A Mulher-Raposa de David Garnett
A transformação de Mrs Tebrick em raposa.
Não nos é explicado porque aconteceu e contraditoriamente parece ser tudo tratado e analisado com grande normalidade quanto aos sentimentos e reacções que suscita.
Lembrou-me a Metamorfose de Kafka.
Na contracapa do livro que o antecede:
"O autor de A Mulher-Raposa, David Garnett, é um dos grandes nomes da literatura inglesa contemporânea. Pertencente a uma família de escritores que é ilustre pela acção cultural desenvolvida no seu país, David Garnett não desmereceu dos seus maiores, e criou uma personalidade e um estilo inconfundíveis, A Mulher-Raposa é uma pequena obra-prima, um romance apaixonante. História Fantástica? Subtil análise psicológica de uma alucinação? Delicado romance de amor? Angústiosa tragédia? Uma narrativa contada com a maior naturalidade, com uma humaníssima compreensão? A Mulher-Raposa é simultaneamente tudo isso. E o leitor emocionado viverá a tragédia daquele excelente homem cuja esposa bem amada se transformou...em raposa."
"Não são assim tão raros os acontecimentos maravilhosos e sobrenaturais; sucedem apenas de forma irregular. Pode haver um século sem prodígios de que se fale, para surgirem, quando menos se espera, em abundância: monstros de toda a espécie cobrem de súbito a terra, cometas iluminam os céus, eclipses aterram a Natureza, cai uma chuva de meteoros, enquanto as sereias e as ninfas tecem os seus enredos, as serpentes do mar engolem todos os barcos ao seu alcance, e terríveis cataclismos afligem a Humanidade.
Mas o estranho caso que vou contar apareceu isolado num mundo hostil, sem apoio, sem nada de semelhante, e é esta, sem dúvida, a razão por que os homens, pouca atenção lhe deram. Porque a súbita mudança de Mrs. Tebrick em raposa é ponto assente que podemos tentar explicar como quisermos."
David Garnett (Brighton, 9.3.1892 - Ontcuq, França, 17.2.1981), escritor editor britânico, membro do grupo de Bloomsbury. Obteve reconhecimento literário quando o seu romance A Mulher-Raposa (lady in to Fox no original) foi agraciado em 1922 com o prémio James Tait Black Memorial de ficção.
Acho que seria leitura do meu agrado.
ResponderEliminarTambém acho :)
EliminarParece ser interessante.
ResponderEliminarBeijinho Gabi
É sim, mas gostei mais do de Tibor Déry, Um Enterro Singular e de Um Drama na Sardenha de Paride Rombi
Eliminarum beijinho
Antes raposa que mosca kafkiana !!! :)
ResponderEliminar:) acho que não gostaria nem de uma de outra, embora quanto à raposa, o marido dela que não se transformou em raposa continuou a gostar dela :)
EliminarRegisto mais esta sugestão.
ResponderEliminarBeijinhos
Dos que li este ano, os que mais gostei foram os de Tibor Déry e o de Paride Rombi,
ResponderEliminarum beijinho