terça-feira, janeiro 31, 2017

Post 6022

Sou o oposto do actual Presidente da República. Ele dorme por dia quatro horas, eu conseguiria dormir doze horas, sem problema...

segunda-feira, janeiro 30, 2017

Post 6021 - Cinema na televisão, Domingo 29.1.17, Predestinado

Predestinado (Predestination) de Michael Spierig e Peter Spierig, com Ethan Hawke, Sarah Snook e Noah Teylor, os irmãos australianos, realizadores e argumentistas, tomaram como inspiração o conto "All You Zombier" de Robert Anson Heinlein (ela/ele, Jane/John, tem como mãe, pai, homem, mulher, filha, salvador e assassino, sempre ele mesmo)

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Post 6020 - Livros 2017 (18) Namorado de aluguer de Kasie West

Namorado de aluguer de Kasie West

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No Google:
"Quando Bradley, o namorado de Gia Montgomery, termina com ela no estacionamento do baile de formatura, ela precisa pensar rápido. Afinal, ela vem falando dele para suas amigas há meses. Esta era para ser a noite em que ela provaria que ele não é uma invenção de sua cabeça. Então, quando vê um garoto esperando pela irmã no estacionamento do baile, Gia o recruta para ajudá-la. A tarefa é simples: passar por namorado dela — apenas duas horas, nenhum compromisso, algumas mentirinhas. Depois disso, ela pode tentar reconquistar o verdadeiro Bradley. 

O problema é que, alguns dias depois do baile, não é em Bradley que Gia está pensando, mas no substituto. Aquele cujo nome ela nem sabe. Mas localizá-lo não significa que o relacionamento de mentira deles acabou. Gia deve um favor a esse cara, e a irmã dele tem a solução perfeita: a festa de formatura da ex-namorada dele — apenas três horas, nenhum compromisso, algumas mentirinhas. 
E, justamente quando Gia começa a se perguntar se pode transformar seu namorado falso em real, Bradley reaparece, expondo sua farsa e ameaçando destruir suas amizades e seu novo relacionamento. 
Inteligente e maravilhosamente romântico, Namorado de aluguel retrata a jornada inesperada de uma garota para encontrar o amor — e possivelmente até a si mesma."

domingo, janeiro 29, 2017

Post 6019 - Porque tenho andado menos pela blogosfera

Primeiro porque neste mês tenho estado a ler mais livros. Segundo e sobretudo porque não estou a conseguir aguentar a minha net, chego a tentar fazer o mesmo comentário três vezes, perco rede nas três vezes e desisto antes de atirar o computador pela janela!

