Post 3107, Segunda-feira, 7.1.2013

Algo que gosto muito de fazer, e espero poder continuar a fazê-lo durante muitos anos e com a mesma capacidade de apreciação, é andar. Gosto de o fazer com companhia, quando é possível conversar ou partilhar o que se encontra, e sozinha, estabelecendo eu os objectivos e o ritmo.

Em passeio ao final do dia, para compras, cruzei-me com um casal de meia idade com um ar afável . A senhora ofereceu-me um folheto que disse ser um tratado e que tem por título "Todo o sofrimento acabará em breve". Ainda com o folheto na mão, parei na passadeira enquanto um carro se aproximava a grande velocidade. Foi impossível não pensar que se não tivesse parado, às tantas ainda ia acabar para mim todo o sofrimento mesmo. De seguida, parei para fotografar as folhas da árvore iluminadas pelo candeeiro público (post que antecede). Ando um pouco mais e cruzo-me com um jovem que parece um monte tibetano, embora esteja de calças de ganga e kispo beje, e vai a cantar baixinho numa língua que não coheço. Pouco depois, à minha frente vem uma senhora com duas crianças atrás dela a correrem com passinhos curtos e meio arrastados. O menino abrandou a corrida e parou ao pé de um portão baixinho onde se avistava um grande cão preto. Disse-lhe "olá cão" e achei óptimo que o cão não tivesse ladrado e até parecesse feliz com aquele cumprimento.