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Como é possível que algum dia te tenha amado?
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Não me perguntes a mim…
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Olho para ti e não vejo nada, nada, não percebo como me iludi assim.
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Estou tão farto destas conversas…
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Vai-te embora, foge como sempre fazes
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Não, não vou embora, temos de resolver isto de uma vez por todas!
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Que queres dizer?
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Como bem disseste, já não sentes nada por mim, estarmos juntos não funciona!
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Arranjaste outra, não é?
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Mas que dizes?
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É por isso que queres terminar, já tens outra, não é? Quem é ela? Eu conheço‑a?
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Não existe ninguém!
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Alguma vez me amaste?
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Lembras-te de como começamos esta conversa?
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Estava aborrecida contigo, não estava a falar a sério, queria que me
contrariasses…
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Mas isto acontece cada vez mais, nunca estamos bem!
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Eu estou, às vezes, pensei que tu também, e afinal queres te ver livre de mim
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Como é que a conversa enveredou para aqui? Não percebo como é que mudas de
opinião desta forma
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Eu posso mudar
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Não quero que mudes
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Mas queres partir
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Pode ser a forma de salvarmos algo da nossa relação, poderá ficar uma amizade
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Não quero que sejamos amigos, tu és o meu marido
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Sou, tens a certeza disso?
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Claro que sim, podemos discutir mas temos uma boa vida, uma casa, interesses e
amigos em comum
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Céus, não posso continuar a ouvir-te, não vês que nunca estamos de acordo, não
queremos as mesmas coisas, não nos conhecemos, tu não me conheces, estou farto!
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Vai-te embora, então, deixa-me!
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Vou mesmo. Quero o divórcio!
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Deixa-me, odeio-te, nunca te amei, és desprezível, não me mereces
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Podes ter a última palavra, amei-te…
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Odeio-te!
Um diálogo muito real. Há tantos casais assim.
ResponderEliminarAbraço
Muito obrigada Elvira por ler, pelo comentário e pelo incentivo que é ficar a saber que mais alguém leu
ResponderEliminarum abraço