Cecília Meireles:
Como se morre de velhice
ou de acidente ou de doença,
morro, Senhor, de indiferença.
Da indiferença deste mundo
onde o que se sente e se pensa
não tem eco, na ausência imensa.
Na ausência, areia movediça
onde se escreve igual sentença
para o que é vencido e o que vença.
Salva-me, Senhor, do horizonte
sem estímulo ou recompensa
onde o amor equivale à ofensa.
De boca amarga e de alma triste
sinto a minha própria presença
num céu de loucura suspensa.
(Já não se morre de velhice
nem de acidente nem de doença,
mas, Senhor, só de indiferença.)
Ver: aqui
Como se morre de velhice
ou de acidente ou de doença,
morro, Senhor, de indiferença.
Da indiferença deste mundo
onde o que se sente e se pensa
não tem eco, na ausência imensa.
Na ausência, areia movediça
onde se escreve igual sentença
para o que é vencido e o que vença.
Salva-me, Senhor, do horizonte
sem estímulo ou recompensa
onde o amor equivale à ofensa.
De boca amarga e de alma triste
sinto a minha própria presença
num céu de loucura suspensa.
(Já não se morre de velhice
nem de acidente nem de doença,
mas, Senhor, só de indiferença.)
Ver: aqui
Magnífico e actual poema!
ResponderEliminarObrigada pela partilha.
Beijinhos.
De nada, Mona Lisa, não o conhecia e gostei muito
Eliminarum beijinho
Conhecia o poema da poetisa brasileira, que é tão actual.
ResponderEliminarEu não o conhecia Ematejoca (sou mais de ler prosa) gostei muito e estou a procurar ler mais poesia dela
Eliminarum beijinho
Está lindo!
ResponderEliminarTambém achei Raquel
EliminarUma excelente escolha, um poema lindo
ResponderEliminarBeijinhos
MAria
Não o conhecia e gostei muito quando o li
Eliminarum beijinho
A indiferença fica o grande mal neste mundo
ResponderEliminarAbraço
Pois Alfacinha também me parece que o é
Eliminarum abraço
Junto aqui o meu lamento pela nossa querida Teté!!!!
ResponderEliminareu soube ontem pela Afrodite, Graça
Eliminarum beijinho
Um poema lindíssimo, e que nos dá bastante sobre o que pensar...
ResponderEliminarBjs
Ana