Post 6017 - Livros 2017 (17) A Sonsa de Georges Simenon

A Sonsa de Georges Simenon (La Marie Du Port)
Nº 107 da Colecção Miniatura, Livros do  Brasil, 1959
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No site da wook:
"Escritor belga de expressão francesa (Liège, 1903 ­ Lausana, 1989), deve a sua celebridade a romances (na sua grande maioria policiais) de foro psicossociológico. De entre as cerca de duas centenas de obras editadas, é de destacar o ciclo das investigações do Comissário Maigret (iniciado em 1932), os romances Les Fiançailles de M. Hire (1933), La Marie du port (1938), Les Inconnus dans la maison (1940), Le Voyageur de la Toussaint (1941), Trois Chambres à Manhattan (1946), La neige était sale (1948) e a autobiografia Mémoires intimes (1981)."
 in babelio,com, aqui
"Résumé :
A Port-en-Bessin, Marie, jeune femme de dix-sept ans, vient de perdre son père. Sa soeur Odile vient avec Henri Chatelard, son. amant, assister à l'enterrement. Celui-ci s'éprend de Marie et, pour la voir, achète un bateau dont il va chaque jour s'occuper. Que lui importe ensuite tout le reste, maintenant qu'il est pris entre la vie du port et l'amour de Marie ?...
Source : Gallimard (1938)
Jules Le Flem, pêcheur à Port-en-Bessin, vient de mourir : il laisse cinq orphelins. Le jour de l'enterrement, toute la famille est réunie. Même Odile, la fille aînée, est venue de Cherbourg où elle vit avec son amant, Chatelard, propriétaire d'un café et d'un cinéma. La proche famille discute du sort des orphelins et se partage les trois plus jeunes enfants, tandis que Marie s'engage comme serveuse au café de la Marine. Dans l'après-midi de ce même jour, Chatelard, qui a accompagné Odile, achète en vente publique « la Jeanne », le bateau de Via, un pêcheur malchanceux. L'achat de ce bateau va obliger Chatelard à de fréquentes apparitions à Port-en-Bessin et surtout au café de la Marine où il voit vivre Marie. Celle-ci le trouble d'abord par sa nature renfermée et son impassibilité, puis finit par le subjuguer tout à fait. Mais Marie a un amoureux de son âge, Marcel, le fils de Viau : humilié par son père qui le traite en gamin et excédé par l'empressement de Chatelard auprès de Marie, il tente de tuer celui-ci d'un coup de feu. Il le manque, mais Chatelard, en lui donnant une correction, le blesse sérieusement. Pour ne pas ébruiter l'affaire, il ramène Marcel chez lui où Odile se chargera de le soigner. Avec la complicité de cette dernière, Chatelard attire Marie à Cherbourg, dans le but inavoué d'en faire sa maîtresse. Or, non seulement il n'arrive pas à ses fins, mais il découvre Odile dans les bras de Marcel. Ce dernier événement précipite les choses : Marie, qui plus que jamais mérite son surnom de sournoise, par ses manigances, va faire comprendre à Chatelard à quelles conditions il peut l'avoir : l'épouser, devenir patron pêcheur, lui faire construire la maison de ses rêves à Port-en-Bessin. Après un long combat intérieur, Chatelard se décide et « marche ». Quant à Odile, elle ira à Paris...
Source : Tout Simenon (éditeur Omnibus) Lieu d'écriture : Hôtel de l'Europe, Port-en-Bessin (Calvados) octobre 1937"

Para 2017 além da decisão de ler livros melhores (mas continuando a ler livros cor-de-rosa) também decidi superar o número de livro do ano passado (até para justificar as novas aquisições), comprar menos livros enquanto não leio mais alguns do que já tenho, terminar alguns livros cuja leitura interrompi (ou porque não estavam a interessar-me como o Ulisses ou porque queria continuar na história) e voltar a reler livros que já tinha lido (sendo que quanto a alguns, recordava pouco, às vezes quase só de que tinha gostado de os ler). Li A Sonsa há alguns anos. Gostei muito de o  ler e ainda me lembrava bem da história, mas, ao ler Bairro Negro do mesmo autor, estando A Sonsa mesmo ali ao lado, resolvi reler apenas o final, passei para o meio e depois para o início. Gostei muito deste livro, mais do que de Bairro Negro, pela história, pelos personagens e  pelo final.

Post 6016 - Livros 2017 (16) Bairro Negro de Georges Simenon

Bairro Negro de Georges Simenon
Nº 89 da Colecção Miniatura, Livros do Brasil
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Em https://books.google.pt
"Neste livro de 1936  - Quartier Nègre, encontramos Germaine e o seu marido Dupuche desembarcando de um navio no Canal do Panamá e se deparando com uma recepção de pessoas negras, o que causa certo espanto inicial, estão em lua de mel e em transição rumo a Guayaquil.
Já na cidade tentam receber certa quantia em troca de uma carta de crédito e não encontram fundos no Banco.
Dupuche está em transição de carreira para assumir a directoria de uma empresa naquela cidade e à medida que o tempo vai passando, a sua situação vai-se complicando naquele local.
Ao ponto de ter de ficar na cidade e com opções restritas de vida" (não seria assim que resumiria o livro)

Na wikipédia:
Georges Joseph Christian Simenon (13/2/1903 - liège, Belgium/ 4/9/1989, Lausanne, Switzerland) was a Belgian writer. A prolific author who published nearly 500 novels and numerous short works, Simenon is best known as the creator of the fictional detective Jules Maigret.

