Hoje vou passar no
exame de condução! À terceira será de vez!
O exame de código foi
fácil. Os dois, porque entretanto o primeiro caducou ou perdeu a validade e
tive de o repetir. Tínhamos um grande professor que até nos ensinou como
ultrapassar a situação impossível dos quatro veículos que chegam ao mesmo tempo
ao cruzamento, cada um na sua via, sem sinais ou semáforos.
Já passar na condução
tem-se revelado uma verdadeira odisseia.
Quando comecei as aulas
práticas surgiu-me um instrutor torre e silencioso. A expressão que mais vezes
me dirigia era “Mexa-me esses braços!” Quando ele o dizia eu só pensava como
seria bom se ficando imóvel me tornasse invisível e tentava mexer os braços
alguma coisa, nomeadamente para virar o volante. Com ele fartei-me de fazer
mudanças de direcção enquanto pensava para mim própria que quando tivesse a
carta nunca mais voltaria a fazê-las nem que para isso tivesse de andar
quilómetros.
A única vez em que foi
mais simpático, quase normal, aconteceu quando um condutor mais aselha do que
eu, mas que em princípio já teria a carta de condução, veio embater no veículo
em que seguíamos. Ele saiu lá para fora a berrar com o outro e nessa altura
ter-me-á visto como uma testemunha do seu lado, ao invés da aluna inapta e que
não mexia suficientemente os braços.
Na última aula antes do
exame ele tinha por hábito pegar num jornal para demonstrar como já confiava no
instruendo. Também decidiu fazê-lo comigo. Quando o vi pegar no jornal fiquei
tão emocionada que passei um sinal vermelho…e ele reparou.
Antes da segunda
tentativa mudei de professor. Afinal na primeira vez poderia ter falhado porque
o professor não era simpático, certo? Errado. Com professor mais simpático,
chumbei de novo.
Mas hoje vai ser
diferente…espero…
Gostei de ler.
ResponderEliminarAbraço