Devo ter sido uma coleccionadora afamada.
Só assim se poderão justificar todas as tentativas de colecções que inicio desde criança.
Pelos dez anos, quando passei para o ciclo, passei também a andar de trólei e comecei a coleccionar os bilhetes de transporte que utilizava. Guardava-os no meu porta-moedas, de resto vazio, mas bastante anafadinho à medida que a colecção ia aumentando, até ao dia fatídico em que alguém no transporte público o resolveu levar. Não me dei conta na altura, mas é triste pensar no choque que terá tido o autor do terrível acto quando se apercebeu do que continha o porta-moedas: nada de notas ou moedas, apenas a incrível colecção de bilhetes de trólei usados!
De resto, coleccionei rolos de papel higiénico sem papel, esta quando ainda andava na primária, mas depois utilizei-os para fazer um binóculo, ou melhor um estranho objecto com a forma de um binóculo, mas que decididamente não o era.
E ainda, alguns selos de cartas também usados, lápis de museus, postais de reproduções de pinturas,velas de aniversário meio ardidas, botões sobresselentes de camisolas (ainda não deu para usar nenhum, mas um dia...) roupa que já não uso há séculos (mas ainda me serve, portanto podia) e muita outra tralha variada, além de livros, claro.
Num próximo post poderei escrever sobre como ultrapassar as dificuldades em deitar tralha variada ao lixo.
Também pertenço a essa "colecção" só que já comecei a despedir-me de algumas...
ResponderEliminarAbraço
não há principio de segurança equiparavel, ao de andar um dia inteiro à procura de um objecto minimo, com a certeza de que estará por ali, já que é impossivel termos deitado fora. contraiar isso é desenvolver uma especie de alzeimer, de duvida, de falta de segurança. um dia Redonda podes fazer um museu, imagina aqueles leilões do MJ , se ele deitasse fora aquela roupa demondé, como era?
ResponderEliminarTenho de seguir o bom exemplo Rosa dos Ventos :)
ResponderEliminarum beijinho
:)já passei pelas procuras Privada, não tinha era pensado na possibilidade do Museu :)
é preciso deitar fora o que não serve. há um provérbio muito bonito, creio que chinês, que fala sobre isso.
ResponderEliminarvim deixar um beijo, redonda
Ainda não consegui aprender como o fazer
ResponderEliminarum beijinho grande para ti
Mexeste numa tecla que quase toda a gente tem com o mesmo tom: juntar tralha e mais tralha sem saber o que lhe fazer. Mas há uma forma de resolver, pelo menos em parte, esse problema: é fazer mudanças... Não é mudar as coisas do sítio, é mudar mesmo de casa. É aí que te apercebes de quantas coisas tens que não te fazem falta absolutamente nenhuma.
ResponderEliminarOutros dirão "quem guarda o que não presta... " e tal. Eu digo mais, quem guarda o que não presta tem um grande quebra-cabeças para resolver se tiver de mudar de poiso.
Um beijinho, amiga!
Uma solução muito radical Eira-Velha mas parece-me muito certa (só de imaginar o trabalho com a mudança da tralha, é já meio incentivo para a dar :))
ResponderEliminarum beijinho
Se há coisa que dispenso coleccionar são desgostos.
ResponderEliminarRaúl
Também prefiro não
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