quinta-feira, maio 27, 2021

Post 8084 - CNEC 56/24 - 10/10 - Suki

  

Chamo-lhe Suki. Soube que há quem lhe chame Branquinha e quem a conheça por Chinesinha.

É quase toda branca, aproxima-se e dá torrinhas quando quer comer. Afasta‑se depois com toda a elegância, pulando para um muro com mais do triplo do seu tamanho. Já entrou lá em casa, algumas vezes. Rápida e decidida foi até à garagem. Saiu pouco depois. Na altura pensei se estaria decepcionada, se teria ido à procura de mais comida que não encontrou.

Com ela começaram a aparecer outros. Mais assustados e selvagens.  Um deles só se aproxima quando me afasto e tenta levar a comida com ele para longe.

Há cerca de uma semana, numa noite quente, fui dar comida à Suki e fiquei algum tempo com ela cá fora. Da rua, àquela hora vazia e silenciosa, ouvi primeiro os passos e vejo depois um rapaz com auscultadores e um grande cão branco. Sem que inicialmente percebesse a razão, estacaram e ficaram parados mesmo à frente do portão, a três metros de onde estávamos. O cão não ladrava, nem parecia sequer ter-nos visto, assim como o rapaz, até que a certo momento me vê.  Nessa altura pareceu alarmado e gritou para alguém inexistente à sua frente “não tenho sacos, tenho de os ir buscar”, puxou pelo cão que estava ocupado a deixar um presente junto ao portão e afastou-se acelerado.

Surpreendentemente, não voltou…

Soube há pouco tempo por uma vizinha que a Suki e outros gatos “pertenciam” a uma senhora de idade que morava perto e lhes dava comida. Infelizmente a senhora morreu. Já não está cá para lhes dar comida e cuidar deles. Quando entra na nossa casa, acho agora que a Suki vai à procura dela.

3 comentários:

  1. Vai à procura da dona e vai à procura de comida.
    E vai trazer mais, vai espalhar palavra.
    Sei do que falo.
    Beijinho

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  2. Há muitos animais órfãos a vaguear por todo o lado.
    Fico com o coração nas mãos! Continua a tratar deles, é uma obra de caridade.

    Abraço

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