Pág. 7
"Queriam ver a cidade. Era quase meio-dia. Enganaram-se, certamente, no caminho, porque enfiaram quase logo num bairro triste e sórdido, onde casas de madeira ladeavam os passeios atravancados de negros. O sol caía a pino. Mulheres dormiam nas soleiras das portas. Germaine achou que aquilo cheirava mal e olhou com inquietação à sua volta."

Gosto muito dos livros deste autor, que criou o Inspector Maigret. Mas além dos policiais, escreveu também romances como este Bairro Negro em que nos leva até à América Central, ao canal do Panamá, onde chega de barco um casal francês, recém-casado, Jo e Germaine Dupuche. Ele um jovem engenheiro com a expectativa de assumir um posto de engenheiro-chefe é confrontado com a falência da empresa que o tinha contratado. Ela consegue um emprego num hotel cujas regras a obrigam a separar-se do marido e arranja também um admirador rico. Ele encontra a Verónique.
Nesta mesma colecção li há vários anos A Sonsa (e também gostei muito desse livro).

Post 6015 - Livros 2017 (15) A Última Primavera de Tennessee Williams

A Última Primavera (The Roman Spring of Mrs. Stone) de Tennessee Williams
Livros do Brasil-Colecção Miniatura, nº 113
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No Goodreads
"The story of a wealthy, fiftyish American widow, recently a famous stage beauty, but now "drifting." The novel opens soon after her husband's death and her retirement from the theatre, as Mrs. Stone tries to adjust to her aimless new life in Rome. She is adjusting, too, to aging ("The knowledge that her beauty was lost had come upon her recently and it was still occasionally forgotten.") With poignant wit and his own particular brand of relish, Williams charts her drift into an affair with a cruel young gigolo: "As compelling, as fascinating, and as technically skilled as his plays." (Publishers Weekly)"
Na wikipédia
Thomas Lanier "TennesseeWilliams III (March 26, 1911 – February 25, 1983) was an American playwright. Along with Eugene O'Neill and Arthur Miller he is considered among the three foremost playwrights in 20th-century American dram
Pág. 23
"A torrente (the drift)
Entrar num quarto e sair de um quarto porque não havia verdadeiros motivos para entrar, nem quaisquer motivos para voltar a sair. Isto era a torrente. A torrente é qualquer coisa que se faz sem termos para isso uma razão.
Mas haverá uma razão para qualquer coisa? Oh, pode inventar-se uma razão, e algumas são plausíveis. Algumas são suficientemente plausíveis para serem aceites, da mesma maneira que uma desculpa é aceite por conveniência ou por comodidade social. Mas nada aconteceu. Durante um certo tempo, parecia-lhe que existia esse vazio que começou quando as pérolas se soltaram do fio e ela sacudiu uma mão que tentava detê-la. Depois voltou ao palco para consumar o acto de destruição. O palco era banhado por uma ténue luz azul que despedaçou com as suas garras de ave aprisionada como se fosse uma folha de papel. Tudo isto foi há bastante tempo. O suficiente para já não se lembrar.´"
Pág. 67
"As pequenas andorinhas a que os romanos chamam rondini regressavam agora à cidade. Durante o dia voavam invisíveis a grande altura em direcção ao Sol, mas, ao crepúsculo, desciam num movimento rápido até à altura do terraço da srª Stone. Para a srª Stone a própria cidade parecia-lhe realizar qualquer preguiçosa mágica de levitação. Todas as manhãs primaveris, quando vinha para o terraço, a teia das ruas emaranhadamente tecida e coberta de poalha dourada, em que as cúpulas das igrejas se erguiam como aranhas tecedoras, parecia ter perdido mais gravidade, pairando gradualmente, subindo imponderavelmente no calor azul dourado dos dias, apenas serenidade, apenas leveza, sem qualquer esforço."
Pág 146
"A figura olhou para cima e para ela, com um simples e rápido levantar de cabeça, e agora mesmo saía da sua vista, não para se afastar, mas para vir até ela. Desaparecia, não, já tinha desaparecido sob a cornija por cima da porta do pallazzo, e dentro de instantes, daqui a poucos minutos, o nada acabaria, o vácuo terrível seria devassado por alguma coisa.
A srª Stone olhou para o céu que lhe deu a impressão de se ter subitamente detido. Riu-se de si para si, e segredou: Vejam! Parei a torrente!"
Imensamente bem escrito.

