domingo, abril 30, 2017

Post 6185 Livros 2017 (73) O Jardim Secreto de Frances Hodgson Burnett


O Jardim Secreto de Frances Hodgson Burnett (da autora já tinha lido O Pequeno Lorde e A
Princesinha)

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Mary Lennox estava a ser criada pela ama na Índia quando esta e os seus pais morrem com cólera, é trazida para Inglaterra para viver com o seu tio Archibald Craven. Aqui ela vai descobrir o Jardim Secreto e conhecer Martha, o irmão Dickon e Colin. Adorei este livro.
Na Wikipédia
"Frances Hodgson Burnett (1849Manchester - 1924EUA) foi uma escritora inglesa.
Mudou-se para os Estados Unidos em 1865 após a morte de seu pai. Após a publicação de O Pequeno Lorde retornou a Inglaterra. Lá divorciou-se e veio a falecer seu filho mais velho. Passou então a morar parte do ano em Nova York e outra parte nas Bermudas. Em 1911 escreveu O Jardim Secreto, seu trabalho mais conhecido. Também escreveu o livro A Princesinha, que assim como O Jardim Secreto, foi ilustrado por Tasha Tudor."

"Uma das coisas mais estranhas de se viver no mundo é que só há o agora, então tem-se a certeza de que pelo menos alguém irá viver para sempre, sempre e sempre. Alguém tem essa certeza, pelo menos às vezes, quando acorda ao doce e solene alvorecer e sai, fica sozinho, joga sua cabeça para trás para olhar para cima e olha para o céu pálido, lentamente modificando-se e ruborizando, e coisas maravilhosas e desconhecidas acontecem a Leste, quase fazendo alguém chorar, e o coração desse alguém pára na estranha e imutável magnitude do nascer do sol, que acontece toda manhã há milhares e milhares e milhares de anos. Alguém sabe disso, pelo menos por um momento. 
Outro, às vezes, sabe disso quando alguém fica solitário, encostado em uma madeira ao pôr do sol, e o silêncio misterioso, profundo e dourado, inclinado através dos galhos parece estar dizendo lentamente, uma e outra vez, que não consegue ouvir, por mais que tenha tentado. E então, às vezes, a imensa quietude da escuridão da noite, com seus milhões de estrelas que aguardam e observam, dão uma certeza; e às vezes, um som de uma música vindo de longe, torna tudo verdadeiro; e às vezes basta apenas o olhar nos olhos de outra pessoa." 

E na tradução da edição de bolso da Europa-América, pág. 119:
"Uma das coisas mais estranhas da vida é que só de vez em quando temos a certeza de que vamos viver eternamente. Isso acontece quando, por vezes, nos levantamos de madrugada, saímos sozinhos, levantamos a cabeça e assistimos a toda a mudança de cores no céu. Sentimos vontade de gritar quando nos viramos para leste e vemos então o maravilhoso nascer do Sol - que acontece todas as manhãs há milhares de anos. Nessa altura, temos a certeza da nossa eternidade durante alguns momentos. Acontece o mesmo quando nos encontramos num bosque ao pôr do Sol, e o misterioso silêncio dourado passa através dos ramos e murmúrios suaves. Também nos sentimos eternos na calma imensa da escuridão da noite, quando observamos as estrelas; ou quando ouvimos uma música longínqua ou ainda quando olhamos para os olhos de alguém."

(está-me cá a parecer que o melhor será procurar o livro em inglês)

"One of the strange things about living in the world is that it is only now and then one is quite sure one is going to live forever and ever and ever. One knows it sometimes when one gets up at the tender solemn dawn-time and goes out and stands alone and throws one's head far back and looks up and up and watches the pale sky slowly changing and flushing and marvelous unknown things happening until the East almost makes one cry out and one's heart stands still at the strange unchanging majesty of the rising of the sun—which has been happening every morning for thousands and thousands and thousands of years. One knows it then for a moment or so. And one knows it sometimes when one stands by oneself in a wood at sunset and the mysterious deep gold stillness slanting through and under the branches seems to be saying slowly again and again something one cannot quite hear, however much one tries. Then sometimes the immense quiet of the dark blue at night with millions of stars waiting and watching makes one sure; and sometimes a sound of far-off music makes it true; and sometimes a look in some one's eyes."

http://www.gutenberg.org/files/113/113-h/113-h.htm

Na tradução da Relógio D' Água (de Maria de Lourdes Guimarães), pág. 161:
"Uma das coisas estranhas acerca da vida é que, só de vez em quando, se tem a certeza absoluta de que se vai viver para sempre até à eternidade. Por vezes, sabemo-lo ao levantarmo-nos com o solene e terno nascer do sol, se sairmos e estivermos sozinhos, se inclinarmos a cabeça para trás e olharmos para cima, lá muito para o alto, se observarmos o pálido céu mudando lentamente e ficando vermelho, enquanto qualquer coisa de maravilhoso e desconhecido acontece, até ao Oriente quase dar um grito e o nosso coração ficar parado com a estranha e inalterável majestade do nascimento do sol - que acontece todas as manhãs há milhares e milhares de anos. Nessa altura, sabemo-lo, durante um momento, mais ou menos. E sabe-mo-lo às vezes, quando, se estamos sozinhos num bosque ao pôr-do-sol, a misteriosa quietude, profunda e dourada, ao introduzir-se através dos ramos, e por baixo deles, parece estar a repetir lentamente alguma coisa que não conseguimos escutar por muito que tentemos. Só então, mas nem sempre, essa imensa quietude do azul-escuro da noite povoada por milhões de estrelas, confiantes e atentas, o som de uma música distante ou um olhar nos olhos de alguém, nos dão essa certeza e a tornam real."

4 comentários:

  1. Gábi,
    Penso que te devo uma explicação. Eu quando disse que desta vez ia ao almoço de bloggers, obviamente que tencionava ir mesmo, caso contrário, calava-me. Mas entretanto mudei de empresa, neste momento divido-me entre Coimbra, Lisboa e Sines. Lamento não ter estado presente, mas era de todo impossível.

    Boa semana!

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  2. JLynce eu sei que muitas vezes surgem imprevistos, gostava muito de ter podido conhecer-te em pessoa, mas se não foi desta, poderá ser no próximo (que como fui escrever no teu blogue até parece que irá ser em Lisboa :)
    um beijinho e boa semana também

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  3. Um clássico da literatura infantil. Li-o depois de a minha filha o ter lido. Está algures por aqui. Creio que há um filme também e talvez o tivesse visto com os meus filhos. Não tenho a certeza. Na altura em que os tinha que acompanhar, não perdíamos um filme para menores de 13 anos. Já não me recordo de todos. : (

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  4. Não cheguei a ver o filme (tanto quanto me lembre) adorei o livro :)

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