Post 2830 Livros e pratos

Quando era criança não gostava de comer, embora costumasse beber diariamente copos de leite, e se me oferecessem um chocolate também trataria de o devorar rapidamente (infelizmente, só raramente é que ganhava um).

 Contudo, esta confissão foi apenas uma mera introdução a post sobre pratos em livros. Tendo começado a ler a partir dos sete anos - primeiro Os Cinco da Enid Blyton, depois outras séries da mesma autora, como Os Sete - que me pareceram mais infantis que os cinco, As Gémeas, O Colégio das Quatro Torres, os livros da colecção azul, da Condessa de Ségur e outros autores, livros da biblioteca das raparigas e da biblioteca dos rapazes, obras de Emílio Salgari, de Julio Verne, etc.) cedo deparei com descrições de comidas e bebidas que pareciam mais apetitosas do queriam que comesse, como sopa. 

E principiei então a planear um dia provar estes pratos refinados e exóticos, como galinha fria, caviar, água de côco, etc. 

Experimentei esta quando fui a Cabo Verde, directamente de um côco acabado de cortar. Não é mau, mas esperava que fosse mais fresco, assim como uma 7UP saída do frigorífico.  A galinha fria é parecida com a quente, para pior...Caviar só provei uma vez, acho que numa recepção ou num casamento e era tão horrível que decidi não voltar a experimentar tão cedo. 

De qualquer modo, a ideia que cozinhei enquanto lia, permanece e os pratos nos livros, ainda que de sopa, também permanecem como iguarias inalcansáveis.