quinta-feira, junho 01, 2023

Quarta-feira, 31.5.23

    Ontem, enquanto esperava que a Livraria Chá de Tília abrisse (tenho tão poucos livros) pus-me a olhar para os prédios em frente, cinco em escadinha que devem ter começado como iguais e se foram distinguindo, o andar recuado do primeiro com um terraço cheio de vasos, a varanda do 2º andar do segundo pintada e janelas com caixilharia dupla Mantém-se a cor verde de todos e os azulejos na entrada. A janela do 2º andar do 3º entreaberta deixava ver o cortinado, em intervalos empurrado pelo vento.  Vieram-me à menória dias quentes em que estava na posição inversa, dentro de casa, a ver o cortinado esvoaçar, a sentir que assim ficava mais fresco, ainda que o ar que entrava fosse quente.

Nessa Livraria, como em outras que tenho andado a descobrir, pelos livros noutros lados de edições esgotadas ou relegados apenas para vendas online, viajo no tempo, recuo aos anos das edições.

Houve uma senhora que entrou depois de mim e mesmo sem querer escutei o que conversava com o dono da livraria. Ela já passara ali outros dias, mas seguia do outro lado da rua e só naquela tarde se apercebeu que era uma livraria. Perguntou e ficou a saber que abriram em Outubro do ano passado. Imaginei-a professora e quase reformada, em fase de destralhar e culta, a entreligar realidades com livros e cinema, terá estado na cidade onde filmaram Os Pássaros de Alfred Hitchcock.,

Mais do que consolada por a feira do livro de Lisboa ficar longe, sai acompanhada de cinco livros (mas um já ofereci) e com a intenção de regressar, talvez na próxima semana.

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