"Quem tropeça é sempre alguém que se distrai a olhar para as estrelas" Vladimir Nabokov (nome do blogue veio do livro para crianças de Virgínia de Castro e Almeida)
terça-feira, junho 30, 2015
segunda-feira, junho 29, 2015
domingo, junho 28, 2015
Post 4891 Luís Falcão
Depois de ter lido no jornal, procurei no Google:
"Estávamos juntos
mas o meu coração afastava-se em silêncio
como se esperasse a chegada da neve ou de Deus"
Luís Falcão
eu tinha meus pés naquela parte da vida
onde não se pode ir com intenção de regressar
dante allighieri, in 'vita nuova'
ocupei o dia com pequenas tarefas
para silenciar um pedido uma súplica
(..)
esperando que um vento frio
dispa de folhas todos os ramos
um dia hei-de pensar no teu rosto
com um dedo que feche pálpebras
e direi
extinguiu-se a minha adoração
e nunca mais procurarei
os vestígios dos teus passos no mundo
percebo demasiado tarde
que a vida é apenas isto
um lugar de abandono
com ciprestes na beira da estrada
nunca foi diferente, por meu, tenho apenas
o vento de outono, as tílias destruídas
e a dolorosa certeza de em tudo ter falhado
quando te afastas
uma fina poeira de gelo
cobre os ramos de todas as árvores
e delicadamente
atravessas os destroços
em que deixas tudo o que amaste
não te demores no meu rosto
habita-o uma despedida
um mundo de onde Deus se ausentou
não sei dizer de onde chegam as tuas mãos
mas essa luz não pertence a este mundo
só dedos assim tão finos
poderiam penetrar a espessura da noite
trazendo ainda frescas umas gotas da manhã
sentir o cair das folhas
como uma advertência íntima
o primeiro passo para um encontro
um regresso ao coração
a primavera prossegue
com outras palavras
o discurso ruinoso do inverno
estávamos juntos
mas o meu coração afastava-se em silêncio
como se esperasse a chegada da neve ou de Deus
fizeste da tua vida
uma catedral abandonada
horas esquecidas
em adoração nocturna
pedindo silêncio
a tudo o que perdeste
(..)
o mundo inteiro irreconhecível
o amor a arder por entre as rosas
a chuva no teu rosto é um milagre de cristais
não conheço um relâmpago que não nasça nos teus olhos
a minha vida
caindo
como neve na escuridão
(..)
caminhamos para o silêncio
e para a escuridão indefinível dos bosques
luis falcão, in 'pétalas negras ardem nos teus olhos'
editora assírio & alvim, 2007
"Estávamos juntos
mas o meu coração afastava-se em silêncio
como se esperasse a chegada da neve ou de Deus"
Luís Falcão
pétalas negras ardem nos teus olhos
onde não se pode ir com intenção de regressar
dante allighieri, in 'vita nuova'
ocupei o dia com pequenas tarefas
para silenciar um pedido uma súplica
(..)
esperando que um vento frio
dispa de folhas todos os ramos
um dia hei-de pensar no teu rosto
com um dedo que feche pálpebras
e direi
extinguiu-se a minha adoração
e nunca mais procurarei
os vestígios dos teus passos no mundo
percebo demasiado tarde
que a vida é apenas isto
um lugar de abandono
com ciprestes na beira da estrada
nunca foi diferente, por meu, tenho apenas
o vento de outono, as tílias destruídas
e a dolorosa certeza de em tudo ter falhado
quando te afastas
uma fina poeira de gelo
cobre os ramos de todas as árvores
e delicadamente
atravessas os destroços
em que deixas tudo o que amaste
não te demores no meu rosto
habita-o uma despedida
um mundo de onde Deus se ausentou
não sei dizer de onde chegam as tuas mãos
mas essa luz não pertence a este mundo
só dedos assim tão finos
poderiam penetrar a espessura da noite
trazendo ainda frescas umas gotas da manhã
sentir o cair das folhas
como uma advertência íntima
o primeiro passo para um encontro
um regresso ao coração
a primavera prossegue
com outras palavras
o discurso ruinoso do inverno
estávamos juntos
mas o meu coração afastava-se em silêncio
como se esperasse a chegada da neve ou de Deus
fizeste da tua vida
uma catedral abandonada
horas esquecidas
em adoração nocturna
pedindo silêncio
a tudo o que perdeste
(..)
o mundo inteiro irreconhecível
o amor a arder por entre as rosas
a chuva no teu rosto é um milagre de cristais
não conheço um relâmpago que não nasça nos teus olhos
a minha vida
caindo
como neve na escuridão
(..)
caminhamos para o silêncio
e para a escuridão indefinível dos bosques
luis falcão, in 'pétalas negras ardem nos teus olhos'
editora assírio & alvim, 2007
Etiquetas:
Luís Falcão,
Para lembrar,
Poesia
sexta-feira, junho 26, 2015
quinta-feira, junho 25, 2015
Post 4887 Quarta-feira, 24.6.15
Apenas para relembrar a terrível injustiça:
Em cidade local de trabalho não é feriado!
Saí de manhã e pelo Porto parecia Domingo (se por acaso me lembrasse de sair de casa num Domingo de madrugada em vez de ficar a dormir).
Tudo silencioso e cheio de lugares para estacionar.
Acho que vi o resto de um balão desmaiado num passeio, mas não parei para confirmar.
Aproximo-me da Av. Fernão Magalhães e constato em choque que semáforo não está a funcionar!!
Reduzo velocidade (já ia devagar), desligo a rádio, abro a janela e cautelosamente aproximo-se do cruzamento.
Entretanto, se até então pela cidade vazia apenas eu circulava, sem que eu me tivesse apercebido, atrás de mim aproximava-se velozmente outro veículo, também a querer virar à esquerda na aproximação da Fernão Magalhães. Indiferente à necessária cautela com que rodeara a minha condução (devia ter antes a perspectiva que um azar nunca vem só, para ele não só o semáforo tinha avariado como tinha tido que deparar com uma condutora trenga à sua frente) buzinou-me. Lá acabámos por virar os dois, e depois de ter conseguido a proeza de ser buzinada em ruas quase sem trânsito, acelerei feliz por já me encontrar numa via em que os semáforos funcionavam.
quarta-feira, junho 24, 2015
Post 4886 - Pela blogosfera
Blogue que descobri recentemente:
- Call, para as paredes!
Diário de uma menina que, por acaso, trabalha num call center
ou http://callparaasparedes.blogs.sapo.pt/
(escreve muito bem e com sentido de humor)
- Call, para as paredes!
Diário de uma menina que, por acaso, trabalha num call center
ou http://callparaasparedes.blogs.sapo.pt/
(escreve muito bem e com sentido de humor)
Post 4885 Terça-feira, 23.6.15 (perto de casa)
(Nos Piratas das Caraíbas - uma aventura para toda a família...ainda não tive coragem tempo para experimentar...)
(nos carrinhos de choque estava um condutor a falar ao telemóvel enquanto conduzia...até aqui)
(N acertou com uma seta num balão e conseguiu meter outra dentro de uma roda, quase conseguíamos uma bola gigante - só teria sido preciso acertar em mais dois balões e em duas rodas)
(fartura leve - compramos seis e oferecem mais duas)
segunda-feira, junho 22, 2015
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