sexta-feira, outubro 06, 2023

CNEC 68/36 - 3/10

 

 Era uma vez uma família que vivia na floresta.

Tinha pais e dois filhos e o mais novo era quase um bebe. Crescia protegido e amado pelos pais e pelo irmão. Não lhe faltavam comida, carinho e brincadeiras. Nas manhãs ainda frias queria segui-los e facilmente deixava o calor do sono na ânsia feliz do que se seguiria.

Mas um dia o pai não regressou.

A mãe triste foi a primeira a perceber o que se passara. Querendo abraçá-los, o seu olhar não escondia a dor.

Na manhã seguinte deixou-os, prometendo voltar.

Quando caía a noite o irmão tentou inventar uma história, mas faltaram-lhe as palavras, os dois sabiam.

Foi então o irmão procurar comida e também não regressava.

Lobito foi procura-lo e descobriu-o pouco longe. Fora capturado por uma bruxa. Viu-o envergonhado porque o levava por uma trela e com um açaime que o impedia de sentir os cheiros da floresta e de comer. Percebeu o aviso do irmão para se esconder. Nessa noite a bruxa matou-o e ele tão pequeno fugiu.

Era grande quando regressou e encontrou uma miúda de capuchinho vermelho na floresta. Era uma menina, mas lembrou-lhe a bruxa.

Conversou com ela, soube que ia levar doces à avó e onde esta morava. Ultrapassou-a e chegou lá primeiro.

Como adivinhara era a bruxa. Era tanta a sua raiva que a engoliu inteira.

Pensava fugir quando a miúda chegou. Enfiou-se na cama, fingiu ser a avó. Farto das perguntas sobre as suas medidas pensava também engoli-la, quando à porta bateu um caçador. Tão perturbado ficou que vomitou a bruxa ainda viva.

Capuchinho-vermelho olhou aterrorizada para esta e Lobito percebeu que a temia.

Em vez de ver nela a bruxa, viu o irmão. Ela aceitou o seu convite. Fugiram os dois pela janela e foram felizes para sempre.

 


2 comentários:

  1. Quanta imaginação que prende quem te lê, mas com final nada esperado mas positivo! Gostei muito!
    Beijos e um bom sábado

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  2. Gosto desse tipo de postagem, juro por Deus!!!!

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