Pouco
a pouco, a falha, a minha falha, vai-se alargando.
Aumentam
os espaços vazios.
Apercebo-me
que passaram duas ou três horas, está a escurecer quando juraria que ainda era
meio-dia.
Meto-me
no carro e sigo até à Foz. No caminho terei cumprido todas as regras, nenhuma
colisão ou transgressão me impediram de chegar onde estou. Estacionei o carro,
guardei a chave no bolso, desci até à esplanada, estive lá a tomar um refresco.
O copo jaz agora vazio à minha frente. Tê-lo-ei também pago, porque aqui exigem
que se pague logo.
Se
fosse só isto, não seria muito mau. Consigo reconstruir o que se terá passado. Penso,
foi só isto. Saí, vim até à praia, tomei um refresco.
Mas tenho perdas mais graves porque nem me apercebi delas.
Como
acordar de manhã e descobrir um anel na mesinha de cabeceira. Parece uma aliança.
Serve-me. Mas não é meu. Nunca o vi antes. Não sei como veio ali parar.
Hoje foi muito pior. Acordei e havia alguém a meu lado, na minha cama. Comecei a despertar enquanto me apercebia do calor e do odor desse corpo estranho. Ocupávamos as duas extremidades da cama, não nos tocávamos. A luz do sol surgia pelas frestas da persiana e eu ali imóvel, sem saber o que fazer, a escutar a sua respiração profunda. Olhei para o lado em que se encontrava, estava de costas, bem tapado com o cobertor, tinha cabelo escuro. Silenciosamente deslizei para fora da cama e fugi para a casa de banho. Não me atrevi a lavar o rosto. O ruído da água a correr podia acordá-lo. Felizmente tinha deixado lá a roupa que usara no dia anterior. Vesti-me rapidamente e saí para a rua. Tenho andado para aqui às voltas, mas acho que agora vou tentar voltar para casa...
Hoje foi muito pior. Acordei e havia alguém a meu lado, na minha cama. Comecei a despertar enquanto me apercebia do calor e do odor desse corpo estranho. Ocupávamos as duas extremidades da cama, não nos tocávamos. A luz do sol surgia pelas frestas da persiana e eu ali imóvel, sem saber o que fazer, a escutar a sua respiração profunda. Olhei para o lado em que se encontrava, estava de costas, bem tapado com o cobertor, tinha cabelo escuro. Silenciosamente deslizei para fora da cama e fugi para a casa de banho. Não me atrevi a lavar o rosto. O ruído da água a correr podia acordá-lo. Felizmente tinha deixado lá a roupa que usara no dia anterior. Vesti-me rapidamente e saí para a rua. Tenho andado para aqui às voltas, mas acho que agora vou tentar voltar para casa...
Mais uma vez a imaginação sem limites da Gábi à solta.
ResponderEliminarChapelada (mais uma)!
Beijinhos
Muito obrigada Pedro :)
Eliminarum beijinho
Vim aqui parar e confesso que gostei do que li, grande imaginação.
ResponderEliminarBjs
Obrigada Cantinho da Gaiata, a seguir irei espreitar o seu blogue
Eliminarum beijinho
Vim aqui parar e confesso que gostei do que li, grande imaginação.
ResponderEliminarBjs
Um texto intenso e aterrador. Muito bom.
ResponderEliminarOm abraço
Um, não om.
EliminarMuito obrigada Elvira, fiquei muito feliz com o seu comentário especialmente por gostar tanto do que leio na 6ª feira :)
Eliminar(e eu tinha o um e depois é que vi a troca com o, também me acontece :)
um beijinho
Voltei porque me lembrei de que gosta de desafios. Se tiver tempo e quiser dê uma olhada aqui
ResponderEliminarhttp://imagensdaelvira.blogspot.pt/
Abraço
Acertou redondamente ...
ResponderEliminaralarmante
Bjo
Vou espreitar Elvira, obrigada :)
ResponderEliminarum beijinho
Muito obrigada Marizei :)
um beijinho