Hoje para não variar e estar no Porto, quando saí, também cruzei o olhar com duas senhoras de idade à janela ou perto. Uma tinha uma árvore de Natal ao seu lado e uma manta sobre as pernas. A sala ou quarto onde estava parecia quente e acolhedora. Reparei depois nas entradas de alguns prédios também com árvores de Natal. Mais do que nos Pais-Natal pequenos e magros a treparem à chuva pelas varandas ou nos meninos Jesus despidos e encostados a panos vermelhos, nestas árvores, mesmo que de plástico, que iluminam as entradas enquanto aguardam os que ali moram, parece encontrar-se o espírito de Natal.
"Quem tropeça é sempre alguém que se distrai a olhar para as estrelas" Vladimir Nabokov (nome do blogue veio do livro para crianças de Virgínia de Castro e Almeida)
quarta-feira, janeiro 05, 2011
Crónicas de já com carro, mas a andar a pé.
Algo que gosto de fazer é andar, e pela cidade com passeios ou ruas alcatroadas e alguma poluição de tubos de escape, é bem mais fácil do que pelos montes (como pude confirmar nas duas vezes já descritas em blogue em que me juntei a caminhadas pela natureza).
Costumo fazê-lo desde há anos e tenho o hábito de andar de cabeça no ar, perdida nos meus pensamentos ou a olhar para cima (talvez aqui esteja a explicação para ser capaz de tropeçar praticamente em tudo, inclusive como às vezes parece nos meus próprios pés).
No Porto, quando olho para os prédios, reparo algumas vezes em pessoas de idade, normalmente senhoras, presumo que sentadas à janela, a olharem para baixo e para mim.
No ano em que estudei em Lisboa calhou algumas vezes surpreender jovens despidos, pelo menos da cintura para cima, também a olharem para baixo.
Desenvolvi entretanto a teoria que como lá o tempo é melhor do que cá, devem recorrer ao debruçar-se pela janela para decidirem o que irão vestir a seguir.
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Passear (fechada) na cidade com 'óculos' de ver. :)
ResponderEliminar:) isto fez-me lembrar quando não gostava de andar com óculos e por isso não andava :) apesar de ser muito míope (felizmente agora tenho lentes de contacto).
ResponderEliminarConfesso que não gosto de conduzir. Mas muitas vezes tem de ser. Especialmente no Alentejo, onde os transportes públicos são uma vergonha, e onde, às vezes, para se ver um espectáculuzinho se tem de andar quilómetros.
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