Mesmo gelada (enquanto não arranjo o aquecimento, mas também não vou buscar um casaco, o que poderia facilmente fazer) prossigo na escrita. Até quarta feira tenho de fazer o trabalho para férias: escrever um texto sobre a experiência do atelier com o título "retrato de mulher com atelier de escrita atrás". Uma vez que partilhei inúmeros do trabalhos de casa com hipotéticos eventuais leitores, criei um blog visível para o primeiro atelier e um blog por enquanto invisível para o segundo (por isso, já devem ter uma boa ideia do que é o atelier!) aceito quaisquer sugestões (com o tempo a esgotar-se, mais do que aceitar, nem teria palavras para expressar toda a minha imensurável gratidão).
Vou ficar por isso à espera até amanhã pelas sugestões...
(...)
Se não houver nenhuma... começarei a ficar preocupada pelas 23.50 horas, e pensarei em escrever alguma coisa no próprio dia.
"Retrato de mulher com atelier de escrita atrás"
ResponderEliminarÓ maldito atelier de escrita, porque raio te colocaste atrás de mim com tanto espaço que sobrava na minha dianteira?! E o que tens tu contra o meu retrato? Por acaso serei feia, repugnante, lasciva, viscosa, pouco fotogénica, indigna de ficar retratável para a posteridade? Eu sei que, aos teus olhos, não passo de "um retrato de mulher com um mero atelier de escrita" nas traseiras imundas do meu pátio, mas ainda assim, que queres tu? Vivo infamada pelos teus despropósitos, eu sei. Mas ainda bem que assim é, ao menos sabes-me viva! As pessoas infames, ao fim e ao cabo, também comem e dormem; sim, aqui mesmo nesta cidade onde a vida me apascenta. Nesta invicta cidade, belas cartas de amor são escritas, há maridos e amantes patetas, mexericos, intrigas de idiotas; canta-se, goza-se, levantam-se saias e outros mistérios, muitas vezes com canções e boas palavras...mas diz-me: afinal o que tens tu contra o meu retrato de mulher com um atelier de escrita nas traseiras? Se porventura o tivesse nas dianteiras, tal significaria que seria mais valorosa aos teus olhos? Isso mudaria alguma coisa? Custa-me a crer que me estimes mais pela posição geográfica do meu atelier do que por tudo o mais. Assim se vê a futilidade do teu ingrato sentir. Nunca hás-de passar de uma moldura sem retrato e espera-te o frio gélido da rua para escrevinhares. Não me peças pois nem o meu retrato, nem sequer a chave do meu atelier, pois és indigno de lá entrar. Miserável, escritor de trazer por casa. Se não te pões fino, corto-te os punhos e cauterizo-os com um ferro em brasa.
Muito giro.....
ResponderEliminarGostei muito da última frase...um conselho a seguir.
Beijitos, Gábi
O atelier mudou alguma coisa em ti? Talvez fosse um ponto de partida, não sei. Não te posso ajudar porque pouco sei sobre o teu atelier. Só sei que gostaria de o ter frequentado.
ResponderEliminarBeijos.
Ai ai ai... Então agora que eu acabei de formalizar a minha inscrição num curso de escrita criativa é que dou com um poste destes??? Isto parece-me uma coisa de arrancar os cabelos!!! Será que me devolvem o dinheiro????
ResponderEliminarBom, mais a sério, gostei muito do texto do Terror dos Ateliers. Que imaginação!!! Eu só não cauterizaria os punhos com ferro em brasa nenhum; deixava sangrar o pulha até a sua imóvel carcaça jazer inerte a meus pés!
Boa sorte, mas acho sinceramente que estás no bom caminho!
Beijinhos
o terror dos ateliers tem um piadão... confesso que acho que deu a volta ao tema com pinta de mestre.
ResponderEliminarum abraço
luísa
ahahahah!!!!!!!!!
ResponderEliminarEu aqui já cheia de vontade de escrever, não sabia bem o que dizer....mas quando li este terror!!!!!!!!!
Ri-me mesmo muitoooooo :))
Acho mesmo que podes aproveitar!!
Mesmo sendo batota!
Deixa lá, eu copiava sempre os trabalhos de fisica e quimica e nunca ninguém deu por isso..hiihh
Beijinho*
ai, sim menina isabel?!?
ResponderEliminarmuito nos conta!
e que conselhos anda a menina a dar a esta senhora?!?
só porque é novinha e bonita julga que pode ser perdoada?!?
faça favor de passar na próxima segunda feira na secretaria para revermos a nota...
hum!!!
já informei o seu paizinho desta ocorrência.
assinado
o profe
vês no que dão estes conselhos isabelinha?
