Era
uma vez uma almofada com superpoderes.
Parecia
igual a qualquer outra almofada, mas não era…
A
maior parte dos adultos, pessoas crescidas, de nada sabiam e não conseguiam ver
nada mais que uma simples e normal almofada.
Era
preciso estar atento, e ser-se primeiro capaz de escutar o rugir dos monstros e
o canto das fadas.
Um
dos poderes da almofada era precisamente o de assustar os monstros, mesmo o
bicho-papão.
Se
algum deles tivesse o azar de entrar no quarto onde estava a almofada, apanhava
um susto tão grande, mas tão grande, que fugiria a correr do quarto, da casa,
do prédio. Pela janela, se não estivesse muito escuro, conseguiríamos vê-lo,
cada vez mais pequeno, a desaparecer para além da noite e da rua.
Tinha
também o poder de esbater a fronteira para o reino das fadas e nos levar para
outros mundos de maravilhas, onde podíamos encontrar princesas encantadas,
príncipes salvadores com cavalos brancos e fadas madrinhas.
Se
por acaso também por lá encontrássemos um monstro ou uma bruxa má, estávamos
protegidos pelo poder da almofada. Às vezes tornava-nos invisíveis, outras,
dava-nos coragem para lutar com eles e vencê-los. Ou então a almofada
trazia-nos apenas de volta a casa.
Para
despertar a magia era preciso irmos para a cama quando os nossos pais ou avós mandavam,
escovar bem os dentes, aguardar que nenhum crescido estivesse no quarto, sentir
a frescura na cara e o calor do cobertor, fechar os olhos e esperar…
Podia
também suceder que os invés de irmos para lá, viesse antes uma fada. De olhos
fechados sentiríamos quando nos beijasse levemente a face e nos dissesse boa‑noite
com uma voz que até poderia ser parecida com a da nossa mãe.
Será
que a tua almofada também tem esses poderes?
Pontualmente sim, no que se refere à minha almofada!... :)
ResponderEliminarBelo conto de embalar.
Parabéns, da minha parte gostei muito, aliás eu que não escrevo propriamente o que quero ou sequer original e normalmente porque quero, se pudesse escolher, entre alguma outra opção escrever para crianças, desde logo à criança que eu mesmo fui e dalgum modo jamais deixarei de ser, salvo a redundância verbal, seria o topo das preferências.
Parabéns, minha amiga, Gábi
Excelente sexta-feira
Beijo
VB
Uma tentativa que redundou numa excelente história.
ResponderEliminarGostei muito.
Abraço e bom fim de semana