Entretanto, inscrevi-me em mais um atelier de escrita.
À semelhança do que aconteceu com os outros, poderei depois partilhar as minhas impressões e ficar com matéria para inúmeros posts.
Por outro lado, tendo em conta que já nem sequer me lembro bem quantos terei frequentado (mais de cinco), é estranho como ainda não escrevi uma ou duas obras-primas pelo menos, ou um conto com dez páginas...
Já me senti tentada a frequentar um mas...o tempo passa e é um desejo adiado!
ResponderEliminarAcha que tem aprendido muito?
Acho que tenho aprendido sobretudo o que não estava à espera de aprender. Ou seja, há exemplos e técnicas que posso experimentar, mas sobretudo gosto do contacto e conhecimento de outras pessoas que gostam de ler e de escrever.
ResponderEliminarPor isso recomendo!
Sobre o 1º atelier de escrita a que fui criei um blog: http://atelier-de-escrita.blogspot.com/
que poderá dar uma melhor ideia do que quero dizer.
um beijinho
Gábi
PS Gostaria muito se um dia pudessemos ser colegas num atelier de escrita :)
Compartilhe connosco! Bjos
ResponderEliminarMas nós ficamos à espera do lançamento do primeiro livro...
ResponderEliminarFinalmente
ResponderEliminarCom uma lentidão propositada, deixou escorregar a caneta por entre os dedos.
Era um tique antigo, sempre gostara de sentir o frio do metal encostado à ponta dos dedos, vá lá saber-se porquê.
Tal como gostava de acariciar as folhas de papel, ainda por escrever. Era sensível à textura, à macieza da encadernação, ao peso dos cadernos e dos blocos de apontamentos. Aliás, guardava religiosamente dezenas de cadernos onde nunca escrevera uma única letra. Bastava-lhe tê-los, folheá-los de vez em quando, sentir o toque característico de cada um, tão único e irrepetível como se de uma impressão digital se tratasse.
Olhou de novo para a folha branca. Finalmente.
Muito devagar, encostou a caneta ao papel e escreveu, o mais lentamente que lhe foi possível.
FIM
Pronto, já estava.
Sempre desejara chegar àquela parte, ao desfecho das histórias, ao tempo em que o leitor fecha o livro e se reclina para trás, fechando os olhos e reconstruindo toda a fantasia na sua própria imaginação.
A caneta continuava a rodopiar-lhe por entre os dedos. A tinta ainda não secara no papel e ele ficou a observá-la, a empalidecer gradualmente, perdendo o brilho, até atingir um tom sépia escuro, definitivo.
As canetas de tinta permanente tinham para ele esse prazer duplo; o de escrever e o de permitir prolongar o prazer da escrita. Era quase como que escrever duas vezes, o acto de escrever em si e o poder presenciar a tinta a secar sobre as folhas brancas.
Sorriu ao de leve.
Mudou de página e folheou calmamente todas as páginas do caderno de capa rija que segurava entre as mãos, da última para a primeira.
Continuavam todas em branco, sem uma única letra ou virgula a quebrar a monotonia da cor baça do papel. A única, as únicas letras em todo o caderno de capa rija eram precisamente aquelas que ele acabara de escrever. FIM
- Pronto – murmurou, enquanto fechava tranquilamente o caderno e o apertava entre os dedos – já está... agora só falta construir uma história para este fim...
Vou tentar Catarina :)
ResponderEliminarObrigada pelo incentivo e um beijinho
Talvez melhor esperarmos todos sentados, Carlos Barbosa de Oliveira :)
Gostei muito deste FIM e dos seus blogues que estive a descobrir, Rolando Palma
Obrigada por ter passado por aqui e pelo comentário :)
Nunca é tarde....
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPode ser que desta, com este novo atelier :)
ResponderEliminarpois é.
ResponderEliminare que justificação dás?
(será que já destes? não li os outros comentários...)
:) Não vou dar nenhuma mesmo :)
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