Post 6014 Há pouco...



(quando o escrevi 333,333)




sábado, janeiro 28, 2017

La La Land

Sexta-feira, 27.1.2017
La La Land Melodia de Amor de Damien Chazelle, com Ryan Gosling,Emma Stone, John Legend

Em Los Angeles, o pianista de jazz Sebastian conhece a aspirante a actriz Mia e os dois apaixonam-se enquanto procuram o sucesso (gostei da música, das coreografias, de algumas cenas entre os dois, mas não gostei de como termina)
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Post 6012 Livros 2017 (14) A Neta do Senhor Linh de Philippe Claudel

A Neta do Senhor Linh de Philippe Claudel
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Na capa e contrapaca:
"Uma pequena maravilha"  Livres Hebdo
"Numa fria manhã de Novembro, depois de uma penosa viagem de barco, um ancião desembarca num pais que não é o seu, onde não conhece ninguém e cuja língua ignora. O Senhor Linh foge de uma guerra que lhe roubou a família e a aldeia onde sempre viveu, para o deixar rodeado de morte e devastação. A guerra acabou com tudo, excepto com a sua neta, uma menina tranquila que adormece serenamente sempre que o avô lhe canta uma melodia que as mulheres da sua família transmitiram de geração em geração. Instalado num centro de acolhimento para refugiados, o Senhor Linh sobrevive apenas em função da neta, até ao momento em que conhece o Senhor Bark, um homem robusto e afável cuja mulher morreu recentemente. Um afecto espontâneo nasce entre dois solitários que falam línguas distintas mas que são capazes de se compreender entre silêncios e pequenos gestos. Ambos se encontram regularmente num banco com vista para o parque até ao dia em que os serviços sociais levam o Senhor Linh pra um local que ele não está autorizado a abandonar. O Senhor Linh consegue, contudo, escapar, com a neta e penetrar na cidade desconhecida, decidido a encontrar o seu único amigo. A sua coragem e determinação vão conduzi-lo a um desenlace inesperado e profundamente comovente.
Fábula sublime sobre o exílio e a solidão. A neta do Senhor Linh é um hino a emas universais - a amizade, a solidariedade e a compaixão - escrito com a elegância e a limpidez dos grandes clássicos da literatura.
Escritor e argumentista Philippe Claudel nasceu em Nancy, em 1962,. Em 2003, veria dois romances seus premiados: Les Petites Mécaniques venceu o Prémio Goncourt de la Nouvelle e Almas Cinzentas (...) foi galardoado com o Prémio Renaudot e o Prémio das Leitoras da Elle, ao mesmo tempo que era considerado pela revista Lire como o mais importante romance publicado em França durante o ano de 2003. Foi ainda ainda adaptado ao cinema e traduzido para 22 idiomas."
"Uma fábula carregada de tristeza e silêncio para ler mil vezes" Le Fígaro
"Uma boa surpresa: lê-se com tanta facilidade que dificilmente se esquece  e depressa se nos revela profundamente assombroso." Lire
"Talvez seja esta a matéria de um clássico - a palavra certa para a fase certa no momento exacto: a medida justa das coisas. A Neta do Senhor Linh é um livro dessa ordem, com essa elegância e sobriedade: Um tesouro encontrado a meio caminho entre o romance e o conto. Uma pérola." Público
Pág. 8
"De vez em quando murmura uma canção à menina, sempre a mesma, e vê abrirem-se os olhos e a boca de um recém-nascido. Observa-o, e vê mais do que o rosto de um bebé muito pequeno. Vê paisagens, manhãs luminosas, a marcha lenta e serena dos búfalos nos arrozais, a sombra das figueiras-de-bengala à entrada da sua aldeia, a bruma azul que desce das montanhas ao anoitecer, à maneira de um xaile que desliza suavemente pelos ombros."
Pág. 33
"Mas trata-se apenas de uma lenda que se conta às crianças, ao serão, junto da lareira, a fim de que tenham cuidado e não se afoguem, pois, na verdade, o rio é muito bonito, de água límpida e farta em peixes, na qual todos os habitantes gostam de se refrescar. Apanham camarões de água doce e caranguejos pequenos que depois assam nas brasas. Os homens levam os búfalos a beber ao rio. As mulheres lavam a roupa e também as longa cabeleiras, que flutuam à superfície da água, assemelhando-se então a algas de sede negra. Antes de ser estufado, o bambu mergulha na água. O rio tem a cor das árvores nele reflectidas e cujas raízes se aprofundam no seu leito em busca de frescura. Pássaros verdes e amarelos rasam a superfície. Parecem flechas de luz, fugazes, quase imaginários."

