Em última crónica na Revista Visão, António Lobo Antunes falou de um escritor Antoine Blondin, (que referiu como estando esquecido ou quase) e referiu algo que é dito por uma das suas personagens com que se identificou, é uma mãe que a certa altura diz que não tem fé, mas tem esperança.
Não me lembro se chegou a referiu em que livro é surge esta personagem.
Entre nós encontrei um livro dele, publicado na Colecção Miniatura da Livros do Brasil, "Um Macaco no Inverno".
“A minha casa ergue-se no cruzamento de dois silêncios”, escreveu Antoine Blondin, escritor que Lobo Antunes já apontou como uma das suas grandes influências." - Bruno Vieira Amaral, aqui
Na Infopédia, aqui
"Escritor e jornalista francês, Antoine Blondin nasceu em 1922, na cidade de Paris, e faleceu a 7 de Junho de 1991, na mesma cidade. Estudou noLycée Louis Le Grand , licenciando-se
mais tarde em Filosofia, que lecionouantes de se dedicar ao jornalismo. Com a deflagração da Segunda GuerraMundial, passou algum tempo na Alemanha, onde começou a colaborarcomo correspondente para alguns periódicos.
Em 1949 publicou o seu primeiro livro, L'Europe Buissonière , romance quearrebatou o Prémio Deux-Magots , seguindo-se Les Enfants Du Bom Dieu(1952).
Dedicando-se ao jornalismo desportivo, tornou-se numa figura bastantepopular no seu país a partir de 1954, ano em que começou a desempenharas funções de cronista da Volta à França em Bicicleta, contribuindoregularmente para o maior jornal desportivo francês, o L'Équipe , até 1958.Celebrizou-se também pelos seus artigos sobre o Torneio das CincoNações.
Depois do aparecimento de L'Humeur Vagabonde em 1955, Blondinpublicou Un Singe En Hiver (1959, Um Macaco no inverno ), o seu romancemais conhecido. Alcoólico inveterado, o escritor compôs a obra numestado quase alucinado, mas tratando com uma lucidez aguda o tema doalcoolismo. No romance, Fouquet perde a mulher e a amante por causa dabebida, chegando ao ponto de tourear os automóveis que circulam naestrada de Paris. Tentando reaver a custódia da sua filha de treze anos,Fouquet procura a abstinência, mas é atraiçoado pelo delírio e pelafraternidade que une todos os dipsómanos.
Permaneceu lendário o método que Blondin utilizava para poder trabalhar,pedindo que o encerrassem na redação ou no seu escritório para nãosucumbir à tentação de se escapulir até às tabernas, seu grande refúgio e paixão.
Antoine Blondin foi eleito membro da Academia Francesa. Publicoutambém, entre outras obras, Monsieur Jadis (1970), Sur Le Tour De France(1979) e L'Ironie Du Sport (1988).
Após a sua morte, passou a ser um dos autores franceses mais citados, nãosó por escritores desportivos, como em prefácios de romances policiais e em debates culturais."
Obrigada por esta partilha. Desconhecia completamente este escritor. Só muito esporadicamente compro a Visão.
ResponderEliminarPublicações às quatro da manhã? O calor não a deixa dormir?
Um abraço
De nada :)
EliminarDormi até tarde no Domingo, estava sem sono, pensei em trabalhar um bocadinho, depois ir ver blogues e grande resultado, na segunda-feira estou cheia de sono :)
um beijinho
Já fui um leitor assíduo da Visão, de que de resto preservo uma vasta série de exemplares, para memória futura _ que em parte, neste último caso, até já o é na medida em que por diversos motivos e razões venho cada vez menos a ler a respectiva imprensa escrita, incluída a própria Visão de que já nem recordo quando adquiri o último exemplar.
ResponderEliminarMas que até pelo anterior agradeço a memorial referência à Visão, inclusive por via do que passei a conhecer este escritor Antoine Blondin, que desconhecia até ao momento.
Beijo e excelente semana
Gosto da possibilidade de descobrir novos escritores também :)
ResponderEliminarobrigada, uma excelente semana também
e um beijinho