quinta-feira, janeiro 26, 2017

Post 6007 - Livros 2017 (13) A Contadora de Filmes de Hernán Rivera Letelier

A Contadora de Filmes de Hernán Rivera Letelier


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No site da wook:
"Esta é a história de María Margarita, uma rapariga que revela um dom especial para narrar as histórias dos filmes a que assiste. Sempre que estreia um novo filme na cidade, toda a população contribui para pagar um bilhete de cinema a Margarita. Depois do filme, a jovem conta o que viu, de uma forma apaixonada, encarnando as personagens e transmitindo as imagens, a música e toda a emoção do cinema. É então que passa a ser conhecida como a Contadora de Filmes. Hernán Rivera Letelier foi o vencedor do prémio Alfaguara 2010, com a obra El Arte de la Ressurección, um dos mais prestigiados galardões literários de língua castelhana. No Chile, o seu país de origem, é um dos escritores com maior êxito."

Na contracapa:
"Como lá em casa o dinheiro andava a cavalo e nós a pé, quando chegava à Mina algum filme que o meu pai - só pelo nome do actos ou da actriz principal - achava que era bom, juntavam-se as moedas uma a uma, à justa para o bilhete, e mandavam-me ir vê-lo Depois, à vinda do cinema, eu tinha de o contar à família reunida em pleno na divisão do living".
Quando María Margarita ganha aos quatro irmãos um concurso inventado pelo pai, inválido devido a um acidente, que consistia em saber quem contava melhor um filme depois de o ter visto, o que começa por ser um ritual de família rapidamente acaba por se tornar um acontecimento em toda a povoação, à medida que os relatos da contadora de filmes ganham fama e um público cada vez maior os aguarda, impaciente. Através da história desta "fazedora de ilusões", Hernán Rivera Letelier capta a a vida no deserto chileno nos termpos áureos do cinema, criando um romance encantador na sua simplicidade e contundência."
"Hernán Rivera Letelier nasceu no Chile em 1950. Catapultado para a fama com o romance A Raínha Isabel Cantava Rancheras é autor de diversos romances multipremiados que se encontram publicados em vários países, entre os quais Argentina, México, Brasil, Espanha, França, Irália, Alemanha, Grécia e Turquia. Em 2001 foi nomeado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras pelo Ministério da Cultura de França."
Pág. 17:
"A minha mãe penteava os meus irmãos um por um; penteava-os com limão e a risca até parecia feita a régua. Menos ao Marcelino, o meu quarto irmão, que tinha o cabelo rijo que nem crina ,e penteassem-no lá como penteassem, a cabeça ficava-lhe sempre como um livro aberto. A mim,  fazia-me um rabo-de-cavalo repuxado com elásticos pretos, tão rígido que me deixava os olhos a ponto de saltar da cara."
Pág. 51
"Uma vez li uma frase - de um autor famoso, certamente - que dizia, mais ou menos, que a vida é feita de mesma matéria de que são feitos os sonhos. Eu figo que a vida pode perfeitamente ser feita da mesma ma´teria de que são feitos os filmes.
Contar um filme é como contar um sonho.
Contar uma vida é como contar um sonho ou um filme."

Gostei deste livro pela forma como está escrito e pelas personagens, sobretudo pela María Margarita, Hada Delcine. Não gostei de como termina.



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