Está-me cá a parecer que
o melhor é não te dizer muito, mesmo quase nada, porque acho que até foste mais
ou menos feliz, não quereria estragar isso.
O que é que eu te poderia
dizer?
Para teres menos receio,
ousares mais…mas depois ainda ousas demais, cais dentro de um buraco e não
chegas a adolescente.
Abraça mais o presente e
aqueles que estão aí contigo, mas sei que à tua maneira o estás a fazer.
Lembro-me da intensidade com que vivia quase tudo, como do centro do universo
um pequeno problema me poderia reduzir à minha real insignificância. Poderia
dizer-te que tudo isso passará, não era assim tão mau, um dia não irás recordar nem metade desses dramas.
Talvez o único conselho
que te poderia dar é: quando receberes de prenda aquele diário com chave, que
ainda tenho por aqui, pensares um pouco melhor no que vais lá escrever, porque
aquilo a nível dos temas está uma desgraça, e para teres cuidado com os erros,
uma vergonha, afinal já tinhas dez anos, deverias ser capaz de escrever melhor
(nem com o acordo ortográfico lá ias).
Pronto, seria só isto.
Aproveita os bons momentos, vive-os, sê só um pouco mais corajosa se
conseguires, e se quiseres escrever naquele Diário, esquece, ou adia por um ano ou dois, ou cinco…
Bonita carta. Sempre mudaríamos algo, não é? Podendo voltar à infância também eu seria mais ousada. E adorei o colarinho de bicos longos.
ResponderEliminarBeijinhos.
Uma carta cândida de uma Gabi que sempre existirá dentro de ti. Pois, na vida, somos separados sendo crianças de idade e crianças... Essas, que nunca deixam de se perceber em cada um de nós.
ResponderEliminarBeijos e bom começo de novembro!!!
ResponderEliminarÓh páh... que saudades desses tempos!
O tempo esticava... esticava... dava para ir à escola, para brincar, para ver televisão, para ficar as ver as estrelas nas noites de Verão... e não havia stresses nem cuidados de maior!
Parece que te estou a ver... afinal, somos da mesma fornada!
Adorei a fotografia...
Beijinhos a P&B
(^^)
P.S. Eu também tive um diário desses de chave. Tenho de o ir procurar para ver as pérolas que por lá estarão escritas! hehehe
a carta está uma ternura, Gábi. :)
ResponderEliminarcreio que daria conselhos semelhantes à criança que fui. e também eu gostaria de ter ousado mais. mas ainda estamos a tempo, não é? :)
Que criança linda você era! E parece que ainda está bem viva dentro de si pois fala com ela com muita intimidade ,como quem lhe conhece bem a alma gentil e bondosa que existe na Gábi.
ResponderEliminarBeijinhos,
Sônia
É a sua foto?
ResponderEliminarMas que linda você era! A julgar pela foto deve ser uma mulher muito bonita!
Gostei de ler a carta.
Abraço e bom domingo
Aplaudo Gabi, a naturalidade com que desvendas conselhos que hoje dás à Gabi de ontem. Uma brincadeirinha séria que gostei de ler.
ResponderEliminarA foto é linda, melhor, estás linda na foto de ontem, e certamente continuas linda hoje.
O que interessa agora é que vivas plenamente o presente.
Beijo, bom domingo.
(Há muito tempo que não passava por aqui. Porquê? Não sei! Nem interessa, agora!
Ahahah, o que eu me ri com o raspanete a propósito do Diário. Por incrível que possa parecer, a foto - que doçura de expressão! - fez-me lembrar uma coleguinha que tive na primária, a Emília, creio que era esse o nome. Não tenho contacto com ninguém desse tempo, apenas um foto, e já nem me lembro dos seus nomes todos. Gostei de conhecer.
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