Gostei muito deste livro, pela forma como está escrito, pela história que conta, pelas descrições e imagens, pelas personagens, o Sr. Linh e o Sr. Bark, pela amizade que vemos acontecer apesar de falarem línguas diferentes  (e mesmo tendo adivinhado nas primeiras páginas o que será a grande revelação do final).
Deste autor já li e gostei muito de Almas Cinzentas.

Post 6011 Hoje no Google



Ano Novo Chinês - Galo do Fogo

Post 6010 - 300


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quinta-feira, janeiro 26, 2017

Post 6008 Hoje no Google



Na Wikipédia
"Elizabeth "Bessie" Coleman (26.1.1892/30.4.1926) foi uma aviadora civil estadunidense e primeira mulher afroamericana a tornar-se piloto nos Estados Unidos. Foi também a primeira mulher de ascendência africana a conseguir licença como piloto internacional."

Post 6007 - Livros 2017 (13) A Contadora de Filmes de Hernán Rivera Letelier

A Contadora de Filmes de Hernán Rivera Letelier


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No site da wook:
"Esta é a história de María Margarita, uma rapariga que revela um dom especial para narrar as histórias dos filmes a que assiste. Sempre que estreia um novo filme na cidade, toda a população contribui para pagar um bilhete de cinema a Margarita. Depois do filme, a jovem conta o que viu, de uma forma apaixonada, encarnando as personagens e transmitindo as imagens, a música e toda a emoção do cinema. É então que passa a ser conhecida como a Contadora de Filmes. Hernán Rivera Letelier foi o vencedor do prémio Alfaguara 2010, com a obra El Arte de la Ressurección, um dos mais prestigiados galardões literários de língua castelhana. No Chile, o seu país de origem, é um dos escritores com maior êxito."

Na contracapa:
"Como lá em casa o dinheiro andava a cavalo e nós a pé, quando chegava à Mina algum filme que o meu pai - só pelo nome do actos ou da actriz principal - achava que era bom, juntavam-se as moedas uma a uma, à justa para o bilhete, e mandavam-me ir vê-lo Depois, à vinda do cinema, eu tinha de o contar à família reunida em pleno na divisão do living".
Quando María Margarita ganha aos quatro irmãos um concurso inventado pelo pai, inválido devido a um acidente, que consistia em saber quem contava melhor um filme depois de o ter visto, o que começa por ser um ritual de família rapidamente acaba por se tornar um acontecimento em toda a povoação, à medida que os relatos da contadora de filmes ganham fama e um público cada vez maior os aguarda, impaciente. Através da história desta "fazedora de ilusões", Hernán Rivera Letelier capta a a vida no deserto chileno nos termpos áureos do cinema, criando um romance encantador na sua simplicidade e contundência."
"Hernán Rivera Letelier nasceu no Chile em 1950. Catapultado para a fama com o romance A Raínha Isabel Cantava Rancheras é autor de diversos romances multipremiados que se encontram publicados em vários países, entre os quais Argentina, México, Brasil, Espanha, França, Irália, Alemanha, Grécia e Turquia. Em 2001 foi nomeado Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras pelo Ministério da Cultura de França."
Pág. 17:
"A minha mãe penteava os meus irmãos um por um; penteava-os com limão e a risca até parecia feita a régua. Menos ao Marcelino, o meu quarto irmão, que tinha o cabelo rijo que nem crina ,e penteassem-no lá como penteassem, a cabeça ficava-lhe sempre como um livro aberto. A mim,  fazia-me um rabo-de-cavalo repuxado com elásticos pretos, tão rígido que me deixava os olhos a ponto de saltar da cara."
Pág. 51
"Uma vez li uma frase - de um autor famoso, certamente - que dizia, mais ou menos, que a vida é feita de mesma matéria de que são feitos os sonhos. Eu figo que a vida pode perfeitamente ser feita da mesma ma´teria de que são feitos os filmes.
Contar um filme é como contar um sonho.
Contar uma vida é como contar um sonho ou um filme."

