segunda-feira, fevereiro 13, 2017

Post 6045 Livros 2017 (22) A Viajante de Gisèle Prassinos

A Viajante de Gisèle Prassinos
Nº 123 da Colecção Miniatura da Editora Livros do Brasil
Image result for A Viajante de Gisèle Prassinos



Na contracapa do livro que antecede:
"A Viajante é a confirmação incontestável das qualidades que deram a Gisèle Prassinos um dos lugares de maior destaque no panorama literário da França nos nossos dias, depois dos elogios que mereceu a escritores de tanta responsabilidade como Cocteau, Émile Henriot, Alain Bosquet, Maurice Nadeau, Albert-Maria Schmidt e René Lacote.
Introduzindo-nos no mundo de recordações de Laura, Gisèle Prassinos escreveu uma obra-prima de análise psicológica e oferece-nos neste livro a manifestação brilhante de uma arte de narrar do mais puro recorte clássico, fundida audaciosamente com as técnicas modernas do romance."


Na wikipédia
Gisèle Prassinos (26 February 1920 – 15 November 2015) is a French writer of Greek heritage, associated with the surrealist movement.[1]
She was born in Istanbul, Turkey and emigrated to France with her family at the age of two, where they lived initially in Nanterre. Her brother Mario Prassinos is a noted artist and designer.
Her writing was discovered by André Breton in 1934, when she was just fourteen, and published in the French surrealist magazine Minotaure and the Belgian periodical Documents 34. Her first book, La Sauterelle arthritique (The Arthritic Grasshopper) was published in 1935 with a preface by Paul Éluard and a photograph by Man Ray.
Marianne van Hirtum observed that the surrealists of the time recognised these early writings as a "veritable illustration of automatic language par excellence".
After World War II Prassinos's association with organised surrealism was limited, but she continued to publish widely."

Págs. 5 e 6
" Marta não irá hoje aos Halles, como em todos os outros Domingos. É uma manhã do mês de Agosto, sem lojas abertas, sem circulação. As persianas das janelas estão fechadas. O sol a custo se entremostra através de um tecto de nuvens, que ele próprio doura ligeiramente. Não tarda que vá chover, o ar parece fatigado e roça a terra, vêmo-lo cair pesadamente sobre as flores nos vasos alinhados ao fundo dos velhos pátios. É uma manhã ideal. A temperatura, os ruídos, as cores, tudo é perfeito."
Pág. 8
"Quando era muito pequena e Loris...
Laura sabe que nesta altura deveria dizer quem é Loris, mas não pode. Para ela, este nome não tem um contorno exacto, escorre sempre, transborda, irradia e parece-lhe que definir secamente com alguns pobres adjectivos aquele que o usou, situá-lo no tempo, no espaço, entre os homens, seria uma espécie de falta de respeito, de traição, que o diminuiria até a seus próprios olhos. Os que ela ama, não usam nome, são simplesmente eles."

Gostei muito deste livro, pela forma como está escrito e nos leva a conhecer, Laura, o seu passado, o tio Loris, a mãe Ania, os irmãos Joana e André, e no seu presente, Marta e Miguel e também a Professora e tantos outros. A viagem que fazemos é mais pelas suas memórias e por um passado em que a ocupação nazi levou à morte e à separação, mas também à pessoa que a Laura pôde ser graças à Marta.

2 comentários:

  1. Mais uma sugestão para os meus registos.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
  2. :) Não deve é ser fácil de encontrar - estive a fazer uma pesquisa sobre outros livros desta autora e parece-me que se os quiser ler, vou ter de os ler em francês...
    um beijinho

    ResponderEliminar