“Quando for capaz, quero compensar-te”
Não me disse como. Sabíamos porque é que
era não era capaz.
Queria creditar que o faria e não era
preciso.
Mais tarde percebi que na minha pressa e
medo, não ouvia.
Quem me ama, adivinha-me.
Lê em mim com claridade, sabe a tradução
dos meus silêncios.
A cada dia que passa, sei menos.
Seria fácil derrubar-me.
Finjo que resisto enquanto me desintegro.
Como posso continuar a ser eu, quando
morre quem me conhece?
Não eram precisas palavras, nas que
trocávamos havia outros sentidos.
Não poderia abdicar dele porque se tornou
parte de mim.
Não cabia em mim uma despedida.
Sei agora o que não ouvi.
Quando for capaz, quero partir.
Se morrer fosse como dormir.
Agora adormecia.
Adorei, Gábi! Muito bom!!!
ResponderEliminarBeijinhos
Ana
Obrigada Ana
ResponderEliminarum beijinho