Nas duas últimas sessões do atelier de escrita entregá-mo-nos à escrita de uma tragédia segundo o modelo grego, mas transposta para os tempos actuais, e tendo por base o noticiado sobre os crimes da noite no Porto. Fomos distribuídos por diversos personagens, para depois trabalharmos em grupo. Resolvi oferecer-me para um papel de alternadeira, para não cair no Coro dos "Murcons" porque uma personagem colectiva que ainda para mais às vezes surge a cantar, me pareceu mais complicada. Está a ser engraçado escrever os diálogos, mas distanciamo-nos da tragédia e caminhamos para a farsa. E poderá ser sintomático que os diversos grupos, sem prévios contactos ou combinações, por tal espontaneamente optassem. Referiu uma colega que enquanto povo não temos grandes tragédias, lembrando apenas a Inês Pereira, o Frei Luís de Sousa e o Felizmente há Luar.
A única verdadeira tragédia que temos, e mesmo assim não é muito forte, é o Frei Luís de Sousa
ResponderEliminarCuriosamente, há uns tempos atrás ouvi o Vasco Pulido Valente a dizer o mesmo. Não posso dizer nada que v~em logo plagiar-me!
não ha tragedias escritas, mas há algumas vividas...
ResponderEliminarEstas do porto inspiram qualquer mente!!!
:))
alternadeira...hmmmm..
Bem, a história da Inês também me parece um bocadinho trágica...
ResponderEliminarAgora, quanto ao plágio é preciso agir. Eu propunha para já a interposição de uma acção de indemnização pelos danos morais, com valores que poderias depois simpaticamente canalisar para o encontro das francesinhas...:)
Está a ser uma experiência engraçada e interessante Pretazeta, porque com a colaboração de todos, definimos as personagens e propomos frases para os diálogos (já imaginei que a minha personagem se chama Jaqueline, é filha de emigrantes e apaixona-se sempre pelo homem errado)
as tragédias parecem ter sempre algo de farsa... deve ser por isso que me dá para rir em alturas críticas!
ResponderEliminarbeijo
Bem é melhor rir do que chorar...:)
ResponderEliminarCara Redonda,
ResponderEliminarJá leu o «António Marinheiro - Édipo de Alfama», de Bernardo Santareno?
Há algumas peças que renovam as tragédias clássicas.
E para «aquilo» ser trágico é preciso compreender o que é o trágico.
Quanto à comédia, era tão importante como a tragédia: cada autor concorria aos festivais com 4 peças: 3 tragédias e uma comédia. Era preciso saber escrever de tudo...
O seu curso parece ser muito giro! Já temos um tema interessante para daqui a 15 dias!
:)
Um beijinho aqui... do Porto (vim cá este fim de semana).
;)