domingo, agosto 06, 2006

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( fotografia de um pouco mais perto, apenas para mostrar melhor o vestido e demonstrar a quem use lupa de 3 € que não há borbulhas)

4 comentários:

  1. Querida amiga Dona-Redonda, muy altiva dama!

    Na verdade, estou a escrever estas linhas por um misto de contrição e raiva.

    Eu sei que era suposto eu ter aparecido aí por Santa Maria da Feira - o contrato estava, aliás firmado - para, com os meus dotes de Trovador, cantar parte do meu repertório de Poesia Provençal - como sabes, está prestes a sair o último CD, aliás, já o vi na Feira de Carcavelos!

    No entanto, um jogral, essa corja de artistas itinerantes que nos imitam - cobram mais barato e fazem entretenimento ilegitímo, não licenciado - propôs-se levar metade do preço, reclamando, a título de honorários, uma miséria em euros, um camarim em tenda de pano cru, e uma chamuça para o jantar, acompanhada de um copo de tinto.

    Como deves calcular, não posso pactuar com esta «gentinha» de opereta buffa, que, para além de não garantir a qualidade da música - os cantares d'amigo e d'amor - abraçou como estilo a música pimba de raiz «Emanuel», que desonra «La musique de La Provence», com fel, escárnio e maldizer.

    Eu sei que, para além dos trajes de época, dos torneios, e dos garbosos cavaleiros - esse charme divino! - sem esquecer os doces conventuais, era suposto a minha pessoa ser o cabeça de cartaz do evento, mas penso que acharás os motivos expostos entendíveis.

    Deixo, no entanto, feita a sugestão para assistires a um solo concert, com os instrumentos da época, poesia toda da minha autoria, em dia, hora e lugar a combinar.

    Não descortino, aliás, melhor forma de honrar a decepção causada pela minha ausência, que não seja encenado um espectáculo cortês totalmente dedicado a ti.

    Prometo que levarei comigo o melhor da minha colecção de composições poéticas e, para finalizar em grande, cantarei a «Canção de Rolando», versão hip hop - um arranjo da minha autoria, estilizado e melhorado - com um joelho no chão, os olhos postos em ti, a voz embargada pela comoção... mas vai parecer tudo real!

    Que, por uma noite, sejas tu a dama destinatária dos versos cantados.

    Um Trovador ausente,

    J. Rebelo

    PS. Desta vez apontei um telescópio ao monitor do PC e até os poros que tens no nariz consegui contar, mas cedo desisti...

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  2. Mal posso esperar pelo espectáculo depois desta descrição...
    Cabe apenas acrescentar que como não tenho borbulhas, também não tenho poros no nariz, nem nariz... bem nariz, tenho, mas a fotografia é suficentemente minúscula para garantir anonimato.

    Um beijinho

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  3. Ai, ai, ai, ai! O que é que tem contra as borbulhas? E os poros no nariz? E os pinóquios. Isto é um país livre, se me apetecer ter borbulhas, tenho e mais nada!
    Ainda lhe digo mais, se julga que vou comentar todos os "posts" está muito enganada, vou mas é dormir!

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  4. Não tenho nada de nada contra borbulhas, poros no nariz ou pinóquios. E estou a adorar seguir este rasto de comentários...

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