ResponderEliminare vir para aqui por as cartas na mesa?
uma beijoca apesar da confissão
luísa
Ao "o terror dos ateliers" Uau, fiquei sem palavras, escreves muito bem e penso que sei quem és
ResponderEliminarNão vou copiar-te porque te acho inimitável, mas fico com pena que não sejas meu colega no atelier para apresentares tu um trabalho assim!
A última frase pareceu-me um bocadinho forte Oris...
um beijinho
Olá Berta Helena :) obrigada pela sugestão para um ponto de partida. Espero que onde moras apareça também a oportunidade de frequentares um atelier
um beijinho
Que interessante Safira, espero que depois escrevas sobre como é o teu atelier - curso de escrita criativa :)Se for parecido com este, vale a pena!
um beijinho
Também achei Pin Gente :)
um beijinho
Olá Pretazeta :)
Acho que desde a segunda classe que não copio nada, e teria uma grande falta de jeito para copiar. Lembro-me como admirava os métodos inventivos de alguns colegas, só pelo que imaginavam para copiar, por mim já mereciam passar o exame.
um beijinho
Professores ou prof de química e física, não faria isso pois não?
Afinal também pode ser uma arte copiar e só por se copiar não significa que não se saiba a matéria (e eu constatei algumas vezes que os que pensavam em copiar a sabiam)
Hum... Anda para aqui uma concorrência. Eu acho que os bons exemplos se devem copiar. Infelizmente à nossa volta abundam os mais exemplos e normalmente copiamos asneira.
ResponderEliminarMuito bom, o texto do “terror dos ateliers”.
ADOREI a frase: "um retrato de mulher com um mero atelier de escrita". Quem passa por aqui não pode ficar indiferente à Mulher que és... E pouco te conheço mas o pouco, é BOM!
ResponderEliminarBeijinhos*
Então, hibernaste???
ResponderEliminarArranja, mas é lá um aquecimento....
Boa semana.
Beijitos
Também achei muito bom o texto, Apache e achei engraçada a tua frase sobre a concorrência :)
ResponderEliminarOlá Ana :) espero que com o tempo vá dando para nos irmos conhecendo melhor, e o pouco que conheci de ti também é BOM :)
(mas podes crer, não sou, nem me vejo, como grande ou especial, apenas penso que o posso ser para os meus amigos como eles o são para mim)
um beijinho
Olá Oris :) não, ainda não hibernei mas só porque não descobri como fazê-lo :)
um beijinho e uma boa semana :)
Ainda bem que cá vim lêr...eu bem que tinha sentido as orelhas quentinhas!!!
ResponderEliminarAi o professor de fisica quimica daquela altura...
Ele até gostava de mim...e eu...gostava dele...só n me dava bem com os átomos.
Espero estar perdoada!!
:))
Redonda...pronto, n vale a pena copiar, já sei....mas transcrever...entre aspas...já sei!!!
Hmmmmmmm...os meus testes deveriam ter tido aspas quando perguntava À Laura (companheira de carteira, o verdadeiro e falso?).
:))
oh Pin...sou assim, sincera, mas feliz!!!
p.s.nunca, nunca mesmo copiava o TPC de português!!! :))
(para me redimir)
A pessoa que tu pensas que eu sou, acontece que sou justamente eu essa pessoa. Ou seja, melhor explicando: a pessoa que tu supões ter escrito de um único jorro, sem editar, pensar, de uma forma expontânea, e em tom de pura brincadeira esse texto, fui efectivamente eu: aquele que tu pensas que terá sido.
ResponderEliminarMelhor explicando: fui eu quem escreveu esse texto, a pessoa que tu supões que teria a ousadia de o fazer. Por vezes as tuas intuições batem certo, outras nem tanto. Umas vezes sim, outras vezes não, sim, não...
[Há quem, para além de "Terror dos Ateliers", também me apelide de "escriba redundante", mas, confesso, nunca percebi bem o porquê?... fica, no entanto, e desde já, aqui feita a promessa de que irei investigar a razão.]
T.D.A (Terror dos Ateliers)
Seria engraçado se eu estivesse enganada sobre quem penso que és :)
ResponderEliminarTalvez um dia possamos conversar e confirmar que és quem eu penso que és :)
Mas, seja como Terror dos Ateliers, T.D.A., escriba redundante ou qualquer outro nome que escolhas, gosto de ler o que escreves.