segunda-feira, abril 15, 2019

Post 7050 - Livros 2019 (46) Cartas da Alemanha de Hermann Braun

Cartas da Alemanha de Hermann Braun
Bertrand.pt - Cartas da Alemanha

Este livro deixou-me com uma data de questões sem resposta Não consegui encontrar  o título original ou informação quer sobre o livro, quer sobre o autor em todas as buscas que empreendi (e até tentei em alemão, de que não pesco quase nada, depois do inglês).
Nos sites das livrarias aqui em Portugal surge apenas um enxerto que não me parece que de forma alguma forma o defina.
Está dividido em pequenos capítulos que não parecem cartas, mas mais um diário.
Spoiler: Não nos diz o que aconteceu à autora, não nos diz como é que o filho encontrou o pai. O filho será o Hermann Braun? Mas então não deveria chamar-se Ian? Será tudo inventado, até nome do autor?

Na capa e contracapa:
"O livro que vai ler coloca uma série de questões inquietantes, surgindo numa época em que a natalidade em Portugal atingiu os números mais baixos desde que há registo.
De uma actualidade premente, este livro é um grito de alerta na sua projecção do passado sobre o presente e sobre o futuro.
Hermann Braun nasceu em plena II Guerra, quando o regime consolidava as hierarquias, as organizações militares e invadia a Europa com as suas tropas.
Ainda criança, ouviu a propaganda, os discursos empolgados, a violência das palavras que reteve na memória. Daí a importância que dá à função da palavra e do discurso na orientação das multidões."
Sinopse no site da wook:
"Conversei largamente com a Inga e perguntei-lhe: se engravidasses durante um período de opressão como o que estamos a viver deixavas a criança nascer? A Inga não respondeu e eu entendi o seu silêncio como a resposta de todas as mulheres naquelas circunstâncias."

Fls. 7, "Carta Primeira
Lembro-me como se fosse hoje. Estava um dia lindo de  Primavera. Tinha viajado com a minha irmã Inga para Bremen e o bater ritmado do comboio criava em mim uma sensação estranha, como se abalasse qualquer coisa no meu interior. As tímidas folhagens das árvores passavam velozes para trás e sentia-me envolvida por uma sonolência que me tomava o corpo. Apesar de tudo me parecer novo, a imagem do Ian aparecia entre as árvores, o meu querido Ian, que tivera de ficar em Stutgart no cumprimento das suas obrigações militares."

O Pósfacio é escrito por Armando Moreno (pelo Google, médico e escritor português que nasceu no Porto a 19.12.1932, poderá ser ele o Hermann Braun?).

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