Gostei deste livro pela forma como está escrito e pelas personagens, sobretudo pela María Margarita, Hada Delcine. Não gostei de como termina.



Post 6006 Livros 2017 (12) O Baile de Irène Némirovsky

O Baile de Irène Némirovsky

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Na Contracapa:
"Antoinette tem catorze anos e deseja participar, mesmo que apenas por instantes, no baile que os seus pais, os Kampf, organizaram para ostentar a sua recém-adquirida riqueza. Mas a mãe decide não permitir a presença da filha, cujo corpo e maneiras a envergonham.
Desesperada, Antoinette vai vingar-se de um modo tão radical como inesperado.
O Baile, um romance de iniciação sobre a adolescência e os seus tormentos, foi um dos primeiros livros escritos por Irène Némirovsky, prematuramente morta em Auschwitz em 1942.
Surgida em 1930, a novela, inspirada nas difíceis relações entre a autora e a sua mãe, confirmou uma grande escritora, capaz de descrever a crueldade adolescente, ao mesmo tempo natural e premeditada, marcada pelo humor e pela ternura.
Irène Némirovsky nasceu a 11 de Fevereiro de 1903, em Kiev, Ucrância, numa família de banqueiros judeus.
A sua infância decorreu num tempo de violência e progroms anti-semitas.
O seu pai, Leon, não praticava a religião judaica, o que permitia à família frequentar a sociedade russa culta e europeizada, Irène teve mesmo uma preceptora francesa que lhe ensinou História e lhe leu Os Miseráveis quando contava apenas sete anos.
Em 1912, as perturbações políticas e as manifestações anti-semitas levaram o pai de Iréne a enviá-la, e à mãe, Fanny, para França. Em Paris, Fanny levou uma intensa vida social, deixando a filha entregue à sua preceptora.
Em 1914, a família fixou-se em São Petersburgo.
A Revolução de Outubro de 1917 leva a que o pai de Irène seja perseguido. A família Némirovsky oculta-se num pequeno apartamento moscovita, em cuja biblioteca Irène lê Huysmans, Maupassant, Wilde e Platão. Em Fevereiro de 1919 mãe e filha refugiam-se na Finlândia, disfarçadas de camponesas, com as jóias e dinheiro ocultos nas vestes. É já na Finlândia que Irène começa a escrever.
Depois de uma passagem por Estocolmo, a família instala-se em Paris, onde o pai de Irène refaz a sua fortuna a partir de uma sucursal do seu banco russo.
Ao regressar a Paris, Irène tem dezasseis ano, Licencia-se em Letras e publica, sob pseudónimo, em revistas. Goza de bastante liberdade como resultado do abandono maternal e das longas ausências do pai. Frequenta os meios intelectuais dos exilados russos, onde encontra Michel Epstein, um banqueiro com quem se casará em 1925.
As tensas relações com a sua mãe, Fanny, vão fornecer-lhe tema para algumas das suas obras. Fanny despreza a filha, que considera uma rival. Obcecada pelo envelhecimento, apresenta-a como irmã mais nova no baile que o pai organiza em honra dos seus dezoito anos. Pelas mesmas razões, pede-lhe para abortar quando Irène lhe anuncia a gravidez, pois recusa-se a ser avó.
David Golder, publicado em 1929 é o primeiro romance de Irène Némirovsky e foi saudado pela crítica como uma obra-prima. O Baile, publicado em 1930 teve igual aceitação. E durante os anos 30 Irène publica nove romances e uma antologia de contos.
Irène vai torna-se popular nos meios intelectuais parisienses, onde através do seu editor, Grasset, encontra Cocteau, Morand e Montherlant. Mas os seus dias felizes vão terminar com a subida de Hitler ao poder na Alemanha em 1933.
Inicialmente, Irène não tem noção do perigo que corre, apesar de o seu pai lhe ter recomendado, em 1926 que partisse para os EUA. Considera-se uma escritora francesa, mãe de duas crianças francesas e afastada das suas raízes judaicas.
Por outro lado, nem ela nem o  marido haviam solicitado a nacionalidade francesa, e quando tentam fazê-o em 1938 é já demasiado tarde.
Em 1940, as tropas alemãs ocupam Paris e o governo colaboracionista de Vichy aplica com zelo as leis alemãs antijudaicas. Michel Epstein é impedido de exercer a profissão de banqueiro e Irène é proibida de publicar e de receber direitos autorais. Apesar do apoio do seu editor, Albin Michel, a situação degrada-se. A 13 de Julho de 1942, Irène é presa pela polícia francesa, internada em Pithiviers e depois deportada para Auschwitz, onde morre a 17 de Agosto (o marido será igualmente morto em Novembro de 1942). As duas filhas são salvas in extremis  e internadas num convento."
Pág. 44:
"Recomeçou a espreitar; a vidraça embaciava-se sob os seus lábios; limpava-a com fúria e encostava a cara outra vez. Por fim, impaciente, abriu os batentes de par em par. A noite estava límpida e fria. Pôde então ver nitidamente, com o olhar perspicaz dos quinze anos, as cadeiras alinhadas ao longo da parede, os músicos em redor do piano, Ficou imóvel durante tanto tempo que deixou de sentir o rosto e os braços nus. Por breves instantes, sentiu-se alucinada a ponto de pensar que nada acontecera, que vira a ponte em sonhos, as águas negras do Sena, os convites rasgados esvoaçando e que, por milagre, os convidados iam entrar e a festa começar."

