Chegou finalmente a hora de nos despedirmos.
Não vou ter saudades de ti. Vou procurar esquecer
todos os maus momentos. Sei que será difícil, que talvez voltem para me
assombrar, mas mesmo assim vou tentar.
É também por isso que decidi escrever este texto ou
carta. Para me libertar, como um sinal do que quero deixar para trás. Todavia
penso queimá-la assim que a acabar de escrever. Guardá-la não faria sentido. E
haverá força no fogo e significado no fumo.
Nem todos os dias foram de gelo e tempestade, dor e
raiva. Terão existido alguns instantes de alegria ou felicidade. Esses, mesmo
raros, não quero perdê-los.
Lembrá-los faz-me sentir grata. Falar deles, escrever
sobre eles, assusta-me, porque ao contrário dos outros me parecem tão frágeis e
preciosos. Sei que às vezes até as memórias podem mudar, consoante a luz que no
futuro as ilumina e interpreta. Não quero que esses mudem, mas que continuem a
brilhar e a confortar-me se precisar, quando precisar.
Que mudem antes os maus, se reduzam à maior
insignificância.
E pensando no futuro, vai ser diferente, vou ser
diferente.
Não repetirei os mesmos erros.
Não postergarei nunca mais, especialmente os textos
para o campeonato de escrita criativa. Nunca mais deixarei nada para o último
momento! Iniciarei a escrita assim que receber o email com o tema!
Portanto adeus ano velho. Quase, quase, vão soar as
doze badaladas, como que o mundo para na espera, a rua vazia de carros e gente,
já escuto a primeira, e num ápice és passado.
Ufa!! Que alívio quando li nas Etiquetas "Desafios de Escrita"...Pregaste-me um susto Gábi.
ResponderEliminarBeijinhos de alívio.
Muito bom e bem real. Parabéns!
ResponderEliminarBeijos e um bom dia