Hoje, enquanto almoçava pude ouvir declamar dois poemas:
As bruxas de Bruxelas
batem panelas
pra espantar as baratas tontas
que vivem nas pontas
dos sapatos delas
batem panelas
pra espantar as baratas tontas
que vivem nas pontas
dos sapatos delas
de Angélica Freitas (Rilke Shake, Rio de Janeiro: 7Letras, 2007)
que tem o blogue Tome uma Xícara de Chá
E um poema de Mário Cesariny
(ainda não consegui encontrar o que ouvi)
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
(in "Pena Capital")
Ainda que mal pergunte e corra o risco de estar a ser indiscreto: e onde foi o almoço, Gabi?
ResponderEliminarNo Ponto Zero em S. João da Madeira :)
EliminarAdoro esse poema, desde a minha adolescência...
ResponderEliminarEm Todas as Ruas te Encontro
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny, in "Pena Capital"
Bjs
Eu não conhecia, vou tentar encontrar o livro e outros poemas dele.
ResponderEliminarum beijinho