Post 3317

Saí para comprar jornal, revista, pão e base de sopa e fazer aposta no euromilhões. Céu cinzento, mas tive sorte e não choveu. Na ida, passei por um senhor baixo e magrinho, com ar assustado. Lembrei-me da notícia  de manhã, da senhora furtada em trinta mil euros porque abriu a porta a alguém que se apresentou falsamente como funcionário da Segurança Social. Os crimes que mais me revoltam são os cometidos contra  vítimas mais frágeis, como crianças e idosos.

Tive de esperar na Papelaria porque à minha frente três outras pessoas apresentavam apostas e compravam tabaco. Na saída, o Sr. que me atendeu, desejou-me "continuação" e Boa Páscoa. Lembrei-me deste post no Crónicas on the rocks. Antes de o ter lido, não reparava no "continuação".

Na Mercearia, pedi ao Sr. para  me cortar um quilo de abóbora e ele só de vista acertou em 999 gramas e contou-nos uma anedota sobre dois amigos que vão num comboio. Passam por um campo com ovelhas, e um diz para o outro, que são cento e vinte ovelhas. Perante o espanto deste, que àquela velocidade tivesse conseguido contar as ovelhas, respondeu-lhe que tinha sido simples, bastara contar as pernas e dividir por quatro. Passo por um automóvel estacionado de onde se ouve a rádio, e é por isso que me apercebo que está lá o condutor, talvez à espera de alguém. Escuto guitarras, e o senhor que vislumbro só de lado, tem cabelo grisalho para o comprido e parece certo para aquela música.