Gostei muito deste livro e vou procurar ler outros livros da mesma autora. Ao contrário do que consta na contracapa não interpretei a interdição da mãe à ida da filha ao baile por o corpo e as maneiras desta a envergonharem, mas por querer a mãe ser jovem e negar a existência de uma filha já com idade para ir ao baile.


Post 6005 - Desafio de Escrita 2/10 Diálogo

A mãe avisou-o de manhã que logo o avô viria falar com ele.
O dia na escola não lhe correu bem. Estava sempre a lembrar-se da conversa anunciada. Depois da directora ter ligado à mãe, esta olhara para ele com ar severo, e dissera-lhe que ia contar ao avô. A seguir veio o aviso daquela manhã. Chegou a casa e mal conseguiu lanchar. Ao contrário do que costumava fazer, não foi brincar e sentou‑se à mesa, com a cópia e os exercícios de matemática, sempre em sobressalto quando pensava que era o avô que chegava. O pai estava longe a trabalhar. Em casa tinham ficado só ele e a mãe, que também saía para trabalhar quando o deixava na escola. Só o avô parecia ter tempo para ele. Quando o ia buscar à escola era uma festa. Não queria que o avô pensasse mal dele.
Já escurecia e foi preciso ligar a luz, quando o avô chegou.
Não foi a correr ter com ele como normalmente fazia, esperou que chegasse ao pé de si, nos seus passos vagarosos e se sentasse na cadeira ao seu lado.
- Então, Martim, conta-me o que se passou na escola.
Tinha tanta vergonha que nem levantou os olhos:
- Bati no Paulo, avô.
- E porque é que fizeste isso?
- Ele disse que o pai se foi embora porque não gostava de nós. Gritei com ele que era mentira, ele riu e bati-lhe, dei-lhe um soco no nariz.
- O pai está longe a trabalhar porque gosta de ti e da mãe e não ia gostar do que fizeste.
- Fiz mal avô, desculpa. Não torno mais.
Chorava quando o disse.
O Avô abraçou-o. Nos seus olhos, amor e perdão.
A nuvem negra dissipou-se. Martim pôde voltar a ser ele e foi brincar.

