sexta-feira, junho 16, 2017

Post 6267 O meu texto publicado no Delito de Opinião


Muito depende da música que se ouve

Como escrever um texto para o Delito de Opinião se não costumo expressar qualquer opinião ou o faço apenas com um gosto (o “like” no FB poderia ter sido inventado para mim)
Descobri a blogosfera há anos e criei um blogue por ter pensado que era necessário para comentar em outro blogue (quando bastaria ter criado o perfil).
Tento normalmente seguir o lema da mãe do Tambor do Bambi - para a eventualidade, pouco provável de alguém o desconhecer, será algo como: se só tiver coisas desagradáveis a dizer, o melhor é ficar calado – procedi depois a um upgrade e fico também bastante calada quando é para dizer algo agradável e quase não passo do gosto ou gosto muito.
Continuo por aqui porque gosto de interagir na blogosfera e sou pela inclusão (o que alguém especial para mim traduzia como “quantos mais macacos melhor a festa”, sem pretender, sublinhe-se desde já, chamar macaco a ninguém) e para partilhar pequenos textos.

Isto assente e para humildemente justificar a ocupação deste outro espaço blogosférico, depois de durante o fim-de-semana me ter interrogado sobre o que escrever, ocorreu-me que poderia, ao invés de expressar uma opinião, inclinar-me para o delito.
Não pretendendo ocupar mais que alguns parágrafos, elegi os delitos estradais e durante o trajecto entre cidade onde moro e cidade local de trabalho, consegui desenvolver duas teorias absolutamente científicas que poderão levar à diminuição significativa não só dos delitos, como de acidentes.
Primeiro, ponderei que uma vez que o limite de velocidade se fica pelos 120 km/hora é incompreensível existirem veículos que o podem exceder. Assim sendo, bastaria ampliar a responsabilidade contra-ordenacional e também criminal (nos homicídios e ofensas negligentes) aos concessionários que vendessem viaturas capazes de exceder a velocidade máxima permitida.
Aqui iríamos também conseguir criar novos postos de trabalho. Como? Pelo aparecimento de empresas nacionais que instalariam nos automóveis importados os mecanismos que os impediriam de ultrapassar os 120 km/hora.
Os interessados poderiam continuar a adquirir Audi, BMW, Ferrari, etc., mas antes de poderem circular no nosso território teriam de instalar o tal mecanismo e depois poderiam andar por aí com segurança, não excedendo nunca os 120 km/hora.
Segundo, parti para experiências no campo, actuando simultaneamente como cobaia e observadora, e pude constatar que a minha condução enquanto escutava:



era completamente distinta do que quando ouvia:


transformando-me numa condutora muito mais fofinha.

Assim, também para diminuir a conflituosidade na condução, bastaria obrigar todos os condutores a escutarem isto. Ou os condutores que tivessem cometido uma infracção teriam por exemplo de escutar este mesmo CD ininterruptamente de dois meses a dois anos, conforme a gravidade da violação.
E pronto, como não me lembro para já de mais nenhuma outra teoria, vou aproveitar para sair agora com cuidado para não tropeçar no tapete vermelho…

8 comentários:

  1. Li e gostei. Aliás comentei lá.
    Abraço

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  2. Eu vi, obrigada Elvira :)
    um beijinho

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  3. Tinha lido mas nao deixado comentario.
    GOSTEI!!!!!
    : )

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  4. Muitos parabéns Redonda. Sigo o Delito há muitos anos.

    Saudades disto aqui. És uma autêntica resistente.

    Beijinhos

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    1. E a pensar que só comecei com o meu blogue para comentar num blogue :)

      Saudades também Martini Bianco, não queres regressar à blogosfera?

      um beijinho

      Gábi

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  5. Acho que quem comete infracções... deveria ficar a ouvir Zé Cabra, durante 48 horas non stop... depois já pensaria duas vezes, antes de cometer a próxima...
    Gostei do texto... e de Nat King Cole... uma voz inigualável, até hoje...
    Bjs
    Ana

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  6. :)))) Isso seria muito cruel!
    Obrigada Ana
    um beijinho

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