Abriu o envelope, retirou a folha de papel do seu interior, mas não a leu, amarfalhou-a e atirou-a em direcção ao cesto de papéis que não estava longe, mas estranhamente falhou. Não queria ter de se levantar para a deitar de vez ao lixo, mas não a queria deixar ali, por isso levantou-se, deu os três passos que o separavam da folha, baixou o tronco, apanhou-a com a ponta dos dedos e deixou-a cair no cesto.
Saiu
para almoçar.
Quando voltou, calhou olhar para o cesto e não estava lá. Ainda tinha o envelope em cima da mesa e pegou nele. Antes não tinha reparado, mas não tinha nenhum selo ou carimbo, nem remetente ou destinatário. Um envelope branco imaculado. Não tinha estado sequer fechado. Não fora preciso descolar o papel ou rasgá-lo para retirar a folha de papel dobrada em duas. Lembrava-se que a folha era cor-de-rosa e perfumada com odor de rosas. Fora por isso que soubera que era dela. Deduzira que fosse uma carta igual às outras, mas essas tinham destinatário e selo no envelope, tinha tido de rasgar o sobrescrito, lera as primeiras palavras das primeiras frases antes de interromper a leitura. Depois livrara-se delas.
Quando voltou, calhou olhar para o cesto e não estava lá. Ainda tinha o envelope em cima da mesa e pegou nele. Antes não tinha reparado, mas não tinha nenhum selo ou carimbo, nem remetente ou destinatário. Um envelope branco imaculado. Não tinha estado sequer fechado. Não fora preciso descolar o papel ou rasgá-lo para retirar a folha de papel dobrada em duas. Lembrava-se que a folha era cor-de-rosa e perfumada com odor de rosas. Fora por isso que soubera que era dela. Deduzira que fosse uma carta igual às outras, mas essas tinham destinatário e selo no envelope, tinha tido de rasgar o sobrescrito, lera as primeiras palavras das primeiras frases antes de interromper a leitura. Depois livrara-se delas.
Já tinha passado bastante tempo desde a última. Talvez mais de um ano. Tinha pensado que ela desistira finalmente, embora estranhamente não ficasse aliviado. Quando recebera esta, vira-a como a confirmação de que o laço se matinha, ela não o esquecera como ele não a esquecia. Ou imaginara tudo? Tinha aberto um envelope vazio. Fora por isso que nem iniciara a leitura de uma folha de papel que não existia.
Talvez
devesse ligar-lhe para saber ou escrever-lhe…
E assim se inventa uma óptima desculpa para conseguir uma aproximação desejada mas não confessada.
ResponderEliminarBeijinhos
Parece-me é que eles têm uma relação muito complicada :)
Eliminarum beijinho
Os desejos mais íntimos pregam-nos grandes partidas.
ResponderEliminarAbraço
Aqui parece que sim :)
Eliminarum beijinho
Gostei muito, muito :)
ResponderEliminarMuito obrigada Miguel Bondurant :)
Eliminargostei muito :))
ResponderEliminarObrigada Marizei :)
Eliminarum beijinho
Gostei da tua carta.
ResponderEliminarE li-a toda...
Bom fim de semana, amiga Gábi.
Beijo.
Muito obrigada
EliminarBom fim-de-semana também :)
um beijinho
Depois deste dia ele nunca mais foi o mesmo...
ResponderEliminar:) às tantas não foi mesmo, Prof. :)
ResponderEliminarum beijinho
Aqui está um texto, mais ao meu gosto: com final em aberto!...
ResponderEliminarBeijo :)
Vamos lá ver a pontuação que terei neste, se for boa vou passar a tentar deixar os textos todos com um final em aberto :)
Eliminarum beijinho
Nada como se escrever uma carta em branco... em papel cor de rosa... num envelope em branco... para se poupar imenso em correio azul... e fazer acontecer um encontro mais... personalizado, e intimo...
ResponderEliminarAdorei o texto! Beijinhos! Já virei daqui a mais um pouco, ver mais alguns dos teus últimos posts, por aqui...
Beijinhos
Ana
Muito obrigada Ana, achei gira a referência a estas cores todas, branco, cor-de-rosa e até azul :)
Eliminarum beijinho