Estava um pouco alheado do que se passava
à sua volta, preocupado com o trabalho, a conduzir em piloto automático, quando
ouviu a buzinadela insistente e próxima. Primeiro até pensou que não fosse para
ele, mas depois pelo espelho retrovisor avistou o carro atrás dele, moderno de
vidros escuros, quase colado ao dele. Pareceu-lhe que o seu condutor era um
individuo jovem, se calhar o pai dera-lhe o carro e o apressadinho achava que a
rua também era toda dele. Ele é que não ia acelerar ou arrumar‑se para o lado
para que sua Excelência passasse.
Voltou a ouvir a buzina e fez-lhe o gesto “passa
por cima”.
Nova buzinadela e mostrou-lhe o dedo do
meio.
Percebeu que ele estava mais furioso pela manobra
de ultrapassagem que empreendeu, sempre a buzinar, forçou um carro do outro
lado a encostar-se à direita e depois travou à sua frente.
Conseguiu parar com segurança, viu que o
outro ia sair do carro e saiu também, largando logo:
- Filho da mãe onde é que tiraste a carta?
Saiu-te nos cereais?
O outro começou a responder: “Filho da…”.
E parou. O seu semblante e discurso mudaram como da noite para o dia, quando
continuou: Ó Carlos, és mesmo tu?
Nessa altura reconheceu o Pedro, seu
colega dos copos e do futebol. Já não o via há anos:
- “Pedro seu filho da, dá cá um abraço, há
quanto tempo, pá!”
Abraçaram-se entre os dois carros, e começaram
a actualizar-se sobre o que tinha sucedido a cada um naqueles anos. À sua volta
alguns transeuntes que tinham parado na antecipação da briga que se ia seguir,
afastaram-se decepcionados.
Foram então buzinados pelos carros atrás.
Combinaram novo encontro e quando se dirigiam aos respectivos veículos cada um
invectivou os buzinadores com “o passa por cima”.
E foi mais ou menos assim que vi dois cunhados esmurrarem-se antes de perceberem quem eram... :)))
ResponderEliminarBeijinhos, boa semana
muito mais para a frente do que imaginei :)
Eliminarum beijinho, obrigada e uma boa semana tmabém
Não pude deixar de sorrir por não teres completado as expressões.
ResponderEliminar:)
Mas gostei da mudança de tonalidade no discurso - trouxeste aquela coisa tão característica do andar de carro - as pessoas descarregarem as suas tensões por estarem protegidas dentro da carroceria. E depois são uns cordeirinhos.
tento não dizer palavrões :) mas para este desafio não foi fácil
EliminarJá vi uma cena parecida que terminou com os dois condutores à pancadaria.
ResponderEliminarAbraço e boa semana, com saúde
infelizmente é algo que acontece
Eliminarum abraço, obrigada e boa semana, com muita saúde
Hahhaha acho que esta estória é comum a tanta gente! Sou sincera. Odeio comportamentos assim. Por vezes acabam muito mal! Lool
ResponderEliminar-
O que diz o meu olhar
Beijos e uma excelente semana.
parece-me que alguns de nós nos transformamos atrás de um volante :)
Eliminarum beijinho, obrigada e uma excelente semana também
A cólera na estrada é coisa, mesmo séria, feia e perigosa...
ResponderEliminarExcelente resposta ao desafio proposto...
Semana agradável.
Beijinho
~~~~
Pois não. Obrigada :)
Eliminaruma semana agradável também
e um beijinho
Um twist ao amor em tempos de cólera...é agora amor em tempos de stress rodoviário =P
ResponderEliminarEstá muito bom =)
obrigada Nada :)
EliminarPensei que estivessem a usar máscaras e... descobrissem que eram irmãos depois de um murro arrancar a máscara a um deles, loool
ResponderEliminarCumprimentos
também poderia ser :)
EliminarUm belo fim para uma cena frequente....Beijinhos
ResponderEliminareu queria um final feliz :)
Eliminarum beijinho
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ResponderEliminartenho demasiado trabalho e preguiça para o fazer :)
EliminarObrigado pela visita, eu gostei, tenha um bom dia
ResponderEliminarobrigada e um bom dia também
Eliminarjá estava aqui a imaginar um combate de artes marciais, ou que do outro carro de vidros escuros saía uma giraça... e pronto, um final feliz é sempre bom
ResponderEliminareu devia ter pensado nisso! podia ter escrito ao invés um romance cor-de-rosa, com final feliz!
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