quinta-feira, outubro 13, 2011

Pelo Porto...

Perto de onde moro, numa rua com muito movimento, vejo um arrumador dizer ao condutor de um Mercedes que o carro não cabia no lugar...Como não cabia?! Até eu (está bem, se fosse eu, iria precisar de várias manobras, com sucessivas rotações do volante para a direita e depois para a esquerda...).

A surpresa fez-me abrandar o passo, para tentar perceber a situação. Já vi arrumadores dizerem que cabe, quando para mim não caberia, agora dizerem que não cabe, quando cabe...

Entretanto, o condutor do Mercedes que não ouviu ou não se deixou desmoralizar pela afirmação do arrumador, arrumava o seu carro numa única manobra.

Nessa altura, eu já tinha parado um pouco mais à frente disfarçadamente, ainda com a ideia de tentar compreender o que é que se passaria. E eis que surge um carrinho cinzento, a cujo condutor, percebi depois, o arrumador teria assinalado o lugar vago. Perante a perspectiva de perder a merecida remuneração do cinzentinho, o arrumador tinha tido de pensar rapidamente numa forma de manter o lugar vago, só que não resultou...

O mundo tinha voltado a fazer sentido e mais tranquila, pude continuar o meu caminho.

8 comentários:

  1. É a lei da oferta e da procura!
    O arrumador ofereceu um lugar a um e foi outro que o procurou e acertou! :-))

    Abraço

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  2. Não vi é se chegou a receber uma moedinha do condutor do Mercedes...
    um beijinho

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  3. Gábi,
    Há muitos anos, à frente do extinto Cinema Tivoli, em Coimbra, havia um arrumador que era célebre por ir dizendo - "Venha, venha, venha".
    Quando dava asneira, o tipo completava - "venha ver o serviço que você fez!!!":))

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  4. Bandido! O tipo do Mercedes.
    Oxalá, o carro fosse novinho em folha e o arrumador o tenha riscado todo.

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  5. A isso chamaria "técnica de marketing dos moedinhas" :-)))

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  6. A isso chamaria "técnica de marketing dos moedinhas" :-)))

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  7. gostei do sentido que deste ao mundo.

    beijinho Gábi

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  8. Comigo, seria muito perigoso encontrar um arrumador assim, Pedro Coimbra :)




    Não esperei para ver, Funes, o memorioso :) mas agora ao pensar nisso, sem dúvida que, no mínimo dos mínimos, o condutor do Mercedes deveria ter remunerado o arrumador e indemnizado o condutor do cinzentinho!




    Muito bem qualificado, Carlos Barbosa de Oliveira :)




    Obrigada, Luis Eme :)
    um beijinho

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