Tinha pais e dois filhos e o mais novo era quase um
bebe. Crescia protegido e amado pelos pais e pelo irmão. Não lhe faltavam
comida, carinho e brincadeiras. Nas manhãs ainda frias queria segui-los e facilmente
deixava o calor do sono na ânsia feliz do que se seguiria.
Mas um dia o pai não regressou.
A mãe triste foi a primeira a perceber o que se
passara. Querendo abraçá-los, o seu olhar não escondia a dor.
Na manhã seguinte deixou-os, prometendo voltar.
Quando caía a noite o irmão tentou inventar uma
história, mas faltaram-lhe as palavras, os dois sabiam.
Foi então o irmão procurar comida e também não
regressava.
Lobito foi procura-lo e descobriu-o pouco longe. Fora
capturado por uma bruxa. Viu-o envergonhado porque o levava por uma trela e com
um açaime que o impedia de sentir os cheiros da floresta e de comer. Percebeu o
aviso do irmão para se esconder. Nessa noite a bruxa matou-o e ele tão pequeno
fugiu.
Era grande quando regressou e encontrou uma miúda de
capuchinho vermelho na floresta. Era uma menina, mas lembrou-lhe a bruxa.
Conversou com ela, soube que ia levar doces à avó e
onde esta morava. Ultrapassou-a e chegou lá primeiro.
Como adivinhara era a bruxa. Era tanta a sua raiva que
a engoliu inteira.
Pensava fugir quando a miúda chegou. Enfiou-se na
cama, fingiu ser a avó. Farto das perguntas sobre as suas medidas pensava
também engoli-la, quando à porta bateu um caçador. Tão perturbado ficou que
vomitou a bruxa ainda viva.
Capuchinho-vermelho olhou aterrorizada para esta e
Lobito percebeu que a temia.
Em vez de ver nela a bruxa, viu o irmão. Ela aceitou o
seu convite. Fugiram os dois pela janela e foram felizes para sempre.
Quanta imaginação que prende quem te lê, mas com final nada esperado mas positivo! Gostei muito!
ResponderEliminarBeijos e um bom sábado
Gosto desse tipo de postagem, juro por Deus!!!!
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