terça-feira, abril 23, 2024

Divulgação - Sobre livros

 Por ser hoje o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor para já anunciados descontos de pelo menos 20% e que incluem novidades, na Fnac e na Bertrand online.

Divulgação, também até 28/4, Desafio para se escrever um conto

 "Temas: “Viagem” e/ou “Roubo”

Limite de palavras: 3.500

Prazo para envio: domingo, 28/04/2024 22:00 (horário de Brasília)

Comentários: Abertos

Leituras obrigatórias: TODOS os contos inscritos

Sistema de notas: 0 a 10 com uma casa decimal

Disponibilização dos contos: assim que recebidos (comentários também podem ser feitos assim que o conto for postado)

DISPOSIÇÕES GERAIS

A participação nos desafios do Entrecontos é totalmente gratuita.

Os interessados, de qualquer parte do mundo, deverão enviar um conto INÉDITO (jamais publicado, mesmo que apenas em parte, em nenhuma plataforma, rede social, blog, coletânea, etc.) escrito em português, respeitando limite de palavras e prazo estipulados acima, abrangendo o tema “viagem” (metafórica ou literal) ou o tema “roubo” (também metafórico ou literal) ou uma combinação de ambos, para o e-mail: desafio.entrecontos@gmail.com

O título do e-mail deverá ser “Desafio viagem/roubo – [título do conto]“.

No corpo do e-mail, os participantes deverão indicar um pseudônimo para o qual o conto será atribuído até o encerramento do certame.

Os participantes poderão enviar uma imagem relacionada ao conto, que servirá apenas para efeitos decorativos.

O conto deverá ser enviado em arquivo anexo, em formato Word, TXT ou similar. Não aceitaremos arquivos em PDF. Formatações elaboradas serão perdidas ao transportar o conto para o site, então sugerimos fortemente que não sejam usados recursos estéticos para o texto como cores, negrito, sublinhado, etc.

COMENTÁRIOS

Os participantes comprometem-se a ler e comentar TODOS os contos inscritos. Não podemos prever qual será esse número, mas podemos garantir que o prazo para leituras será estipulado conforme o montante final.

O não cumprimento das leituras e comentários obrigatórios acarretará na eliminação do participante.

Todos (inclusive não participantes) são livres para ler e comentar quantos quantos quiserem. A atribuição de notas, no entanto, só será permitida aos inscritos.

Nós incentivamos que os participantes desenvolvam seu lado “crítico literário” e façam observações elaboradas que possam ajudar os colegas a evoluir como escritores. No entanto, sabemos que, por um motivo ou outro, essa análise elaborada nem sempre é possível e não queremos que os comentários sejam uma barreira para a participação. Dessa forma, a análise técnica do conto poderá ser substituída por um resumo da história. Em outras palavras, o comentarista precisa de alguma forma “provar” para o autor que realmente leu o conto. Esse compromisso com a leitura e a avaliação sincera de cada conto são as nossas exigências para todos os participantes. Infelizmente não há mecanismos que possam oferecer garantias nesse sentido, então o máximo que podemos fazer é contar com a ética de cada um.

No final do certame, todos os participantes são incentivados a indicar à moderação os comentários que mais agregaram em seus contos.

ENTRECONTISTAS DO ANO

Os resultados dos desafios de 2024 alimentarão um ranking que visa estimular a participação, a competitividade SAUDÁVEL e a premiar os integrantes que mais contribuíram com o grupo. Os critérios de pontuação no ranking serão: participação nos desafios e temporada off, colocação nos desafios e ser indicado pelos demais participantes como um comentarista que agrega.

DISPOSIÇÕES FINAIS

A moderação do Entrecontos está à disposição para apoiar os participantes e tirar dúvidas em todos os momentos do desafio. Sugerimos a participação no grupo do Facebook: “EntreContos – Autores” e grupo do whatsapp onde a interação entre os entrecontistas fica mais fácil. Se quiser o link de convite, envie um e-mail para desafio.entrecontos@gmail.com

Não serão, em nenhuma circunstância, abertas exceções em relação aos prazos e demais regras aqui descritas.

A moderação do Entrecontos se reserva ao direito de ter a palavra final em toda e qualquer decisão referente ao certame."

Ver AQUI ou em https://entrecontos.com/2024/03/31/desafio-viagem-roubo-regulamento/

Divulgação - Regulamento para se participar na Colectânea Anjos da Prosa e da Poesia IV

 ANJOS DA PROSA E DA POESIA IV

Coletânea de poemas e contos 2024

Os Anjos da Prosa e da Poesia regressam à Lugar da Palavra! E queremos contar consigo! Participe!

REGULAMENTO

1. O prazo de inscrição para participação na coletânea ANJOS DA PROSA E DA POESIA IV e envio de textos decorre até 28 de abril de 2024.

2. Os textos devem ser enviados em suporte informático (tipo word) e remetidos para editora@lugardapalavra.pt

3. Serão admitidos textos do género lírico (poemas), narrativo (contos) ou ensaio (memórias, cartas, reflexões, etc) que tenham como tema “Anjos”, no seu sentido real ou metafórico ou os valores a eles associados.

4. Cada autor poderá participar com um ou vários textos, que pode(m) ocupar até um máximo de três páginas, sendo que cada página corresponde a um conjunto de 1700 caracteres (incluindo espaços) para os contos e textos de ensaio (um total de 5100 caracteres, com espaços incluídos), ou 90 linhas de verso (incluindo espaços de transição de estrofe e eventuais versos demasiadamente longos).

