Um dia igual aos outros
O despertador tocou pelas oito, mas já tinha acordado uns minutos antes e desligou-o. Levantou-se, tomou um duche tépido, vestiu-se, com a roupa separada na noite anterior e saiu. Não quis perder tempo a esperar pelo elevador um pouco lento daquele velho prédio e desceu os dois lances das escadas largas. Lá fora, o dia começava com buzinas, aceleras e travagens, a marcar o ritmo também daqueles que seguiam a pé para os empregos e escolas. Desceu as escadas na sua estação do Metro em modo automático, virou à direita para apanhar a sua linha, a tempo de entrar numa carruagem cheia, de onde saiu três paragens depois. Subiu de novo para a luz e calor lá fora e parou por momentos ao balcão da pastelaria da esquina para o garoto habitual. Faltavam cinco minutos para as nove quando entrou no edifício onde trabalhava e aí apanhou o elevador para o 10º andar e chegou pontual ao seu gabinete. Tudo como habitualmente. Meia hora depois o seu corpo chocava contra o asfalto da avenida, falhando por pouco uma senhora que passava com uma criança pela mão.
Ah! Quero ler os capítulos seguintes…
ResponderEliminarTem aqui um leitor atento.
ResponderEliminarMas, entretanto, vou-lhe eu revelar um mistério (pode ser que inspire).
Dia de vento intenso, chuva torrencial, trovões que faziam tremer a casa.
A janela da sala, aberta, ia-se esmagando na parede.
No chão, no meio de uma poça de água e vidros, o George.
Morto.
Como morreu o George?
A chegar às 9? Funcionário público...
ResponderEliminarMas, se ele falhou a senhora com a criança pela mão, a história já está estragada desde o início. A não ser que ele agora se levante e recomece tudo...
ResponderEliminarEu sei, Pedro Coimbra, mas não digo para não estragar o suspense.
ResponderEliminarSó digo que os «caçadores de mitos» demonstraram no canal «Odisseia» que não podia ser uma bala. O calor gerado no processo de disparo fá-la-ia derreter antes de atingir o alvo.
Obrigada Catarina :)
ResponderEliminarEstava a pensar, Pedro Coimbra, no George estar no telhado a arranjar a antena e ter escorregado...mas entretanto li o comentário do Funes e vou ter de repensar...
Ainda não tinha pensado nessa possibilidade, Rafeiro Perfumado, estava a imaginá-lo a trabalhar numa grande empresa :)
Óptima ideia, Funes, o memorioso, basta transformá-lo num zombie :)
...uma bala derretida pelo calor antes de atingir o alvo...vou ter de pensar nisto profundamente...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPara policial...bom começo! :-))
ResponderEliminarAdoro policiais!
Abraço
Fui durante 38 anos funcionária pública e nunca entrei às 9h, Rafeiro Perfumado! :-))
ResponderEliminarE também nunca cheguei atrasada...
(fazendo vénia)
ResponderEliminarPois então o meu pedido de desculpas, Rosa dos Ventos, pois se pertences ao grupo de FP que honram a profissão, garanto que não te deverás sentir atingida pelas minhas palavras. Beijoca!
PS: entravas às 10:00?
Obrigada, Rosa dos Ventos :)
ResponderEliminarum beijinho
Só demonstra falta de pontaria.
ResponderEliminarAdoro romances policiais! Venham mais cinco (capítulos...)!
ResponderEliminarBeijinho
Cheguei aqui já depois do meu devaneio no post mistério 2260. Agora percebo melhor o post. Tenho que começar a ler debaixo para cima... :)
ResponderEliminarQuanto à personagem... é homem ou mulher? O texto não diz. Mas vá lá saber porquê, enquanto o lia só via um homem.
A senhora que seguia com a criança é capaz de ter outra opinião, Paulofski :)
ResponderEliminarFoi intencional não dizer logo se era homem ou mulher, Luísa, mas também o imaginei como homem :)
Obrigada Carol :)
ResponderEliminarum beijinho
Está muito bom, Redonda. Deixa muita curiosidade, quero saber mais... :)
ResponderEliminarP.S
Escreve como te aprouver no momento. Muitas vezes, e seja lá como for, o leitor tira conclusões que nem sempre vão de encontro ao que queríamos realmente 'dizer'. O teu personagem não tem forçosamente de ter morrido, ou tem?!
Obrigada, Gina :)
ResponderEliminarEntretanto deixei o policial parado à espera de inspiração, embora inicialmente tivesse pensado que o personagem se ia esborrachar lá em baixo e depois se iria descobrir que era um homicídio :)