A Neta do Senhor Linh de Philippe Claudel
Na capa e contrapaca:
"Uma pequena maravilha" Livres Hebdo
"Numa fria manhã de Novembro, depois de uma penosa viagem de barco, um ancião desembarca num pais que não é o seu, onde não conhece ninguém e cuja língua ignora. O Senhor Linh foge de uma guerra que lhe roubou a família e a aldeia onde sempre viveu, para o deixar rodeado de morte e devastação. A guerra acabou com tudo, excepto com a sua neta, uma menina tranquila que adormece serenamente sempre que o avô lhe canta uma melodia que as mulheres da sua família transmitiram de geração em geração. Instalado num centro de acolhimento para refugiados, o Senhor Linh sobrevive apenas em função da neta, até ao momento em que conhece o Senhor Bark, um homem robusto e afável cuja mulher morreu recentemente. Um afecto espontâneo nasce entre dois solitários que falam línguas distintas mas que são capazes de se compreender entre silêncios e pequenos gestos. Ambos se encontram regularmente num banco com vista para o parque até ao dia em que os serviços sociais levam o Senhor Linh pra um local que ele não está autorizado a abandonar. O Senhor Linh consegue, contudo, escapar, com a neta e penetrar na cidade desconhecida, decidido a encontrar o seu único amigo. A sua coragem e determinação vão conduzi-lo a um desenlace inesperado e profundamente comovente.
Fábula sublime sobre o exílio e a solidão. A neta do Senhor Linh é um hino a emas universais - a amizade, a solidariedade e a compaixão - escrito com a elegância e a limpidez dos grandes clássicos da literatura.
Escritor e argumentista Philippe Claudel nasceu em Nancy, em 1962,. Em 2003, veria dois romances seus premiados: Les Petites Mécaniques venceu o Prémio Goncourt de la Nouvelle e Almas Cinzentas (...) foi galardoado com o Prémio Renaudot e o Prémio das Leitoras da Elle, ao mesmo tempo que era considerado pela revista Lire como o mais importante romance publicado em França durante o ano de 2003. Foi ainda ainda adaptado ao cinema e traduzido para 22 idiomas."
"Uma fábula carregada de tristeza e silêncio para ler mil vezes" Le Fígaro
"Uma boa surpresa: lê-se com tanta facilidade que dificilmente se esquece e depressa se nos revela profundamente assombroso." Lire
"Talvez seja esta a matéria de um clássico - a palavra certa para a fase certa no momento exacto: a medida justa das coisas. A Neta do Senhor Linh é um livro dessa ordem, com essa elegância e sobriedade: Um tesouro encontrado a meio caminho entre o romance e o conto. Uma pérola." Público
Pág. 8
"De vez em quando murmura uma canção à menina, sempre a mesma, e vê abrirem-se os olhos e a boca de um recém-nascido. Observa-o, e vê mais do que o rosto de um bebé muito pequeno. Vê paisagens, manhãs luminosas, a marcha lenta e serena dos búfalos nos arrozais, a sombra das figueiras-de-bengala à entrada da sua aldeia, a bruma azul que desce das montanhas ao anoitecer, à maneira de um xaile que desliza suavemente pelos ombros."
Pág. 33
"Mas trata-se apenas de uma lenda que se conta às crianças, ao serão, junto da lareira, a fim de que tenham cuidado e não se afoguem, pois, na verdade, o rio é muito bonito, de água límpida e farta em peixes, na qual todos os habitantes gostam de se refrescar. Apanham camarões de água doce e caranguejos pequenos que depois assam nas brasas. Os homens levam os búfalos a beber ao rio. As mulheres lavam a roupa e também as longa cabeleiras, que flutuam à superfície da água, assemelhando-se então a algas de sede negra. Antes de ser estufado, o bambu mergulha na água. O rio tem a cor das árvores nele reflectidas e cujas raízes se aprofundam no seu leito em busca de frescura. Pássaros verdes e amarelos rasam a superfície. Parecem flechas de luz, fugazes, quase imaginários."
Gostei muito deste livro, pela forma como está escrito, pela história que conta, pelas descrições e imagens, pelas personagens, o Sr. Linh e o Sr. Bark, pela amizade que vemos acontecer apesar de falarem línguas diferentes (e mesmo tendo adivinhado nas primeiras páginas o que será a grande revelação do final).
Deste autor já li e gostei muito de Almas Cinzentas.
