Escrevo para tentar fixar certos momentos, pensamentos, recordações, para desabafar, para falar com alguém, para tentar compreender o que sinto, a vida o mundo, para brincar com as palavras, contando histórias e imaginar que crio algo. Acabei o trigésimo quinto diário chato, caderno da Porto Editora, cada um com 127 páginas e passo para os moleskin. Para já a qualidade do papel é semelhante, mas este caderno tem um grande peso, anunciado no recorte cor-de-laranja que o rodeava. Olha-me com um ar meio exigente e trocista. Como ousar escrever o que normalmente escrevo num caderno destes? Não vai ser fácil, mas parece que consigo...
Quando escrevo no blog, sei que em princípio poderá ser lido que escrevo e às vezes surpreendo-me com algumas interpretações. Gosto dos incentivos, gosto ainda mais quando sou compreendida ou ultrapassada nos jogos das ideias. Dos diários sou a única leitora e às vezes nem eu própria releio o que acabo de escrever.
Humm... não estarás a ser demasiado exigente contigo própria?
ResponderEliminarEscreve por prazer. Seja o que for, que de der na "real telha". Seja bom ou mau. Com ou sem sentido. Mas escreve. Um dia vais reler e rir-te. Limita-te a fazer uma coisa apenas porque te dá prazer. Isso é o melhor.
Os comentários... valem o que valem... beijinho
Também me parece que será um dos motivos para escrever :)
ResponderEliminarum beijinho
Dona Redonda, permita-me dizer... Escrevo diário desde 1996. Quando comecei, não sabia o que aguardava-me naquela infinitas linhas de espaço branco. Não sabia porquê nem como escrever. Com o tempo, fui ganhando inspirações (essas que me incentivam a estar aqui). O diário passou a ter desenhos, adesivos, fotos e qualquer coisinha que eu ganhava durante o dia (até papel de bombom). Acredito que ali está a minha vida, as minhas ilusões e desilusões de 12 anos. Nunca parei. É meu vício. Um dia, quando for mais velha, talvez publique para que outros leiam. Mas, se não viver até lá, já fiz um documento pedindo que coloquem todos em um baú e enterrem comigo. Não sei viver sem meus diários, sem minhas escritas. Isso virou um vício.
ResponderEliminarBom, mas voltando... Creio que vc seja uma escritora nata, e tem que continuar a escrever sim. Suas palavras alimentam almas, sabia?
Abraços fraternos...
Obrigada pelas palavas Auréola Branca.
ResponderEliminarum grande beijinho
Mas nós gostamos muito de ler...e reler...
ResponderEliminarEu nunca tive um diário, escrevia em cadernos para uma amiga minha e ela para mim. Tinhamos conversas com cadernos, mas direccionadas. Ela para mim e eu para ela. Duraram muito tempo...
Um dia o nosso treinador de basket resolveu roubar....entramos em pánicooooo!! Mas ele só queria assustar, jura não ter lido!
Isso é de verdade assustador!!!
ResponderEliminar