Aqui. Hoje. Já somos o esquecimento que seremos…Jorge Luis Borges
Aqui. Hoje.
Já somos o esquecimento que seremos.
A poeira elementar que nos ignora
e que foi o ruivo Adão e que é agora
todos os homens e que não veremos.
Já somos na tumba as duas datas
do princípio e do término, o esquife,
a obscena corrupção e a mortalha,
os ritos da morte e as elegias.
Não sou o insensato que se aferra
ao mágico sonido de teu nome:
penso com esperança naquele homem
que não saberá que fui sobre a Terra.
Embaixo do indiferente azul do céu
esta meditação é um consolo.
Já somos o esquecimento que seremos.
A poeira elementar que nos ignora
e que foi o ruivo Adão e que é agora
todos os homens e que não veremos.
Já somos na tumba as duas datas
do princípio e do término, o esquife,
a obscena corrupção e a mortalha,
os ritos da morte e as elegias.
Não sou o insensato que se aferra
ao mágico sonido de teu nome:
penso com esperança naquele homem
que não saberá que fui sobre a Terra.
Embaixo do indiferente azul do céu
esta meditação é um consolo.
– Jorge Luis Borges (Tradução: Charles Kiefer)
Poema lindíssimo que me fascinou ler
ResponderEliminarCumprimentos poéticos
Um belíssimo poema.
ResponderEliminarAbraço e saúde
A obra literária de Jorge Luís Borges NUNCA será esquecida!!
ResponderEliminarSimplesmente belo, o poema!
ResponderEliminar-
A Leveza da mariposa
Beijos, e um excelente dia!