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Nos dias de fim-de-semana e de férias escolares ou feriados, a cidade vazia é mais nossa, dos que ficam. Redescobrem-se espaços e luz nas ruas quase sem carros, mesmo em algumas antes mais movimentadas é agora possível atravessar pelo silêncio, sem olhar.
E felizmente para mim consumidora, nem todos os cafés encerraram e é mesmo possível comprar uma baguete e regressar com ela, não debaixo do braço (não domino a arte e ainda a deixava cair) mas num saco de papel, atravessando o jardim do conhecimento (sobrelevado e com alusão à massa cinzenta na vegetação, e povoado com quatro oliveiras, ponte para os quatro elementos constituintes do cosmos da antiguidade clássica e para o conhecimento que vem dos quatro cantos do mundo).
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É uma pena que as cidades se tornem, cada vez mais em espaços de transição: Ora superpovoados, ora vazios.
ResponderEliminarE nas maiores, dá-se mesmo pelo vazio urbano. Triste. Injusto.
Um abraço para si, cara Redonda.
Filomena
As suas palavras lembraram-me o seu livro A Sopa. Triste e injusto mesmo, o vazio urbano.
ResponderEliminarum beijinho
Gábi