5. A ordem de publicação obedecerá a um critério a definir, posteriormente, pela organização.

6. Os autores podem utilizar pseudónimo, embora sejam obrigados a identificar-se e o seu nome a ser incluído na breve biografia a constar do livro.

7. Os autores devem enviar uma curta nota biográfica, que será publicada, com um máximo de 400 caracteres, incluindo espaços.

8. No caso de a organização entender que o número de participantes não é suficiente para a edição do livro, os textos serão publicados on.line no site da editora Lugar da Palavra, em www.lugardapalavra.pt e enviado um exemplar em formato pdf a todos os participantes. A organização é soberana na seleção dos textos a incluir na obra.

9. A obra estará disponível em vários pontos de venda, com um preço de venda ao público (PVP) a definir em função do número de páginas, sendo certo que os autores beneficiarão de vantagens na sua aquisição diretamente à Lugar da Palavra Editora. Os autores selecionados obrigam-se a adquirir pelo menos um exemplar da obra.

10. Todos os textos serão alvo de revisão, com vista a apresentar um trabalho da maior qualidade possível, comprometendo-se, obviamente, a organização a nunca desvirtuar o original do autor.

11. Os participantes disponibilizam os seus textos exclusivamente para a presente publicação, sendo-lhes, obviamente reconhecido o seu direito de autor (pelo qual assumem essa responsabilidade), mas não serão pagos quaisquer direitos patrimoniais. Ou seja: o participante envia textos da sua autoria (se já publicados, com a respetiva autorização competente) e cede-os exclusivamente para o fim em questão, não resultando da sua publicação a obrigação da editora de pagamentos de direitos patrimoniais ao autor.

segunda-feira, abril 22, 2024

Texto para concurso de Escrita - A Escolha

 

A escolha

 

Antes não tinha muito tempo para pensar sobre se era ou não feliz. Fora filha, jovem, apaixonada, profissional, amante e companheira, e por fim mãe, equilibrando todas os deveres e exigências, em dias que passavam preenchidos e céleres.

Sentiu depois saudades tão dilacerantes desses dias que até duvidava que tivessem sido reais.

Sabia o momento preciso em que tudo mudara, o Domingo, em que ao final da tarde, o Pedrocas, o seu mais-novo em vez de irromper pelos quartos, reclamando a atenção dos pais, se foi deitar. Viu-o corado pela febre e sem a energia que desde bebe mostrava, a queixar-se que lhe doía tudo.

Pensaram que seria um resfriado, mas ao invés de melhorar, só piorava. Passaram por consultas, exames e internamentos, até vir o último diagnóstico: apenas um milagre o poderia salvar. Nada havia a fazer, só podiam tentar que estivesse confortável e sem dores e o fim seria rápido.

Apesar da dor e revolta que então sentiu, apercebeu-se do estranho que por pelo menos duas vezes a fixara ao longe. Aquele olhar fixo incomodara-a, mas estava longe, podia ser um engano. Tinha a certeza que uma dessas vezes fora na rua onde morara, mas foi no hospital, num momento em que ela estava sozinha, que ele veio ter com ela e a abordou. Naquela altura tinha a bata azul dos médicos, pensou que fosse um.

E foi com uma voz macia e em tom tão baixo que exigiu toda a sua atenção para perceber o que dizia que lhe apresentou uma hipótese estapafúrdia:

- Poderia ter um milagre, se sacrificasse a vida de cem crianças com a mesma idade do seu filho. Seriam crianças que ela não conhecia, e ela não teria de fazer nada, só escolher a vida do seu filho, ou a das cem crianças.

Ouviu-o e percebeu o que dizia. Mesmo que depois dissesse para si própria que estava cansada, que era irreal e impossível, e que nenhuma mãe faria uma escolha diferente, ela respondeu-lhe: “salve o meu filho”.

Ele foi-se embora, deixou-a a pensar que poderia ter sonhado acordada, quando lhe vieram dizer que a febre descera. Todos ficaram surpreendidos e felizes com a recuperação do Pedro. Foi um verdadeiro milagre, repetiram médicos e enfermeiros, quando lhe deram a alta.

Teve uma semana de felicidade com os filhos e o marido em casa até saber das Notícias: uma estranha epidemia levara com morte subida cem crianças, todos com seis anos de idade. Um deles era colega do Pedro. Ela nunca o vira, mas soube na Escola e viu a mãe dele numa sala, a viva imagem da dor e consternação. Fora buscar as coisinhas que o filho fizera na escola, repetia para a professora dele que não percebia, ele estava tão bem, foi-se deitar e não voltou a acordar.

Não podia ter sido por causa dela, repetiu para si mesma. Mas mesmo que soubesse que era verdade o que aquele estranho homem lhe propusera, que mãe escolheria diferente? Tais pensamentos não a tranquilizavam, sentia-se uma criminosa e dormia mal.

Não contou a ninguém o que a consumia. Ninguém iria acreditar, podiam até interná-la.

Tentou convencer-se que sonhara tudo.

Até que numa tarde, em que sairia para uma compra, pareceu-lhe ver o mesmo homem.  Não tinha a certeza que era ele, mas decidiu segui-lo e foi o que fez, por duas ou três ruas. Viu então que ele se dirigia à casa onde morava uma amiguinha da sua filha Helga. A menina estava a faltar às aulas porque estava doente, tinha-lhe contado a filha. E ela e a filha tinham a mesma idade…

 

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