Depois de Cartas a Milena de Franz Kafka, Poemas de Cemal Sureya
"Cemal Süreya (Cemalettin Seber, 1931, Erzincan – 9 de janeiro, 1990, Istambul), foi um poeta e
escritor turco, pertencente
à etnia zaza (irânica). Após o Massacre de Dersim que ocorreu em
1937, em Dersim (localizada na província de Tunceli), no leste da
Turquia, sua família foi deportada para a cidade de Bilecik, na
Anatólia ocidental. O massacre foi uma reação militarizada do
governo de Ýsmet Ýnönü (sucessor de Atatürk) contra a rebelião
liderada por Seyid Rýza, chefe da tribo Abbasuþaðý, que se insurgira contra o governo. Esse desastre teve um impacto significativo nos poemas de Süreya.
Formado em Ciências Políticas pela Universidade de Ancara,
Süreya é um nobre representante da Segunda Nova Geração (os Ikinci
Yeni) da poesia turca, que foi um movimento abstrato, parcialmente
inspirado em movimentos ocidentais, como o dadaísmo e o
surrealismo, e que foi caracterizado pelo uso de linguagem inesperada, imagens complexas e associação de ideias. Surgiu como reação ao movimento mais popular denominado Garip (“estranho”, em
turco) e aos aspectos sociais típicos da poesia de Nazým Hikmet Rân;
além disso, caracteriza-se pelo uso da língua vernácula e por elementos surrealistas. Entre seus representantes mais famosos estão
Orhan Veli, Oktay Rýfat e Melih Cevdet Anday."
Ýki Kalp
Ýki kalp arasýnda en kýsa yol:
Birbirine uzanmýþ ve zaman zaman
Ancak parmak uçlarýyla deðebilen
Ýki kol.
Merdivenlerin oraya koþuyorum,
Beklemek gövde kazanmasý zamanýn;
Çok erken gelmiþim seni bulamýyorum,
Bir þeyin provasý yapýlýyor sanki.
Kuþlar toplanmýþlar göçüyorlar
Keþke yalnýz bunun için sevseydim seni.
Dois corações
O caminho mais curto entre dois corações:
Estendidos, e que às vezes,
Conseguem se tocar só com a ponta dos dedos,
São os braços.
Estou correndo para as escadas,
Esperar é a encarnação do tempo;
Cheguei muito cedo, não te encontrei,
É como se algo estivesse sendo ensaiado.
Os pássaros se juntaram e estão migrando
Ah se eu tivesse te amado somente por isso.
Quando tudo isto passar se passar para mim gostaria de ir à Turquia
Nunca tinha ouvido falar deste poeta. Gostei da amostra.
ResponderEliminarAbraço e bom fim de semana
Eu também não, declamaram este seu poema na série Turca que comecei a ver
Eliminarum abraço e bom fim-de-semana também
A Gabi tem uma atração por línguas exóticas. Eu fico-me pela correspondência entre Franz Kafka e Milena. O poema no original deve ter uma outra magia.
ResponderEliminarTambém me parece que deverá ter sim
EliminarMuito interessante...
ResponderEliminarGostei de ler.
Beijinhos, Gabi.
~~~~~
Obrigada :) e um beijinho também
EliminarBom dia:- Poeticamente sedutor de ler
ResponderEliminar.
Cumprimentos
Boa noite :)
EliminarComo sempre, muito bem! :)
ResponderEliminarBom fim de semana
Beijinhos
Estou a gostar de procurar os livros que são referidos na série Turca
Eliminarobrigada Cidália
um beijinho e bom fim-de-semana
Recordar é viver...diz-se!
ResponderEliminarSaudades de (te) ler!
Voltarei. :)
Será que vais voltar à blogosfera?
EliminarAdorava o teu blogue e foi dos primeiros que comecei a ver e a seguir
um beijinho e bom fim-de-semana