domingo, setembro 30, 2007

Gerardo Rueda Salaberry










Gerardo Rueda Salaberry (1926-1996) artista espanhol contemporâneo, esteve associado ao ao grupo de Cuenca, do qual faziam igualmente parte Fernando Zóbel e Gustavo Torner.
A sua trajectória abarca desde o cubismo, até ao neoconstrutivismo, tendo sido um dos pioneiros do informalismo em Espanha para regressar à abstracção geométrica (concebendo o neoconstrutivismo como movimento de "retorno a um certo classicismo na abstracção").
Para apreciar a sua obra é preciso ter em conta a matéria e a forma. Foi um artista meditativo e comedido na expressão, que se preocupa com o processo que conduz da matéria ao espírito através da arte.
Duma primeira fase, caracterizada por composições armoniosas de cores primárias e claras, passou para uma maior densidade nos pigmentos e para uma maior profundidade na cor, criando também pinturas brancas e cinza. Nos anos setenta, começou a utilizar outros materiais além da tela como a madeira, o papel, o metal...etc. Posteriormente e influenciado pela Pop-Arte começou a introduzir objectos da vida corrente como uma tábua de lavar. A introdução de elementos tirados da realidade quotidina lembra-nos que só temos de fixar-nos no que nos rodeia, nos objectos mais humildes para conseguirmos captar a grandeza da arte. "A pintura caminha para fora do quadro e aproxima-se da escultura", diz Bernardo Pinto de Almeida e a partir dos anos 60 Rueda dedica-se também à escultura.
Assume-se como um artista do equilíbrio e da harmonia que consegue com o seu talento converter em bela e transcendente a nossa realidade quotidiana.
(retirado no Google daqui e daqui)

4 comentários:

  1. Olá Dona Redonda, o seu blog está formidável. Abre caminhos e dá que pensar. Tive um blog já há algum tempo mas acho que não tenho vocação...perguiça! Este seu artigo intrigou-me porque não vejo como a pintura possa fazer-se/transformar-se em mera transição para a escultura. Vejo um quadro como uma unidade de sentido que inserido em determinados contextos ( escultóricos, arquitectónicos, mediáticos, literários, decorativos etc.) pode-se integrar numa outra unidade de sentido sem nunca deixar de ser em si mesmo/a quadro/pintura, aliás parace que sempre foi assim. Isto sob pena de desaparecer como categoria artística. Passaria a ser uma espécie de peça que retirada daquele contexto nada seria. Parece-me que unidades de sentido podem co-existir sem se negarem reciprocamente, depende da leitura que se faz. Sabe o que acho? Que é muito âmbiguo que num mundo de imagem/s como é o de hoje a pintura se negue fazendo-se escultura ou edificação. Mas se existiu no passado parece-me que existirá no futuro( o que seria da história sem a pintura e a história ainda não acabou...).É possível que o motivo resida no facto de alguma pintura de hoje - ou a sua leitura - não dar tanto valor ao ignificado do quadro/pintura enquanto tal ( mesmo pelas razões mais válidas de um ponto de vista de percurso do pensamento/espirito/filosofia, sei lá) como ao facto de serem objectos (tela, tintas etc.) numa palavra, materiais. Parece-me também que vale para qualquer forma de expressão artística. O que é um objecto ( sob qualquer forma; pintura, escultura, arquitectura, leitura) sem sentido em si mesmo? De qualquer forma a afirmação é de um critico e é necessário entender o alcance da sua afirmação. Quanto às obras é é preciso conhecer

    O seu blog é belo.

    Ana Maria da Silva

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  2. Olá Ana Maria da Silva, muito obrigada pela sua visita e pelas suas palavras :)
    Pelo seu comentário penso que gostaria de conhecer o seu blog e de ler o que escrevesse...não quererá recomeçar a escrever?

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  3. Obrigado D. Redonda, mas acho que me falta mesmo vocação. Por agora vou vendo um ou outro que me disperte mais atenção. Sou muito perguiçosa:)

    Ana Silva

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  4. :) Vou esperar que um destes dias consiga vencer esse preguiça :) e depois me diga qual o caminho para o seu blog :)

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