terça-feira, setembro 25, 2012

Post 2814 Sobre a grande injustiça dos contos de fadas

Em que se revelam as conclusões de profundo estudo sobre os contos de fadas
Estudo revelou desde logo a existência  de nascimentos sucessivos de três filhos do mesmo género numa percentagem de 89,9%.
Podem ser três rapazes ou três raparigas, mas não dois rapazes e uma rapariga, ou duas raparigas e um rapaz, e muito menos quatro rapazes ou quatro raparigas, etc. Proliferam as famílias dos três rapazes ou das três raparigas e são inúmeros os contos em que logo no início, encontramos o rei, ou talvez melhor  a rainha, que teve três filhos ou que teve três filhas.
Tudo bem, para já, até pareceria uma situação perfeitamente inofensiva.
Mas, se continuarmos a ler, iremos descobrir que em 80% dos casos, os dois irmãos mais velhos ou as duas irmãs mais velhas, serão uns parvos ou malvados (exemplo: o gato das botas ou a cinderela), e em 19,99% dos casos, será o irmão mais velho o herói, e os mais novos serão um pouco palermas (exemplo, os três porquinhos).
E o irmão ou irmã do meio? Terá de ser sempre uma malvada que não consegue enfiar o sapato ou um inconsciente que constroi uma  frágil casa de madeira e depois tem de fugir do lobo mau? 
É que pela moral destes contos de história não se sendo o primeiro ou o terceiro, podemos logo antecipar que no final da história não vamos ter o happily ever after, antes será uma sorte se formos apenas corridos do reino.
Felizmente, e aqui temos o 0,01%, existirão alguns contos que fazem justiça aos pobres irmãos ou irmãs do meio e encontrei um, no livro Os Mais Belos Contos de Fada, vendido há muitos anos pelas Selecções do Reader's Digest. Na história "Olhinho, dois olhinhos e três olhinhos", temos três irmãs, a mais velha e a mais nova têm um e três olhinhos respectivamente, e infernizam a vida da pobre irmã do meio, que tem dois olhinhos, e por isso é considerada vulgar, mas que no final acaba bem e feliz.

(e claro que a redacção deste post não está em absoluto relacionada com a eventualidade da sua autora ser ou não irmã do meio).

16 comentários:

  1. POr dever académico li em tempos o livro "Psicanálise dos contos de fadas" que também tinham conclusões muito digamos, preocupantes...

    ResponderEliminar
  2. Este texto dá direito, se ainda não o é, ao grau de mestre em contos de fada! :-))
    Eu sou a mais nova de duas por isso a minha vida não dá para um conto de fadas! :-))

    Abraço

    ResponderEliminar
  3. A aanálise dos contos de fadas dava pano para mangas...

    ResponderEliminar
  4. Uma das minhas irmãs leu o livro e partilhou as concluões preocupantes...ainda me recordo de uma ou duas e um destes dias talvez vá ler também o livro.



    Isso é que foi uma sorte Rosa dos Ventos, se nascia uma terceira ia ser bem duro conseguir depois entrar para a percentagem do 0,01%...(de verdade mesmo, acho que quantos mais irmãs e /ou irmãos melhor :)
    um beijinho



    E poderá dar pano para muitos outros posts, Teresa :)

    ResponderEliminar
  5. Todos os contos de fadas tiveram momentos violentos. Mas os bons venceram... haja esperanca! : )

    ResponderEliminar
  6. Como os bons venceram? E a terrível injustiça perpetrada durante séculos contra os irmãos do meio?!
    Algo muito aconchegante nos contos de fadas era essa ideia, que no final, tudo ia acabar bem.
    um beijinho

    ResponderEliminar
  7. E no caso de irmãos ou irmãs xifópagas, a injustiça é não termos irmã ou irmão do meio..Será que existiu na literatura?
    Segundo a Natiworks & Welfare, existem casos relatados..

    ResponderEliminar
  8. Vou até ao Google averiguar o que são irmãs xifópagas...

    ResponderEliminar
  9. Já fui e voltei, parece-me que duas já são demais, quanto mais três...
    Agora, como por aqui já é muito tarde, vou dormir e amanhã talvez procure no Google quais são os casos na literatura relatados na
    Natiworks & Welfare...
    boa-noite e um beijinho

    ResponderEliminar
  10. Eu já só ouço contos de Fadistas, é o que me impressiona mais, neste momento.

    O lobo mau parece estar a levar a melhor.
    Mas nunca se sabe...

    :) Quantos contos de fadas li! comprava uns livrinhos muito pequeninos e baratos, às carradas.

    ResponderEliminar
  11. Natiworks & Welfare são os nomes dos meus hemisférios cerebrais,Gabi...;))

    ResponderEliminar
  12. Bem me parecia... é por isso que por muito que sonhasse eu nunca poderia ser heroína de um conto de fadas. Até nisto é triste ser-se filho único.:))

    ResponderEliminar
  13. Adorei a tua perspectiva!

    Eu gosto muito de contos de fada, e fiquei muito curiosa acerca desse conto que falas. Ainda não o conheço!

    ResponderEliminar
  14. Pois, também pensei nisso as-nunes quando escrevi no título contos de fadas :)
    Eu tive a sorte de ter em casa vários livros de contos de fadas que eram da minha mãe e da minha irmã mais velha :)




    Ah, por isso não ia ser fácil encontrar a
    Natiworks & Welfare :)





    Luisa :) E então a bela adormecida? Pelo que me lembro, era filha única :)




    Obrigada, Olinda P. Gil © :)
    Também gosto muito de contos de fadas. O conto sobre que escrevi mete a menina no cimo do monte a conhecer uma espécie de fada que lhe dá uma cabrinha e depois uma árvore mágica e no final um cavaleiro que a leva para o seu castelo :)


    ResponderEliminar
  15. E há quem acredite mesmo em fadas, nos elfos, nos gnomos... eles "andem" aí, eles "andem" aí. Ué, mas não são os extraterrestres? :P

    ResponderEliminar