Chamo-lhe Suki. Soube que
há quem lhe chame Branquinha e quem a conheça por Chinesinha.
É quase toda branca,
aproxima-se e dá torrinhas quando quer comer. Afasta‑se depois com toda a
elegância, pulando para um muro com mais do triplo do seu tamanho. Já entrou lá
em casa, algumas vezes. Rápida e decidida foi até à garagem. Saiu pouco depois.
Na altura pensei se estaria decepcionada, se teria ido à procura de mais comida
que não encontrou.
Com ela começaram a
aparecer outros. Mais assustados e selvagens.
Um deles só se aproxima quando me afasto e tenta levar a comida com ele
para longe.
Há cerca de uma semana,
numa noite quente, fui dar comida à Suki e fiquei algum tempo com ela cá fora.
Da rua, àquela hora vazia e silenciosa, ouvi primeiro os passos e vejo depois um
rapaz com auscultadores e um grande cão branco. Sem que inicialmente percebesse
a razão, estacaram e ficaram parados mesmo à frente do portão, a três metros de
onde estávamos. O cão não ladrava, nem parecia sequer ter-nos visto, assim como
o rapaz, até que a certo momento me vê.
Nessa altura pareceu alarmado e gritou para alguém inexistente à sua
frente “não tenho sacos, tenho de os ir buscar”, puxou pelo cão que estava
ocupado a deixar um presente junto ao portão e afastou-se acelerado.
Surpreendentemente, não
voltou…
Soube há pouco tempo por
uma vizinha que a Suki e outros gatos “pertenciam” a uma senhora de idade que
morava perto e lhes dava comida. Infelizmente a senhora morreu. Já não está cá
para lhes dar comida e cuidar deles. Quando entra na nossa casa, acho agora que
a Suki vai à procura dela.
Vai à procura da dona e vai à procura de comida.
ResponderEliminarE vai trazer mais, vai espalhar palavra.
Sei do que falo.
Beijinho
Traz outro amigo, também!
ResponderEliminarHá muitos animais órfãos a vaguear por todo o lado.
ResponderEliminarFico com o coração nas mãos! Continua a tratar deles, é uma obra de caridade.
Abraço