Na capa e contrapaca:
"Uma pequena maravilha" Livres Hebdo
"Numa fria manhã de Novembro, depois de uma penosa viagem de barco, um ancião desembarca num pais que não é o seu, onde não conhece ninguém e cuja língua ignora. O Senhor Linh foge de uma guerra que lhe roubou a família e a aldeia onde sempre viveu, para o deixar rodeado de morte e devastação. A guerra acabou com tudo, excepto com a sua neta, uma menina tranquila que adormece serenamente sempre que o avô lhe canta uma melodia que as mulheres da sua família transmitiram de geração em geração. Instalado num centro de acolhimento para refugiados, o Senhor Linh sobrevive apenas em função da neta, até ao momento em que conhece o Senhor Bark, um homem robusto e afável cuja mulher morreu recentemente. Um afecto espontâneo nasce entre dois solitários que falam línguas distintas mas que são capazes de se compreender entre silêncios e pequenos gestos. Ambos se encontram regularmente num banco com vista para o parque até ao dia em que os serviços sociais levam o Senhor Linh pra um local que ele não está autorizado a abandonar. O Senhor Linh consegue, contudo, escapar, com a neta e penetrar na cidade desconhecida, decidido a encontrar o seu único amigo. A sua coragem e determinação vão conduzi-lo a um desenlace inesperado e profundamente comovente.
Fábula sublime sobre o exílio e a solidão. A neta do Senhor Linh é um hino a emas universais - a amizade, a solidariedade e a compaixão - escrito com a elegância e a limpidez dos grandes clássicos da literatura.
Escritor e argumentista Philippe Claudel nasceu em Nancy, em 1962,. Em 2003, veria dois romances seus premiados: Les Petites Mécaniques venceu o Prémio Goncourt de la Nouvelle e Almas Cinzentas (...) foi galardoado com o Prémio Renaudot e o Prémio das Leitoras da Elle, ao mesmo tempo que era considerado pela revista Lire como o mais importante romance publicado em França durante o ano de 2003. Foi ainda ainda adaptado ao cinema e traduzido para 22 idiomas."
"Uma fábula carregada de tristeza e silêncio para ler mil vezes" Le Fígaro
"Uma boa surpresa: lê-se com tanta facilidade que dificilmente se esquece e depressa se nos revela profundamente assombroso." Lire
"Talvez seja esta a matéria de um clássico - a palavra certa para a fase certa no momento exacto: a medida justa das coisas. A Neta do Senhor Linh é um livro dessa ordem, com essa elegância e sobriedade: Um tesouro encontrado a meio caminho entre o romance e o conto. Uma pérola." Público
Pág. 8
"De vez em quando murmura uma canção à menina, sempre a mesma, e vê abrirem-se os olhos e a boca de um recém-nascido. Observa-o, e vê mais do que o rosto de um bebé muito pequeno. Vê paisagens, manhãs luminosas, a marcha lenta e serena dos búfalos nos arrozais, a sombra das figueiras-de-bengala à entrada da sua aldeia, a bruma azul que desce das montanhas ao anoitecer, à maneira de um xaile que desliza suavemente pelos ombros."
Pág. 33
"Mas trata-se apenas de uma lenda que se conta às crianças, ao serão, junto da lareira, a fim de que tenham cuidado e não se afoguem, pois, na verdade, o rio é muito bonito, de água límpida e farta em peixes, na qual todos os habitantes gostam de se refrescar. Apanham camarões de água doce e caranguejos pequenos que depois assam nas brasas. Os homens levam os búfalos a beber ao rio. As mulheres lavam a roupa e também as longa cabeleiras, que flutuam à superfície da água, assemelhando-se então a algas de sede negra. Antes de ser estufado, o bambu mergulha na água. O rio tem a cor das árvores nele reflectidas e cujas raízes se aprofundam no seu leito em busca de frescura. Pássaros verdes e amarelos rasam a superfície. Parecem flechas de luz, fugazes, quase imaginários."
Gostei muito deste livro, pela forma como está escrito, pela história que conta, pelas descrições e imagens, pelas personagens, o Sr. Linh e o Sr. Bark, pela amizade que vemos acontecer apesar de falarem línguas diferentes (e mesmo tendo adivinhado nas primeiras páginas o que será a grande revelação do final).
Deste autor já li e gostei muito de Almas Cinzentas.
Obrigado pela sugestão, Gábi :)
ResponderEliminarBeijinhos
De nada :)
Eliminarum beijinho
Parece ser uma história muito interessante!
ResponderEliminarBom fim de semana Gabi.
Beijinho com muito carinho.
Muito bem contada, com uma grande sensibilidade
Eliminarobrigada Adélia, bom fim-de-semana e um beijinho com muito carinho também
Vou tomar nota. Não me recordo se li algum livro deste autor.
ResponderEliminarGostei muito dos dois livros que li deste autor, a história e os personagens ficam connosco.
ResponderEliminar