quarta-feira, janeiro 14, 2015

Post 4481 Livros 2015 (14) Contos hieroglíficos de Horace Walpole

Contos hieroglíficos de Horace Walpole

Na contracapa:
"Numa Europa imensa ainda no neo-classicismo surgiu, de repente, O castelo de Otranto, do político e homem de letras inglês, Horace Walpole. Romance quase irracional que desafiava todos os padrões literários e violava todas as regras do bem escrever. o Seu sucesso foi tal que despoletou toda uma revolução que grassou por uma Europa boquiaberta. E um dia Walpole confidenciou a um amigo "...e tenho coisas ainda mais estranhas na minha gaveta...mais estranhas que o O castelo de Otranto".
Os Contos hieroglíficos constituem, de factos, os mais delirantes textos da literatura de todos os tempos. Feitos para subverter e minar todas as técnicas narrativas conhecidas, o seu nonsense cruza histórias bizarras e fábulas modernas que percorrem trilhos exóticos, das arábias à Irlanda, da China a Veneza, da Jordânia à Espanha muçulmana."
"Horace Walpole (1717-1797), filho do primeiro ministro Robert Walpole, rapidamente singrou no mundo da política, mas foi no ano de 1764 que deixou a sua marca na história inglesa e mundial através da literatura, com a publicação de O Castelo de Otranto, obra que marcou o início e traçou os contornos de todo o movimento gótico europeu. Este romance inqualificável e os seus ainda mais inqualificáveis Contos Hieroglíficos (1795) antecipam o surrealismo e a modernidade literária."
Não li (ainda?) O Castelo de Otranto e também por isso não tinha ideia de como seria este livro, Os Contos Hieroglíficos. São contos breves e tão actuais no sentido de humor e nonsense que me parece absolutamente incrível que tenham sido escritos no século XVIII.
Extracto:
"Conto 2
O Rei e suas três filhas
Havia antigamente um rei que teria três filhas - ou seja, teria tido três filhas, se tivesse tido mais uma. Mas seja por que razão for, a mais velha nunca chegou a nascer. Era extremamente formosa, dotada de uma sagacidade viva e falava francês na perfeição - nisto, todos os autores da época concordam, e no entanto nenhum deles afirma que a donzela tenha alguma vez existido."

3 comentários:

  1. Parece interessante, Gábi.
    Beijinho

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  2. O "nonsense" é sempre uma forma de humor que nos deixa estupefactos pelo disparate que nos transmite ! :)))
    ... e neste caso, este tipo de humor no séc. XVIII, é caso para nos deixar boquiabertos ! rsrs
    O nome dos contos (hieroglíficos), muito bem aplicado ! ahahah

    Bjs.
    :))

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  3. Gostei muito deste pequeno livro Observador :)
    um beijinho



    Surpreendeu-me sobretudo por se tratar de um autor do Séc XVIII, Rui :)
    um beijinho

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