terça-feira, janeiro 24, 2017

Post 6003 Dvulgação

Pelo Continente, Hipermercado, além da mesa com livros a 50% estão a comemorar o 10º aniversário com vários descontos (por acaso não deu para aproveitar nenhum), dias 23, 24 e 25 deste mês. Passei por lá ontem à noite a seguir a um jantar muito, muito leve e tinham numa mesa um grande bolo branco e vermelho - as cores do Continente - para celebrar o aniversário. 
Estavam a oferecer fatias às pessoas que passavam por lá, mas talvez por eu ter ido direita aos livros não consegui que me oferecessem nenhuma. Ainda tentei que N fosse até lá buscar uma pequena fatiazinha do bolo para mim, mas N. afastou a ideia, opinando que bolo devia ter estado lá o dia todo a ganhar pó :(
Nunca se sabe pode ser que hoje o bolo ainda esteja lá e passando por lá talvez hoje consiga uma fatia...

Post 6002 - Domingo, 22.1.2017



Cinema Indiano - Perfume de Amor (título original, Aiyyaa) de Sachin Kundalkar, com Rani Mukerji, Prithviraj, Sukumaran, Nirmiti Sawant


"Resumo:Meenakshi é uma jovem Marathi, que vive no mundo dos sonhos, e nos seus sonhos a única coisa que faz é dançar e interpretar as suas atrizes de Bollywood favoritas.
A família de Meenakshi está à procura de um noivo adequado, mas Meenakshi, que não acredita em casamentos arranjados, está à espera do seu príncipe e quer um casamento de sonho. Consegue um emprego numa escola de arte, onde se apaixona por um artista Tamil, Surya, por quem se sente estranhamente atraída."

segunda-feira, janeiro 23, 2017

Post 6001 - Livros Feira do Livro ou Outlet - Sexta-feira, 20.1.17

Começou no dia 19 de Janeiro e termina a 19 de Fevereiro, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto
Ver mais aqui (onde fui buscar a fotografia)



De lá trouxe A Máquina de René Belletto, o Louco do Czar de Jaan Kross e Alto Risco de Alice Hoffman, os três da colecção da Dom Quixote, Ficção Universal e o livro O Modelo de Lars Saabye Christensen (esgotado nas livrarias), além de outros para oferecer.



Loving de Jeff Nichols, com  Joel Edgerton e Ruth Negga
"Interracial couple Richard and Mildred Loving fell in love and were married in 1958. They grew up in Central Point, a small town in Virginia that was more integrated than surrounding areas in the American South. Yet it was the state of Virginia, where they were making their home and starting a family, that first jailed and then banished them. Richard and Mildred relocated with their children to the inner city of Washington, D.C., but the family ultimately tries to find a way back to Virginia."

Loving (2016 film).jpg


sábado, janeiro 21, 2017

Post 6000 Livros 2017 (11) Um Homem no Jardim Zoológico de David Garnett

Um Homem no Jardim Zoológico de David Garnett
Edição Livros do Brasil, Colecção Miniatura, nº 91

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Do autor li há dias e desta mesma colecção A Mulher-Raposa e aqui, mais uma vez, temos algo estranho tratado com grande normalidade - um homem, depois de uma discussão com a namorada propõe-se ir viver, e consegue, numa jaula no Jardim Zoológico. Como no outro livr,o entre o casal há afecto, mas neste livro temos um final mais feliz.

David Garnett (Brighton, 9.3.1892 - Ontcuq, França, 17.2.1981), escritor editor britânico, membro do grupo de Bloomsbury. Obteve reconhecimento literário quando o seu romance A Mulher-Raposa (lady in to Fox no original) foi agraciado em 1922 com o prémio James Tait Black Memorial de ficção.


Pág. 22
"Em poucos dias prepararam a jaula que o havia de albergar. Ficava na secção dos antropóides e tinha, nas traseiras, um quarto dividido com tabique. parte para alcova, para para banho, Foi oficialmente admitido num Domingo à tarde e apresentado ao tratador Collins, que tinha igualmente a seu cargo o orangotango, o gibão e o chimpanzé."

quinta-feira, janeiro 19, 2017

Post 5999 - 299

E antes que algum desista, neste momento este blogue atingiu o incrível número de 299 seguidores!!!
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