Acordo
e saio para passeio matinal com humano ou humana a meu cargo. Adoro passear e
quero sempre ir, mas não gosto lá muito quando chove.
No
regresso levam-me para casa da avó porque vão trabalhar. Sei que ela é frágil e
não pode levar-me a passear por isso em casa dela sou menos efusivo e farto-me
de dormir. Ela tapa-me com uma mantinha.
Vêm-me
buscar ao final do dia, às vezes humana traz a irmã (a tia, que está a escrever
por mim) e fico super entusiasmado
quando os vejo, damos uma pequena volta ali perto e seguimos de carro para
casa. Vou bem atento ao que se passa ao redor, e às vezes zango-me quando vejo
algum dos meus inimigos na minha zona.
A seguir como – comida de uma latinha, sempre
pouca, poderia comer muito mais, e vamos passear. Aproveito para marcar
território e socializar sobretudo com algumas cadelinhas. Ao jantar deles, peço,
mas não me dão comida, só de vez em quando alguns biscoitos, poucos. Estou
super atento para apanhar alguma coisa que possa cair ao chão, até guardanapos
de papel, mas depois é uma luta para os conseguir comer.
Percebo bem o que me dizem, mas normalmente
gosto é de fazer a minha vontade, como seguir à frente nos passeios, e parar
quando querem regressar, e posso até dificultar quando resolvem levar-me ao
colo para casa, depende. Normalmente ganho muitas festas de todos, não percebo
é porque não entendem que quero biscoitos quando fico a olhar fixamente para o
lugar onde os guardam…
ResponderEliminarÉs muito bonito, Spassky. Sou rafeira mas compreendo-te porque compreendo muitas coisas e nem sei se a humana que me dá de comer, que limpa as minhas sujidades, que também me cobre com uma mantinha quente, que me leva ao veterinário compreende. A filha da humana, talvez mais humana, diz à mãe para me fazer mais festas, porque ela sabe que até me ponho de barriga para o ar de tanta alegria. Olho para as mãos da humana mais próxima e é como se olhasse para um frasco de biscoitos. Só que tem sempre coisas nas mãos: sacos, livros, tachos...
Os meus passeios são no quintal e no jardim. Passo horas ao portão. As pessoas falam comigo e é como se todos me fizessem festas.
Castanha
Pobre Spassky... Incompreendido.
ResponderEliminar:)
Um cão bem sortudo, até vira desafio literário!
ResponderEliminarAbraço
muito bom! adorei o pormenor de ninguém ser dono de ninguém.
ResponderEliminarbeijinhos e continuação de boa semana