Pensei para mim, onde é
que eu vi este senhor, sei que é Engenheiro. Gentilmente deixou-me entrar
primeiro e ao menino, talvez seu filho.
Carreguei no 6º, ele no
7º e o menino começou a carregar nos botões todos!
Ele interpelou a criança:
- Atenção meu rapaz,
assim ainda paramos em todos os andares!
O menino continuou e ele
não se conteve:
- Srª Drª não seria
melhor impedir o seu filho…
- Como meu filho? Pensei
que fosse seu? Lembrei-me de onde o conhecia, há anos fora sua advogada no
processo de divórcio e ele não tinha filhos.
- “Não é seu?” Virou-se
para a criança: “Ó miúdo mas queres parar com isso?”
Nessa altura sentimos
todos uma valente sacudidela, a luz apagou, voltou a ligar e ficámos parados
- Pronto, fizeste-a
bonita e eu estou com pressa!
O menino encostou-se a um
canto do elevador a olhar para o chão.
O Sr. Engenheiro aliviou o
nó da gravata, tirou o casaco: “Não me estou a sentir nada bem…
A criança começou a
fungar
Resolvi tocar no botão no
alarme…Ouviu-se uma voz distante:
- O que é que se passa?
- Estamos parados no
elevador – respondemos os dois ao mesmo tempo, eu e o Sr. Engenheiro
- “Experimentem carregar
no botão do 1º Andar”. O Sr Engenheiro fê-lo de imediato, e nada.
A voz fez-ouvir: “E
então?”
- “Nada, continuamos
parados”, respondi eu. O Sr. Engenheiro empalidecia e não respondeu.
- Já vamos enviar ajuda.
O já vamos prolongou-se
por meia hora. Entretanto tentei entreter o Sr. Engenheiro e o miúdo até para
que o primeiro não assassinasse o segundo ou não caísse para o lado, e o miúdo
parasse de fungar.
Falar sobre o tempo não
ajudou.
De repente, nova
sacudidela. A porta abriu-se e saímos todos apressados.
Afinal, quem eram os pais do miúdo?!
ResponderEliminar:) quem sabe? :)
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