltar a ter o mesmo pesadelo com a tia.
Adormeceu
e apareceu-lhe um avô que já tinha morrido. Ele adorava aquele avô e até estava
a gostar de sonhar com ele, mesmo estranhando estar a ter tantos sonhos o que
nele não era comum. A certa altura, no sonho, o avô perguntava-lhe: “então já
foste jogar no totoloto, os números que vão sair são: “1/8/11/17/30 e 9”.
Ele
acordou e dessa vez não disse à mulher.
Teimoso
como uma mula, não foi jogar.
-
E?
-
Não saiu nem um dos seis números…
Muito bom!
ResponderEliminarAbraço.
Muito obrigada
ResponderEliminarum abraço